CAPÍTULO 24 - PIETRA

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Já estávamos a quase uma semana na casa da Isabelly, mas seus pais iriam voltar amanhã à tarde, não tive nenhum sinal dos meus pais e nem Kamilly dos deles. Então nós buscamos modos de ganhar dinheiro, fizemos um "bico" naquele restaurante, a Isabelly conversou com o garçom lá e ele deixou, Kamilly e eu ganhamos um bom dinheirinho e conseguimos nos manter até agora. Hoje mesmo estávamos conversando sobre oque eu e a Kamilly poderiámos fazer, pois se nossos pais descobrissem, ou nos encontrassem, nós estávamos perdidas. Kamilly disse que há uma casa abandonada perto de onde ela mora, mas seria muito óbvio procurarem lá, então Isabelly disse que há um hotel que era de luxo à anos atrás mas que foi abandonado devido a falta de lucro, então nós pensamos de ir pra lá e vim ver a Isa de dia enquanto seus pais estavam fora...

Já tinhamos arrumado nossas coisas de novo, a Isa ficou com medo de que fossamos para esse hotel, mas eu não me importei muito, vou cuidar da Kamilly lá e é oque importa. Nada poderá fazer com que a gente se separe...
Já era noite, eu e a Kamilly já estávamos indo ao tal hotel que a Isa nos mostrou hoje mais cedo, chegando ao hotel, nós vasculhamos tudo e encontramos pelos de cachorros, móveis intactos, só não tinha alimentos, mas a Isa deu um jeitinho e arranjou um pouquinho para a gente.

Entramos em um quarto na cobertura e olhamos tudo para ter a certeza de que ninguém mais estava ali, era perigoso, mas era nossa única escolha. Ainda hávia água nas torneiras, banheiras de luxo também, tudo muito lindo, e o por que de estarem intactos eu ainda não sei.

Nós erámos jovens, 13 e 14 anos passando por tudo isso, um turbilhão de pensamentos me atordoavam quando eu ia dormir, mas transparecia tudo bem, pra poder deixar minha princesa bem. Eu sei que ela não esta bem devido a essa nossa "fuga" mas eu estou dando meu máximo para deixá-la bem.

-Amor? Ta fazendo oque ai? -ouvi passos se aproximando até a sacada, onde eu estava.
-To olhando a vista... -me virei pra ela e beijei sua testa.
-Vamos dormir? -pegou na minha mão e ficou a fitando.
-Vamos princesa. -beijei sua mão e entrelacei nossos dedos.

Nos encaminhamos para dentro do quarto novamente, aproveitei que achei umas chaves na antiga recepção e tranquei a porta do quarto, tanto a da entrada quanto da sacada. Kamilly estava com um shorts curto, talvez de seu pijama e uma camisa grande. Ela é tão perfeita, em cada detalhe, cada espaço de seu corpo é único e que me deixa fascinada nela.

Nós acabamos dormindo sem pensar muito e acordamos no outro dia por volta das 10:30hr da manhã. Fizemos nossa higiene matinal e Kamilly foi pegar uma das sacolas de comida que Isabelly nos deu.

-Isso não, isso também não, opa, isso aqui!
-Oque é amor?
-Doritoooooooos! -gritou abrindo o pacote
-Vai engordar... -sussurrei mas de um certo modo ela ouviu
-Para de jogar praga, peste! -me deu um tapa e rimos
-Da um pouquinho aí. -falei e fui colocando a mão no pacote, mas ela desviou
-Nana nina não, é meu, só meu! -saiu correndo com o salgadinho na mão
-Amooooor! Volta aqui! -ri e fui correndo atrás dela.
-Ai, chega, cansei. -ela sentou na cama e aproveitei pra pegar Doritos.
-Eei, eu cansei mais não deixei você comer. -ela pegou o Doritos que ia por na boca e comeu.
-Amor, para... -continuei rindo e peguei mais um e consegui comer.
-Mas é só meu! -ela disse autoritátia.
-Aé? Então pega ele aqui! -peguei o pacote dela e levantei o máximo que pude.
-Isso já é Bullying. -ela riu, subiu na cabeceira da cama e se jogou encima de mim fazendo cair com o pacote na cama.
-Assim não vale sua gorda! -coloquei um Doritos na boca dela e dei um selinho.
-Te amo meu amor. -deu um sorriso e me beijou.
-Te amo minha princesa. -a beijei também com uma mordida durante o beijo, oque a fez sorrir.

Nós ficamos nesse climinha e eu acabei deixando escapar pra ela que precisamos procurar um lugar melhor, mas assumi que estava com medo e fui fraca, oque a fez chorar comigo com medo do que poderia acontecer.

Já tinhamos nos recuperado um pouco quando a mãe da Kamilly liga pra ela e ela atende no impulso mesmo depois de eu ter gritado que não!

-Mãe? -ela falava chorando e andando de um lado pro outro do quarto escutando oque a mãe dela dizia.
-Põe no vivo a voz. -sussurrei pedindo.

Ela colocou e eu pude ouvir a mãe dela dizendo coma voz embargada de choro e preocupação.

-Meu amor, cadê você? Eu sinto tanto sua falta, me diz onde você está, oque te fizeram?
-M-mãe, deixa eu te explicar direito...
-Pode dizer minha filha.
-Eu fu-fugi, mas não se preocupa, eu estou bem e voltando para casa.
-Kamilly! -a repreendi baixinho
-Que ótimo, quer que a mãe te busque? Onde você está?
-Mãe, não, eu já estou indo, ok?
-Quem está ai com você? Pude ouvir uma voz feminina.
-É minha amiga, a Pietra, fala oi aqui.

AMIGA? AMIGA? AMIGA? OK, DESSA VEZ PASSA!!!

-Oi dona Maria. -disse oi para mãe da Kamilly e a abracei com um pouco de receio de perdê-lá.
-Oi querida, minha filha está bem?
-Sim, sim, muito bem, estou cuidando dela. -pude ouvir um suspiro do outro lado da linha.
-Que ótimo, quero te conhecer garota, você parece ser uma boa menina.
-Talvez eu vá aí...
-Mãe, posso levá-la?
-Pode, claro.

Voltei u.u
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No Fake Feels NoOnde histórias criam vida. Descubra agora