A Descoberta

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As coisas ficaram estranhas mesmo quando chegamos a uma grande igreja no centro da cidade, e quando entramos fomos direto a uma sala que parecia não ser aberta as pessoas, então quando percebi, havia uma escada que levava ao subsolo, não dava para ver o que havia no fundo, mas eu não tinha nada a perder, então desci, sem saber o que esperar lá em baixo.

No final da escada, havia uma grande sala sustentada por pilares e em volta vários desenhos em q a única coisa que pude ver claramente eram batalhas, mas não entre humanos, eram anjos. Mesmo sem entender o que era olhei para o resto da sala tentando entender algo, mas n havia nada de tão especial além de uma mesa redonda no centro com quatro cadeiras que somente agora percebi que duas delas estavam ocupadas, tentei ver quem eles eram, mas n deu muito tempo ate um deles me encarar e dizer:

-Bem vindo Arthur- ele tinha a voz suave e parecia feliz com algo- estávamos a sua espera, sente se- disse indicando uma das cadeiras.

Sem saber muito o que fazer, simplesmente obedeci, me sentei na cadeira e Miguel se sentou na outra, no momento em que nos sentamos, algo estranho aconteceu, não sei como explicar a sensação, mas era como se eu ficasse mais forte enquanto estava ali, mais ágil, mas por algum motivo sabia que eles também sentiam, olhei para a Miguel a procura de resposta ate q ele disse:

-Não se preocupe Arthur, ninguém aqui vai te machucar, só queremos que entenda o que esta havendo- ele se levantou e foi ate a parede com os desenhos- todos nos lutamos a séculos contra os demônios, mas a guerra nunca acaba, no inicio, nos quatro mantínhamos a paz em todo o mundo- o desenho a cima dele, quatro anjos, dava para ver claramente que eram Miguel e os outros dois homens q estavam na mesa, mas o quarto eu não pude reconhecer, mas por algum motivo não gostei de seu jeito- mas então, um dos nossos acreditou ser maior q Deus, então acabou sendo jogado do céu com muitos anjos, desde então a guerra começou, e agora, como uma tentativa final da batalhas, os demônios vieram ao mundo para tentar vencer de uma vez por todas, e nos tivemos q acompanha-los.

Eu entendi perfeitamente tudo o que ele disse, mas n dava para acreditar, relutei por um tempo ate q respondi:

-Vocês são loucos, anjos e demônios? Na terra? Você disse que me explicaria tudo, não disse que iria me trazer para uma igreja para me contar lendas, e depois? Vai me tornar um padre para poder guiar os humanos contra os demônios? Olha isso tudo é uma grande piada-eu já n aguentei mais e me levantei indo em direção à porta.

Mas antes q eu saísse dali, Miguel disse:

-Arthur, olhe para nos- a voz dele pareceu mais seria e quando me virei para olhar, não podia acreditar no q estava vendo, os três "homens" q eu falava agora pouco, agora tinha dois pares de asas grandes e mais branca do q tudo q eu já vi, tão brancas q pareciam brilhar.

-Ma... mas como???-disse gaguejando ainda sem conseguir entender.

Foi quando Miguel disse calmamente:

-Não somos anjos comuns Arthur, todos nos, ate mesmo você, é um arcanjo.

Foi quando tudo ficou mais estranho ainda, sem motivo algum, parecia q algo surgiu das minhas costas, e parecia q ia crescendo a cada segundo ate que senti q tocaram no chão, sem a mínima explicação, sem nem explicar como eram, eram asas, assim como as deles, dois pares de asas q brilhavam de tão brancas, q surgiam de minhas costas e iam ate o chão, fiquei sem palavras ate que por enfim disse quase sem voz:

-Por que eu? Por que eu fui escolhido para ser um arcanjo? Como isso tudo aconteceu?

O outro arcanjo olhou para mim e disse:

- A batalha esta sendo perdida, e essa cidade em especial, foi escolhida como o palco para o fim. Não sabemos o porquê, mas foi para cá q viemos, mas são muitos demônios, então nos reunimos e fizemos um pedido, um novo arcanjo como um reforço, e Deus deu o poder a você, sua vida deve ter sido honrada para poder ter sido escolhido como um arcanjo, mas agora você deve se preparar, a luta n vai acabar tão cedo, você deve treinar e aprender a lutar, além de aprender a esconder as asas.

-Mas para q? Elas são uma vantagem, porque eu não as usaria?

-Porque existem humanos, eles não podem saber q estamos aqui, é por isso que você terá uma vida de um adolescente comum.

-Então quer dizer que não tenho opções?

-Você sempre terá opções Arthur.

-Ok, eu vou ficar e treinar, seguir o que vocês estão falando, não sei nem onde estou então, é melhor fazer o que vocês propõem.

Miguel olha para mim como se por algum motivo estivesse orgulhoso, ate que diz:

-Então não vamos perder tempo, a primeira coisa a fazer é você aprender a esconder as asas, depois vamos comprar algumas roupas e então procurar uma escola.

-Escola? Por que escola?-digo meio relutante.

-Esqueceu que você deve ser um adolescente normal?-diz ele sorrindo.

-Ok então vamos logo.

-Para esconder as asas, se concentre nas suas costas e em um ponto, elas não podem simplesmente sumir, você tem q achar um modo de escondê-las.

-E como faço isso?

-Simplesmente concentre-se na base das suas asas, e ache uma forma de escondê-las.

Faço o que ele disse sem muita confiança de q dará certo, mas sinto como se minhas asas encolhessem um pouco, então passo a confiar q dará certo e elas continuam diminuindo, ate que n sinto mais elas.

Miguel olha impressionado e diz:

-Conseguiu na primeira tentativa, meus parabéns.

-Obrigado- digo feliz.

-E então? Como a escondeu?

Viro-me de costas para Miguel e digo:

-Uma tatuagem- digo com uma tatuagem de asas nas costas, cobrindo-a toda.

-Ate que você é esperto, agora vamos, você precisa de roupas e uma escola.

Nos saímos da igreja e vamos ate uma pequena loja de roupas ali perto, compramos algumas roupas simples e quando saímos ele diz:

-Eu tenho uma casa, não é tão longe daqui, você ficara lá comigo, para parecer uma família normal, e se alguém perguntar pela sua mãe ou algo do tipo, diga q ela morreu.

Ima breve ideia passa pela minha cabeça e digo:

-Essa parte é verdade não é?

Miguel fica em silencio por um tempo ate que responde baixo:

-É, é verdade.

Fico em silencio ate ele começar a andar em direção a casa e eu o sigo.

A casa não era lá grande coisa, uma casa simples de classe media perto do centro da cidade, mas dava para sobreviver.

-Você vai ficar com aquele quarto, pode se acomodar enquanto vou procurar uma escola para te matricular, bem o ano esta apenas começando então não será tão difícil- diz Miguel voltando para fora da casa.

Sem muito o que fazer vou ate o quarto, agora acho q sei porque a casa não era grande coisa, parece q todo o dinheiro havia sido investido naquele quarto, uma cama de solteiro q era bem grande no centro do quarto, um guarda roupa em L na parede, uma bancada com um computador q n parecia nada barato, uma televisão q eu juguei ser de 52 polegadas, na parede ao lado da porta uma estante com vários livros e uma janela ao lado da bancada, parece q o ultimo hospede era bem feliz aqui, mas sem muito o que fazer, guardei as roupas no guarda-roupa e me joguei na cama, e sem muito o que fazer e cansado, durmo rapidamente.


O Quinto ArcanjoWhere stories live. Discover now