Desconhecido

Capítulo sem título 4

- Olha pai, uma coruja! – Emily Gritou apontou apontando para trás.

As crianças que estavam sem sinto se amontoaram com facilidade na janela dianteira do carro, esmagando Miguel que estava dormindo desde a última parada, onde havia acordado apenas para comer um saco de pipoca doce. Estava muito escuro, tudo que Victória, amiga de Emily podia ver era o carro de Tia e Isaque que os seguia.

- Não estou vendo nada. – Victória diz cerrando os olhos para tentar ver.

- O que vocês estão fazendo? Coloquem agora os seus cintos, quantas vezes eu vou precisar contar a história da irmã da tia da minha amiga, que... – diz Marceline preocupada.

- Deixa elas se divertirem Mar, você também já foi criança. – Renato defende as crianças.

- Você está defendendo elas? Se algo acontecer eu que precisarei dar explicações para mãe de Victória.

Enquanto os adultos começavam uma discussão sobre quem tinha mais razão, Emily já nem ligava mais para o que sua mãe dizia, já ouvira aquele papo furado umas dez vezes. As duas amigas se entreolham e voltam para seus lugares colocando os cintos, a coruja já fora esquecida. Jake que possuía em mãos um PSP-3000, olhava fixamente para tela enquanto duelava com agilidade com seu sabe de luz, o jogo da vez era Star Wars Clone Wars Republic, mas o menino já estava enjoando do jogo. Logo se arrependeu de não ter levado pelo menos uns três games.

- Emily, dá uma olhada se já estamos conectados a uma rede. – Renato pede

- Nada, pai.

- Mar, olhe o mapa e veja se já estamos próximos ao posto da entrada da cidade.

- Mais ou menos 2km, deve levar em torno de seis minutos – Responde Marceline.

- Preciso chegar ao posto e ligar para o responsável do acampamento, não quero pegar mais chuva na estrada.

- Pai, nós estamos pegando chuva desde que saímos de casa – Miguel responde sonolento.

- Vamos parar e conversar com os outros. – Diz ignorando Miguel.

Os carros pararam e os adultos foram conversar no lado de fora. As crianças dos dois carros começaram a fazer cenas obscenas pela janela, Marjorie, filha de Tia, adorava provocar Emily, pois uma vez ela derrubou todo o estojo de maquiagem de sua mãe e depois Majorie que levou o castigo. Ao mostrar o dedo para Marjorie, Jake derrubou suco em Victória. Com os olhos arregalados todos pararam para ver a cena.

- Não acredito, seu filho da mãe olha o que você fez, presta mais atenção!

- Você estava no caminho.

- Como vou me limpar? Vou rasgar a sua cara, você vai ver!

Victória avançou em Jake estendendo o braço como se fosse realmente rasgar o rosto dele ao meio, Tia ouviu toda a confusão e foi separar a briga, que terminou quando Tia resolveu trocar Victória de carro, levando Marjorie para o carro de Marceline. Emily não gostou nada da história.

Desde então a viagem permaneceu silenciosa. Nenhuma das crianças queriam estar ali, os pais de Emily escolheram uma época muito chuvosa. Miguel não queria magoar seu pai, ele estava tentando fazer tudo para que suas férias fossem preenchidas, mas ele não aguentava mais dormir encolhido naquele banco. Oito minutos depois, dois carros estacionam em frente ao posto, um de Renato e outro de Isaque, um amigo da família que estava indo acampar com eles. Marceline e Tia descem do carro para conversar, as crianças já estavam dormindo. Os homens foram até a loja comprar suprimentos e ligar para o gerente das 'Caiçaras expedições', iam acampar ao ar livre em uma parte da Mata Atlântica, preparam tudo por meses e agora estavam prontos para se aventurarem com as crianças nas trilhas do local, tudo como fora em suas infâncias.

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Uma hora da manhã, Marceline fumava um cigarro importado. Tia sentada pensava em como era lindo estar tão próximo a natureza, mesmo a noite era possível ouvir o som de alguns pássaros se prestasse bastante atenção. Vieram de tão longe e já estava valendo a pena cada minuto que passara na estrada.

- Tia, Marceline – Chamou Isaque.

- Vai lá, vou ficar olhando as crianças. – Marceline responde.

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