Apagão

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Nós três continuávamos a gritar, quando ouvimos outro barulho: a janela da cozinha tinha explodido! Nós não sabíamos o que fazer:
Nosso pai dizia para irmos para o quarto, nossa mãe dizia para irmos para o corredor, a Júlia chorava, eu entrei em pânico e o Gabi gritava.
Nós seguimos a ideia da nossa mãe e fomos para o corredor, mas tivemos uma surpresa: ele estava completamente alagado, e não tinha como voltarmos para a casa, pois fechamos a porta com a chave dentro. No final, paramos na casa do nosso vizinho!
Na casa dele não tinha nenhum vidro quebrado e ele não estava
no escuro, pois tinha velas acesas. Nossa mãe se sentou no sofá com o Gabi. Eu e a Júlia fizemos a mesma coisa. A perna da nossa mãe estava sangrando, a Júlia continuava a chorar, eu estava desesperada e o Gabi estava fazendo carinho no nosso cachorro.
O vizinho deu um remédio para passar na perna da nossa mãe. Ela falava que estava bem e que não foi nada muito grande, mas ninguém acreditou muito nisso.
Ficamos no vizinho o tempo do nosso pai arrombar a porta com uma garrafa pet e pegar dois chinelos, pois a Júlia e a minha mãe estavam sem sapato.
Depois do nosso pai voltar com os chinelos, entramos em casa e todos nós fomos correndo para o nosso quarto, pois não tinha acontecido nada no quarto meu e da Júlia.
Quando chegamos no quarto, ainda estava chovendo e trovejando. Eu sentei na cama ao lado da Júlia e da minha mãe. Eu estava em pânico, e não sabia o que fazer. O Gabi começou a ver um filme no IPad, que tinha 3G, e a nossa mãe dizia para fazermos a mesma coisa, então e eu e a Júlia continuamos a ver o filme que estávamos vendo de manhã, mas tivemos que ver no celular, pois estávamos sem  Wi-Fi. Depois que o filme acabou fomos dormir. Um tempo depois, a chuva parou.

O apagãoOnde histórias criam vida. Descubra agora