Capítulo 1

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Chris narrando:

Saí da delegacia e fui para meu carro. Entro no tal e volto a estrada, em direção da minha casa. Enquanto dirigia, pego novamente meu celular, vejo que há uma nova mensagem e que já são 5:12. Desbloqueio o aparelho, afim de ver a mensagem. Era de um número desconhecido e dizia:

Estou saindo de uma boate qualquer, para tentar esquecer você.  

Não precisava de nome, eu já sabia quem era o remetente. Nicole é — realmente — uma vadia. Como pude, um dia, namorar com essa criatura? Fui tão tolo. Além de ser uma vadia, é muito falsa. Na hora de me trair, esqueceu de mim totalmente! 

Com raiva, me poupei de responder aquela mensagem inútil. Guardo meu celular no meu bolço novamente e volto minha atenção a estrada. Era tudo tão silencioso que dava vontade de cochilar, mas não podia. 

Depois de meia-hora, começo a avistar minha cidade. Como meu bairro era o primeiro, chego rapidamente em meu condomínio. Estaciono meu carro na enorme garagem, onde havia mais dois automóveis. Já estacionado, vou para dentro de casa. Abro a porta vagamente, para não fazer barulho. Enxergo absolutamente nada, porque todas as luzes estavam desligada. Nem mesmo o abajur da sala estava ligado, o que me era estranho. Saio do meu transe e fecho a porta, sem o cuidado que tive ao abrí-la, fazendo um breve e baixo barulho. 

Rapidamente, a luz da sala de estar — que era o cômodo que você se deparava quando abria a porta principal — é ligada. Viro meu corpo e meu pai estava de pé, somente de pijama. Seu olhar era de reprovação, o que me dá um pouco de medo.

— 6 horas e 17 minutos — Falou, dando uma breve olhada no seu relógio de pulso. — Isso é hora de chegar em casa? — Gargalho, o fazendo arregalar seus olhos cansados.

— Pai, fala sério — Começo, retirando meu blazer de coro e o despejando em um lugar qualquer. — Eu tenho 19 anos, entendeu? Não sou mais seu menininho. 

Peter olha para baixo, como se estivesse exausto e tinha seus motivos para estar assim. Sempre chego tarde, mas esse foi meu recorde. E todas as noites, meus pais me esperam acordados e a rezar que eu esteja bem, porém desta vez minha mãe não estava ali. Não que eu acho isso necessário, mas às vezes dá pena. Às vezes. 

— Sua mãe está dormindo, não aguentou ficar esperando você — Esclareceu, sentando no sofá. Vou até ele e me sento também. — Sabe, nós amamos tanto você que não nos perdoaríamos se algo acontecesse com você. — Ele libera lagrimas e eu respiro fundo. Não gostava de vê-lo assim e só por saber que a culpa era toda minha, me deixava pior ainda. Entre tando, eles deviam saber que eu já sou adulto e sei me cuidar sozinho. 

— Pai, — Chamo-o, enxugando suas lagrimas com o meu polegar. — Vocês deveriam saber que eu estou bem grandinho e que sei me cuidar sozinho. Sua preocupação, de certa forma, é inútil. 

Ele sorri e me dá um abraço, que imediatamente retribuo. Eu precisava daquilo tanto quanto ele. Eu o admirava nessa forma: como pai. Era incrível como ele sempre conseguia ter um bom relacionamento comigo e como se importava com isso.

— Eu sei. — Disse, me soltando e ainda sorrindo. 

— Então promete pra mim que não ficará me esperando a essa hora da madrugada? — Pergunto, sorrindo.            

— Ok, prometo. 

Continuo com o sorriso no rosto e me levanto, indo para a escada. Chego no segundo andar daquela casa e vou para meu quarto. Não estava desarrumado como tinha deixado antes de sair. Sento em minha cama e pego meu celular. Havia uma nova mensagem, mas não era o número de Nicole. Desbloqueio o IPhone e leio a mensagem. 

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⏰ Última atualização: Jan 27, 2017 ⏰

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