- 1,2,3... Mamãe começa a contar e eu corro pela casa para me esconder hoje estávamos brincando de esconde - esconde, uma de minhas brincadeiras preferidas
- 4,5,6.. Continua a contar e eu procuro o melhor lugar pra mim me esconder, fico no espaço que tem entre o armário da cozinha e a parede.
Minha mãe estar na sala que não fica longe da cozinha dar de ouvir direitinho ela contando, mas agora eu percebi que ela parou de contar, não ouço mas sua voz, fico quietinha no meu lugar talvez ela tenha me enganado e vindo antes de terminar de contar, espertinha.- Ahh, para por favor...
Ouço a voz suplicante de minha, o que será que estar acontecendo? Com quem ela ta falando? Só está eu e ela aqui em casa, papai saiu mas disse que logo voltava, será que é ele? Ouço mais gritos vindo da sala e saio de meu esconderijo, fico atrás da parede que separa a cozinha da sala, quando olho pra frente vejo três homens, são homens grandes, forte, e cara totalmente assustadora, quando baixo o olhar vejo minha mãezinha caída no chão, os homens começam a bater nela, dando chutes e a xingando, fico paralisada com a cena.- Isso é pro seu marido nunca mais se meter nos meus negócios.- fala um dos homens que é bem maior que os outros, sua voz é de arrepiar e dar medo em qualquer um. Os outros homens continuam a dar chutes em minha mãe e ela geme de dor, minha vontade é de correr até lá e pedir pra que eles parassem, mas por alguma razão continua grudada no mesmo lugar, lagrimas começam a cair dos meus olhos descontroladamente.
- Eu pensei que ele que era o mafioso fodão, que ninguém mexia com ele nem com a sua máfia e muito menos com a familia, mas cá estou eu com sua mulherzinha tao querida.- Os outros homens riem pelo oque o outro falou.
- Eu soube que ele tem uma filhinha muito bonitinha, o Amorzinho da vida dele, onde que ela ta hein? Eu gostaria muito de conhece -la.
-Não, por favor minha filha não...- Diz minha mãe com uma voz de dor, meu coração se aperta com suas palavras e mais lagrimas caem dos meus olhos.
- Vamos lá sua vadia, cadê a menina an?- Ela... Ela saiu com o pai - Ela diz.
- Ah então ele saiu de casa e deixou a mulherzinha sozinha, o grande Rodrigo Valquez é tao descuidado assim. - Ele rir enquanto se abaixa para olhar minha mãe nos olhos.
- Eu ate poderia ficar e me divertir um pouco com você mas eu tenho outras coisas pra fazer, mas mulheres de inimigos meus para matar - Ele rir alto e se levanta, tira a arma da cintura e fala:
-Então vamos acabar logo com isso.-E então ele mira a arma em minha mãezinha tento gritar, juro que tento gritar pra ele não fazer isso mais não consigo minha voz não sai, ele da um tiro na minha mãe, seguido de outro e mais outros não consigo desviar os olhos da cena, minha mãezinha esta sangrando, e a única coisa que os homens fazem é rir. O cara que atirou em minha mãe guarda a arma, e logo a apos cospe em minha mae. Ele e os homens saem de minha casa deixando o corpo de minha mãe do meio da sala. Assim que a porta da sala se fecha vou correndo ate onde onde mamãe, me ajoelho ao seu lado, e vejo que ela ainda esta respirando ofegante.
-Mãezinha... Mãezinha, fala comigo mamãe por favor. - Seguro suas mãos.
- M...meu amor, eu quero que você saiba que eu te amo, e que eu n...nunca vou lhe abandonar.- Ela diz com a respiração pesada, meus olhos derramam mais e mais lagrimas.
- Mamãe porque a senhora ta falando isso?- Eu to indo embora minha menina, eu queria muito ficar pra ver mulher que você vai se tornar, mas infelizmente eu não vou poder.
- Não, não a senhora não pode ir embora...
- Eu te amo, minha menina.- Diz e com isso fecha seus olhos.
- Mamãe...mamãe, abre o olho mamãe, abre.- A sacudir pelos ombros mas ela não acorda. Minha mae não acorda, minha mãezinha morreu, mataram ela, levaram ela de mim, levaram a minha rainha para sempre
- MAMÃE ...- grito desesperada. Deito em seu colo que o começo a chorar .
- NÃO MAE NÃO VAI NÃO... MAMÃEAcordo totalmente ofegante e suada, olho atordoada pelos lados e vejo que estou no meu quarto, droga, de novo esse pesadelos, quando é que vou me livrar deles?! Já se passaram 10 anos desde o ocorrido mais quase todas as noites ainda me pego tendo pesadelos sobre o dia em que minha mãe foi morta na minha frente. É algo que durante esse dez anos que se passaram vem ocorrendo frequentemente, todas as noites sonho com aquele dia em tiraram minha rainha de minha, minha mãe. E durante esses 10 anos o ódio que sinto pelos homens que a mataram vem crescendo cada vez mais.
- Querida, eu ouvir você gritando esta tudo bem? - pergunta a dona Joana a mulher que trabalha aqui em casa e que cuidou de mim desde que minha mãe morreu. Ela está na porta de meu quarto.
- Ta sim Jo. - respondo com a voz embargada.
- Ainda são aqueles pesadelos?- assinto devagar, Joana vem acompanhando este meu drama desde veio trabalhar aqui em casa, quando eu era menor ela ate dormia no meu quarto para me confortar quando eu acordava no meio da noite chorando.
-Minha menina eu já falei pra você procurar um psicologo ou coisa do tipo, você precisa superar esse trauma.
- E eu já falei que não, eu não eu quero superar, eu não quero esquecer muito pelo contrario, quero me lembrar perfeitamente daquela noite e dos rostos daqueles homens que mataram minha mãe. Um dia eu vou encontrar eles e mim vingar Jo, fazer eles pagarem por tirar minha rainha de mim.
- Ainda com esse plano de vingança? Minha querida, já lhe disse que esse ódio só vai lhe fazer mal. - ela tenta mais uma vez me convencer para esquecer esse ódio, mas ela sabe que em vão.
- Você sabe, meu pai sabe, todo mundo sabe que eu só vou descansar quando eu acabar com aqueles que fizeram aquilo, eu vou ter minha vingança... Custe o que custar.
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Entre o ódio e o amor
RandomAos 8 anos Bruna Valquez testemunhou sua mãe sendo assassinada a sangue frio. Bruna é filha de um grande mafioso e desde a morte de sua mãe foi criada por seu pai, e aprendendo de tudo sobre a máfia cada segredo, cada esquema... Dez anos se passaram...