cap.34

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As minhas mão começaram a suar, sentia o meu corpo frio e quente ao mesmo tempo, memórias de tempos passados circulavam na minha cabeça, tudo passou como um flash em mim, deu-se-me uma vontade de vomitar, mas ignorei as minhas necessidades e tentei concentrar-me. As palavras não se ligavam à minha boca, tudo estava confuso e estava ainda tonta da tentativa de encontrá-lo. Agora que sei que tem a preciosa jóia, não a quero ir buscar, apenas me quero afastar o mais possível de onde ela está. Quero fugir desta casa e de todos que nela se encontram, fugir para bem longe e fugir das memórias que incessantemente me perseguem onde quer que eu vá. Elas são os meus demónios e por muito que eu me queira ver livre deles, os mesmos vão estar sempre lá para me lembrar do passado e das pessoas que quero esquecer. No entanto, fico parada, quase colada ao chão daquela sala escura, com a respiração acelerada e o coração a mil.   

-Jace...-disse num sussurro baixo, mas suficiente para os presentes ouvirem.- a jóia está com o Jace numa casa não muito longe daqui.

-E agora como fazemos para a ir buscar? Afinal, todos precisamos dela, é para o bem da espécie.- reforçou o meu pai.

Todos começaram uma pequena discussão para decidir de que maneira iríamos recuperar a jóia, no entanto, a minha mente estava um embaraço de pensamentos por isso mantive-me em silêncio e hirta no meu lugar, ainda um pouco abalada com toda esta situação. Eu vou ter de rever o meu ex-namorado, o mesmo que me tentou violar e disse que me perseguiria até consegui-lo, essa rapaz que destruiu completamente a minha visão sobre o sexo masculino em geral, isso até aparecer o Louis, ele sim, ajudou-me em tudo o que precisei. Confiei naqueles olhos mar assim que os vi. Ele é uma das melhores pessoas que conheci,  sendo vampiro ou não, ele esteve sempre lá para mim, assim como o resto das pessoas aqui presentes. Eles são muito mais do que sanguessugas, como alguns humanos dizem, eles têm sentimentos e- atrevo-me a dizer- humanidade. São seres fantásticos e estou orgulhosa e honrada por ser um deles e de poder fazer parte desta família.

- Ana!- sinto um pequeno abanão e uma mão a passar repetidamente em frente à minha face. Quando reparei, todos os presentes olhavam ma minha direção, foquei-me no Liam que me olhava com um pequeno sorriso no canto dos lábios e só aí me lembrei que o mesmo ouvia pensamentos, portanto deve ter ouvido tudo o que fazer à cerca dos vampiros. Dirijo-lhe um pequeno sorriso como resposta e logo depois olho para a pessoa à minha frente.
Ele olhava-me atentamente com os seus olhos claros, curiosos, preocupados, com carinho diria eu. As suas mãos estavam nos meus ombros numa forma de consolo, no entanto, neste momento não haveria nada que ele pudesse fazer para acalmar a minha mete turbulenta. Forço o melhor sorriso que consigo e olho para a sua face branca.

-Sim.

-Está tudo bem? - pergunta apertando ligeiramente os meus ombros numa forma de chamar a minha atenção para os seus olhos e suas palavras.

-Claro, porque não estaria? - digo, mas logo desvio o olhar do seu, devido à intensidade do mesmo. Este rapaz possui uns olhos capazes de ver a alma da pessoa e tentar compreender tudo o que se passa à sua volta. Eles transmitem muita coisa, mas poucos conseguem ver.

-Estava-mos a perguntar-te onde ficava essa tal casa e tu não respondes-te, estavas apenas com o olhar centrado no chão e com olhos arregalados.- depois de dizer isso, parece que algo surgiu nele e rapidamente pôs os seus fortes braços em torno dos meus ombros, puxando o meu corpo frágil de encontro ao seu. Depressa enrolei os meus finos braços em torno do seu torso e ficamos assim, como se estivéssemos só os dois dentro daquela divisão. A sua respiração no meu pescoço causava-me leves arrepios cujos o ser de olhos azuis notou, porque soltou um risinho baixo e deixou um pequeno beijo no mesmo antes de se afastar levemente de mim, mas ainda continuando com os seus fortes braços à minha volta. Senti a minha cara aquecer no momento em que o seu mar me olhou, causando-me um choque de sensações que nunca na vida tinha sentido, pelo menos nunca tão intensamente. Todos os meus pelos se eriçaram, sentia arrepios da ponta dos cabelos até à ponta da unha do pé, o meu interior estava a entrar em irrupção, como se de um vulcão há muito adormecido, mas que agora acordou se tratasse. Todo o  meu ser estava em êxtase e tudo porque o ser de olhos azuis me olhou tão intensamente como nunca o fez. Senti uma espécie de ligação naquele momento, e senti que ele sentiu o mesmo do que eu devido ao sorriso radiante que me laçou, sem hesitar  fiz o mesmo, e, naquele momento, só havia nós os dois. Apenas ele e eu, eu e ele, nós. Nunca, em todo o tempo que tivemos juntos, pensei na existência de um nós, era apenas ele, e eu, separados. Não sei se existe mesmo um nós mas eu gostava que existisse, pensar em tudo o que poderias fazer, como um nós, uma equipa, juntos, fez o meu sorriso aumentar, mas segundos depois deixar de existir. Não há um nós, não vai haver e ainda por cima, temos o problema do Jace entre mãos. Está tudo a acontecer ao mesmo tempo, foi tudo de repente, não digo que me estou a queixar, mas não sei se estarei pronta para tudo, ainda tenho dezoito anos, não sei o que é a vida e nunca nem amei ninguém a sério, não sei nada do mundo, como poderei ser a rainha de uma espécie mítica, se nem cozinhar sei? E ainda há o Louis, tudo nele me fascina de formas que não sei se gosto, é como se eu o quisesses sempre ao pé de mim, sempre com os braços ao meu redor ou com as mãos nas minhas, sentir o seu corpo quente no meu, sentir os seus lábios de novo no meu pescoço e atrevo-me a dizer, na minha boca. Quero-o só para mim e de todas as formas possíveis e imagináveis. Adoro os seus olhos e a forma profunda como me encaram, adoro a forma carinhosa e pateta do seu ser, amo a forma como me sinto imbatível sempre que estou com ele, como me sinto forte. Amo os seus lábios rosados e o sorriso que eles formam. Eu amo tudo nele.

E assim que encarei de novo aquele mar, que me olhava de forma fascinada, a fixa caiu, foi como se o mundo todo me tivesse caído em cima, juntamente com toda a realidade do universo. A fixa caiu assim que me apercebi de algo. Eu amo o ser de olhos azuis que se encontra mesmo à minha frente, eu amo-o como nunca amei ninguém, eu simplesmente e tolamente o amo. Eu amo Louis William Tomlinson.

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Hey carrots, espero que tenham gostado de ler como eu gostei de escrever este capítulo. O que acham que vai acontecer daqui para a frente?

A fic está quase a acabar, deve acabar no capítulo 40, pelo menos eu acho, a não ser que apareça uma ideia divina e eu a continue, fiquem a saber que eu adoro escrever e adoro as minhas leitoras, por isso talvez eu publique outra fic, se tiverem interessadas em ler claro :)

Deixem os vossos comentários e votos :)

Love My Fic And Eat Carrots <3

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