Parte 1

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 Depois de voltarmos daquela incrível viagem que fizemos em 1957, Lucy e eu estávamos assistindo TV em sua casa.

 Na TV estava passando um programa de cachorros, então eu digo:

 — Tira esses vira-latas daí! Quero ver algo que preste.

 Eu pego o controle da mão dela, e mudo de canal.

 Então, começa um programa.

 — Hoje teremos uma entrevista com Paul McCartney, onde ele contará a história por trás de fotos raras, que foram recentemente encontradas por historiadores.

 Quando começa a passar as fotos, Lucy e eu grudamos os olhos na TV, e nos olhamos assustadas. Eram fotos nossas com Paul, John e George, que nem nós sabíamos da existência. E então, começa uma entrevista:

 Repórter: Paul, quem são as garotas nas fotos?

 Paul: Garotas lindas e queridas, que foram bem importantes para nós enquanto formávamos a banda. É uma pena que Ringo não as conheceu. John ainda estava na escola de Artes com Stuart, e eu tinha conhecido ele há pouco tempo na época. Estávamos tocando violão quando elas chegaram à casa de Mimi, diziam ser da universidade de John. Pareciam ser nossas fãs número um mesmo sem termos lançado um único álbum.

 Repórter: Você sabe onde elas estão agora?

 Paul: Não sei. Elas foram embora de repente. Só deram-nos um tchau, e simplesmente sumiram.

 Repórter: Gostaria de revê-las?

 Paul: Adoraria.

 Repórter: Muito bem. Já voltamos após os comerciais!

  Quando começou os comerciais, passou um trailer de um filme chamado “Save John Lennon”:

 — Mais tarde na nossa programação terá o filme Save John Lennon. Não perca!

 Lucy olha para mim e diz:

 — Clara, quantas pessoas no mundo você acha que queriam voltar no tempo?

 — Não sei. Talvez todas as sete bilhões, não?

 — Sim! Então, nós temos uma máquina do tempo! Só nós! Por que não podemos mudar isso? — Lucy aponta para a TV.

 Cinco tiros em um gênio, e como Lucy havia dito: Nós podíamos mudar isso.

 Olhamos para a máquina e vimos que era isso que tínhamos que fazer.

 — Em que ano? — Lucy pergunta.

 — 1966. —Respondo.

 — Ah, entendi. Sem mais “Mais popular que Jesus”, certo?

 — Isso mesmo.

 Então tudo fica escuro. 

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