1- Empresa

38 5 0
                                    

Ouço o despertador tocar e tateio o criado mudo ao lado da cama tentando fazer o maldito barulho silenciar.
Levanto meio sonolento e olho pra cama, vejo Renesmee dormindo e caminho direto para o banheiro, tiro minha roupa e entro no boxe. Ligo o chuveiro e deixo a água morna cair sobre minhas costas me fazendo relaxar.
Passo shampoo pelos cabelos, sabonete pelo corpo e enxáguo.

Hoje eu teria uma reunião importante, uma das reuniões mensais que tratam dos eventos de caridade que a empresa faz.
Teríamos que procurar outra empresa para fazer uma parceria. E sei que isso não será nada fácil, nem todos os empresários querem ajudar.
A empresa que fazia parceria conosco precisou desfazer o contrato por questões de verba, o quê foi uma perda para todos nós.

Desligo o chuveiro e seco meu cabelo e corpo, amarro a toalha na cintura e vou até meu closet.
Coloco uma camisa social e um terno preto. Abro a gaveta das gravatas e escolho uma preta. Calço um sapato social e vou ao banheiro arrumar o cabelo. Seco com secador e penteio. Passo perfume, pego meu celular, duas pastas pretas, as chaves do meu carro e desço.

— Bom dia, docinho! — ouço Lili cumprimentar.
— Bom dia, Lili. — sorrio e me sento na mesa. — O quê tem pro café? — pergunto.
Lili é muito amiga da minha mãe, elas se conhecem desde quando eu era um bebê. Por isso eu considero Lili minha segunda mãe!
— Tem waffles de chocolate, e um cafezinho do jeito que você gosta. — ela põe o prato em minha frente.
— Oh meu Deus! Você não existe Lili. —sorrio e tomo um gole do café. — Senta aí pra tomar café comigo.
— Eu tomei café quando acordei. Não estou com fome, obrigada. — Lili sorri e senta.
— De nada, mãe dois. — ela ri com o apelido. Lili sempre ri quando eu a chamo assim. — Onde minha mãe está? — como um pedaço de waffles.
— Ela está dormindo. E onde está Renesmee?
— Está dormindo também. Essas mulheres só dormem, Lili. Se você quer dormir pode ir, viu?!
— Ah não, Harryzinho. — ela levanta.
— Bom dia, amor! Bom dia, Lili! — Renesmee entra na cozinha, me dá um selinho e sorri pra Lili.
— Bom dia Ness! — sorrio.
— Bom dia, querida! — Lili responde.
— Você já está tomando café, eu ia te convidar para passarmos no Bucks! — diz Renesmee.
— Nós podemos passar lá pra você comer. — digo terminando de beber meu café.
— Então vamos! — sorri.
— Nem vou colocar seu prato na mesa então, Ness. — Lili olha pra ela.
— Não precisa, Lili. — Ness ri.
— Eu acho que você vai sentir frio, meu amor. Está nevando e esse vestido não é muito quente. — digo saindo da cozinha.
— Eu acho que isso é ciúmes. — Ness me dá beijos pelo rosto.
— Pode até ser, mas está frio. — pego ela no colo e subo as escadas.
Entro no quarto e a desço do colo.
Vou ver outra roupa pra você, OK? — pergunto.
— Tudo bem. — ela concorda.
Abro o pequeno armário dela e procuro alguma roupa.
Renesmee tem só um pequeno armário, ela mora na casa dela e passa alguns dias aqui na minha. Então não é necessário um closet.
Pego um vestido verde escuro de mangas compridas e ponho em cima da cama. Abro a gaveta de cachecóis e pego um preto.
— Acho que agora você fica mais aquecida. — ela sorri.
— Você cuida tão bem de mim! — continua sorrindo e eu sorrio.
— É porque eu amo você. — beijo Ness calmamente.
— Eu amo você! — sorri e veste a roupa que estava em cima da cama.
Renesmee ficou encantadora nesse vestido, a mexa pra trás da orelha, o cachecol. Está linda!
Alcanço o casaco pra ela. Ela veste e agradece.
— Tá na nossa hora. — digo e desço as escadas.
Ness desce logo atrás de mim.
— Harry, sorri pra foto! — ouço um barulho de câmera de celular.
Ness adora tirar foto de mim assim, desprevenido.
— Você adora isso, né? — rio e pego minhas pastas, carteira, celular e chaves do carro.
— Amo! — ela ri. — Tchau, Lili!
— Tchau, Lili! — digo.
— Tchau, bom trabalho! — Lili responde.
— Vamos. — abro a porta e dou passagem pra Ness. Saio e fecho.
Caminho até o carro, destravo e entro, Ness faz o mesmo.
— Não esquece do Bucks! — ela me lembra.
— Não vou esquecer, Ness. — rio e coloco as pastas no colo da dela. Guardo a carteira e o celular no paletó. Ligo o carro e dirijo.
— Você tem a reunião com o Noah e o John hoje. Vocês têm que arranjar uma nova empresa para uma parceria. — Renesmee me lembra.
— Verdade. Acordei pensando nisso e sei que vai ser difícil achar essa empresa.
— Pensa positivo, meu amor. Você vai conseguir. — Ness sorri.
Estaciono o carro em frente ao Starbucks.
— Espero você no carro. — digo.
— OK. — Ness larga as pastas no banco do carro e sai.
Renesmee não gosta que eu pague as coisas pra ela, ela diz que trabalha e que pode pagar as coisas que ela mesma compra. Mas que eu podia dar alguns presentes de vem em quando.
Isso é bom, mostra que ela não é interesseira.

Alguns minutos depois ela abre a porta do carro, entra e fecha de novo.

— Comprou só um café? — pergunto e ligo o carro. Dirijo para a empresa.
— Sim, não estou com muita fome. — responde.  — Sabe quem eu encontrei ali no Bucks?
— Não. Quem você encontrou? — a olho e volto a olhar o trânsito.
— Louis Tomlinson.
— Louis Tomlinson? Não lembro de ter trabalhado com ele. — tento lembrar de algum Louis.
— É porque você ainda não trabalhou. Saiba que Louis Tomlinson é vice-presidente de uma empresa importante de marketing. Eles seriam uma boa parceria. — diz.
Estaciono o carro e desço. Ness faz o mesmo e pega as pastas. Travo o carro e a ajudo.
— Qual o nome da empresa dele? — pergunto e entro na empresa. Cumprimento algumas pessoas que vejo pelo caminho e Ness faz o mesmo.
— Acho que é Seu Espaço. — entramos no elevador.
— Vou conversar com Noah e John, depois te digo o quê resolvermos.
– OK. — entramos na minha sala. Ness se despede com um beijo na minha bochecha e vai para a sala dela que é acoplada a minha.

Louis Tomlinson. Repito baixo. Vejamos como você e sua empresa são. — pesquiso a empresa no site.

SECRETS | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora