3- Intimidado

9 3 0
                                    

Acordo cansado. Exausto pra falar a verdade. Renesmee está com a cabeça deitada em meu peito, ela está dormindo. A tiro delicadamente de cima de mim e levanto. Vou direto para o chuveiro. Ligo e deixo a água morna cair em minhas costas. — me sinto aliviado —.
Já são sete e meia da noite. As nove eu tenho que encontrar Louis, sua secretária e outro rapaz no restaurante.
Lavo o rosto, me ensaboo e desligo o chuveiro. Me seco e enrolo a toalha na minha cintura.
Cara, pra falar a verdade, se não fosse importante eu nem iria a esse encontro.
Não vou me vestir muito formal.
Visto uma cueca e calça jeans preta. Ponho uma camisa social branca, não a ponho para dentro da calça. Não sou obrigado a ser coxinha fora da empresa. Não vou desleixado e nem muito arrumado. Está ótimo. Calço um sapato social preto e pego meu blaser. Passo perfume, pego minhas pastas, celular e o molho de chaves. Desço e me jogo no sofá da sala.

— Boa noite, filho! — minha mãe me dá um beijo nos cabelos. — Eu nem te vi pela manhã.
— Oi, mãe. Eu fui cedo pra empresa. Ness queria passar no Bucks.
Ah, sim. Entendo. Onde você vai tão arrumado? — sorri.
—Eu estou tão arrumado assim? Vou encontrar uma nova parceria para o Event Caridade. — guardo minha carteira e celular no bolso do blaser.
— Que maravilha, filho! Fico feliz por isso. Preciso ir na empresa amanhã, ver como estão as coisas por lá. Semana que vem eu vou junto com você pra Sydney. — mamãe liga a TV.
— Que ótimo mãe. — sorrio. — Eu estou com tanta fome. — levanto e vou até a cozinha.
— Lili tirou a noite de folga. — ouço minha mãe dizer.
— Que bom. Ela quase nunca sai. — digo e faço um sanduíche. Volto para a sala e sento-me no sofá. Como meu sanduíche assistindo TV com minha mãe. Sinto meus olhos pesarem.

— Filho, você vai se atrasar! — minha mãe me sacode.
— O que? — levanto esfregando os olhos.
— São oito e meia. — ela pega uma toalha molhada e passa pelo meu rosto.
— Aí mãe, calma. — rio. — Já acordei. Agora eu vou lá antes que desistam de nós. — dou um beijo em sua testa.
— Boa sorte. — deseja.
— Obrigado. — saio e corro até a garagem. Destravo e entro no carro. Ligo e dirijo até o restaurante.

Todos os dias eu agradeço pela vida que Deus — e minha mãe — me deu.
Eu não poderia pedir algo mais maravilhoso. Uma mãe que se preocupa comigo, saúde, educação e não passar necessidades. Ajudar os outros a não passar necessidades. Fico feliz com isso.

Paro em frente ao restaurante e desço do carro. Entrego a chave ao manobrista e o cumprimento. Entro no restaurante e falo com a moça da recepção. Ela me indica uma mesa na qual três pessoas estão sentadas. Agradeço e me encaminho até eles.

— Boa noite, senhores. Eu sou Harry Styles. Presidente da Your Style. — me apresento.

Os "senhores" se levantam.

— Eu sou Louis Tomlinson. Vice-presidente da Seu Espaço. — estende-me a mão para um aperto. Assim o faço.

— Eu sou Lucas Limolk. Presidente da Seu Espaço. — faz o mesmo gesto que o outro rapaz. Assim o faço. — Essa é minha secretária. Senhorita Marrye.

— Prazer em conhecê-la, senhorita Marrye. — a mesma faz um gesto positivo com a cabeça e lança-me um sorriso.

— Sente-se. — Louis indica a cadeira vazia a sua direita. Ele está sentado em uma ponta da pequena mesa. O senhor Lucas na outra e sua secretária na lateral. Sento-me de frente pra ela.
— Obrigado. — olho para ele.
— Então senhor Styles. Nos apresente seu projeto.
— Claro. Bem, vamos por partes. — respiro fundo. — Primeiramente, os Event Caridade são feitos uma vez por mês. Dentro e algumas vezes até fora do país. Mas isso só acontece se o presidente entra em contato conosco.
— De onde veio a iniciativa desse projeto? — Louis pergunta.
— Partiu de minha mãe. Ela sempre teve interesse em ajudar os necessitados. Então quando ela conseguiu fundar a empresa e se estabilizou em uma boa vida, decidiu dar aos outros o que lhes faltava. — explico resumidamente.
— Que lindo o projeto dela! — Marrye sorri para mim.
— Obrigado. — sorrio.
— E quanto nossa empresa precisa investir? — Lucas pergunta olhando alguns papéis.
— Bem, isso fica a critério da minha mãe. Que organiza os eventos. Mas não é nenhum exagero. Cada empresa doa um pouco. A Your Style por exemplo, doa cerca de cinco a sete mil. Seria por volta desse valor que a Seu Espaço doaria caso vocês aceitassem.
— Eu acho uma boa. — diz Louis. Sinto um toque em minha perna. Olho para a mesma e vejo a mão de Louis. Por que ele está acariciando minha perna?
— Eu aceito. — diz Lucas.
— O que? — desvio minha atenção para ele.
— Eu aceito participar desse projeto. Eu achei incrivelmente útil. Fico feliz por terem escolhido a nossa empresa para ajudá-los. — sorri. — Onde eu assino?
— Aqui, por favor! — abro a pasta e tiro algumas folhas de papel grampeadas. Indico o local para o senhor Lucas assinar.

Olho para Louis, ele molha os lábios com a língua e pisca pra mim. Aperta minha perna com força e eu seguro um gemido. — mais que filho da puta. —

— Eu vou ao toalete. Com licença. — diz Marrye.
— Claro. — digo e olho os papéis.
— Eu vou ao toalete também. — Lucas e Marrye se encaminham até o local.

— Tá bom. Eu vou deixar uma coisa clara aqui. — Louis tira a mão da minha perna.
— Do que você está falando senhor Tomlinson? — pergunto.
— Desde que vi você entrar eu fiquei louco. Fiquei imaginando você deitado na minha cama depois de ter me fodido a noite inteira. E isso vai acontecer. — larga as palavras sem nem pensar.
— Nós estamos em um local público. Controle-se. Eu não sou gay. Sinto muito caso você tenha pensado isso. — tento me explicar.
— Eu também não sou exatamente gay. Pode se dizer bi. Mas curto mais homens do que mulheres. Sabe? Um negócio que coloque pra dentro. — ele ri. — Desculpe se te assustei.
— Com certeza assustou. Mas eu sou hétero. Tenho uma namorada incrível me esperando em casa.
— Larga de papo furado. — ele coloca sua cadeira mais pro lado. Sinto sua mão me tocar e me arrepio. Ele aperta meu membro e morde os lábios. Solto um gemido baixo.
— Nós estamos em um restaurante. Por favor, pare. — peço e tiro sua mão de mim.

Eu não sei o que esse cara tá tentando comigo. Porém, tem algo que não está reclamando. Está apenas se sentindo excitado. Como assim, Harry Styles? Você é hétero. Não se sinta excitado com o toque de um homem.
Tarde demais. Eu já estava querendo foder aquele homem. Igual fiz com Renesmee. Só que com ele seria em segredo.

— Sinta. — Louis pega minha mão e leva até seu membro que já está ereto. Aperto-o levemente, fazendo assim Louis gemer baixo. — Oh, isso é tão gostoso. — tiro minha mão e me sento com postura na cadeira.
— Você é um menino sapeca senhor Styles. — provoca-me.
— Você vai ver o sapeca quando eu te deixar louco na minha cama. — retruco.

Harry Edward Styles.
Pare já qualquer coisa que esteja acontecendo pôr debaixo dessa mesa.
Onde já se viu, eu, um homem de vinte e dois anos nas costas, estar com tesão por um homem? Isso não era certo. Mas eu não podia evitar.

Minutos depois Lucas e Marrye voltam. Sentam-se e fecham as pastas e agendas.

— Então, tudo certo? — pergunta Lucas.
— Claro. Minha secretária, Renesmee vai entrar em contato com a Marrye para avisar quando vai ser a reunião para vocês conhecerem os sócios da Your Style. — respondo a pergunta de Lucas.
— Ótimo. Agora nós precisamos ir. Vou levar Marrye em casa. Até segunda, senhor Tomlinson. Até breve, senhor Styles.
— Até! — aceno. Marrye acena e os dois saem pela porta do restaurante.
— Eu já vou senhor Tomlinson. Foi um prazer conhecê-lo. — levanto.
— Sem duvidas. O prazer foi todo meu. — levanta-se também.
— Até qualquer dia. — pego minhas pastas. Caminho até a saída. Louis vem logo atrás de mim. Espero o manobrista.
— Aqui está meu número, Harry. Você pode precisar de mim. — sorri. — Tchau.
— Tchau. — pego o cartão com o número de celular dele. Pago o manobrista e pego minhas chaves. Entro no carro e percebo um volume nas minhas calças. — mas que droga. —
Ligo o carro e dirijo até minha casa.

Abro o portão automático, fecho e dirijo até a garagem. O carro de Renesmee não está mais aqui. Acho que ela já foi pra casa. Estaciono e pego minhas pastas. Saio e travo o carro. — droga de bebê chorão. — digo me referindo a Louis.
Entro em casa. As luzes estão todas apagadas. Olho no relógio da sala e marcam dez e meia da noite. Minha mãe deve estar no quarto. Subo, entro no meu quarto e largo minhas coisas. Vou até o quarto de mamãe e bato na porta.

— Entra, querido! — ouço mamãe dizer. Abro a porta e entro sorrindo.
— Eles aceitaram mãe! — sento na cama e a abraço.
— Eu estou tão orgulhosa de você! — me beija os cabelos.
— E eu estou orgulhoso de você por ter pensado em ajudar as pessoas que não tem o quê você tem. — beijo sua testa.
— Amo você, meu filho. Agora vá dormir. Deve estar cansado!
— Estou mesmo! Amo você também. — saio do quarto e deixo a porta entreaberta. Vou pro meu e fecho a porta. Sinto meus olhos pesaram, estou com sono, pensando no ocorrido no restaurante. Ligo a TV na tentativa de me entreter e parar de pensar naquela mão do Louis percorrendo minha perna e pênis.
Sinto arrepios de lembrar. Seria realmente incrível foder aquele nanico.
Fecho os olhos e toco meu membro. Faço uma promessa a mim mesmo de não abrir os olhos até dormir. É assim farei.

SECRETS | l.sOnde histórias criam vida. Descubra agora