You're The Reason For My Smile// N.H (HIATUS)

Capítulo 35

Diana Pov#

Depois do meu desabafo com o Niall voltamos outra vez para a Instituição. Ficámos lá durante todo o dia, menos os meus pais que só ficaram um bocado pois tinham de voltar a trabalhar. Eu bem tentava divertir-me juntamente com o Niall, mas não conseguia. A minha discussão com o Rodrigo estava sempre a passar na minha cabeça. Cada segundo, cada palavra, cada olhar. Como é que ele podia ter dito uma coisa daquelas? Eu sempre lhe fui fiel e ele sabe perfeitamente disso. Eu sempre tive amigos rapazes e ele nunca demostrava ciúmes quando eu estava com eles, até se davam perfeitamente bem. Porque é que agora ele é assim com o Niall? O que é que o Niall tem de tão especial para ele ficar assim tão zangado quando estou com ele? Simplesmente não consigo perceber. Ele devia confiar em mim como eu confio nele, senão... para que é que serve este casamento sem a confiança?

Estás-te a precipitar demasiado!! Faz o que o Niall te disse. Vai até casa dele e conversa calmamente com ele.

O meu subconsciente diz-me. Talvez seja boa ideia. Ele se calhar disse aquilo sem querer e pode ser que depois desta conversa voltamos ao normal. Espero bem que sim. Não gosto nada de estar sempre a discutir com ele. Nós já passamos por muita coisa para agora ficarmos chateados por causa de uma coisa tão insignificante. Depois de ajudar na limpeza do jardim da Instituição, despedi-me do Niall e fui-me embora conduzindo até á casa do Rodrigo. O Niall não me fez nenhuma pergunta á cerca da minha pressa já que ele sabia perfeitamente onde é que eu ia e o que ia fazer. Depois de alguns minutos a conduzir e a ouvir as músicas da rádio finalmente cheguei ao meu destino. As luzes do andar de cima estavam ligadas sinal de que ele se encontrava em casa. Tiro as chaves suplentes que ele me tinha dado a uma semana atrás com a intenção de lhe fazer uma surpresa, e abro a porta com elas. Fecho a porta para não fazer nenhum barulho que me denuncie e caminho devagar pelas escadas até ao seu quarto. Paro á frente da sua porta quando começo a escutar o que me parecem gemidos e de seguida uma voz feminina misturada com a do Rodrigo. As lágrimas escorrem pela minha cara e coloco a minha mão na boca para abafar um soluço. Como é que ele me pode fazer isto? No preciso momento em que me afasto da porta ela é aberta pelo Rodrigo apenas de boxers. Ele ao ver-me para e olha para mim de olhos arregalados.

- Diana?

- Como é que me podes-te fazer uma coisa destas?- digo com a raiva a crescer cada vez mais.- COMO RODRIGO?

- Princesa deixa-me explicar.- ele tenta tocar-me mas eu afasto-o com um gesto bruto.

- NÃO ME CHAMES ISSO!! TU NÃO TENS DESCULPA NENHUMA RODRIGO!!- as lágrimas continuam a escorrer como cascatas mas eu não me importo- HOJE DE MANHÃ ACUSAS-ME DE TER TRAIDO QUANDO TU É QUE ÉS O TRAIDOR. QUANDO DISCUTIAMOS IAS TER COM ELA NÃO ERA? COITADO ESTAVAS MESMO ARREPENDIDO NÃO ERA?

Ele olha para mim e sinto-me ainda mais magoada quando vejo nos seus olhos que não existe nenhum vestígio de arrependimento ou mágoa.

- Durante este tempo todo não signifiquei nada para ti não foi? Só não percebo porque é que mesmo assim ficas-te comigo e me pediste em casamento.

Olho para ele á espera de alguma resposta mas ele mantém-se calado a olhar para baixo. Atrás de si consigo ouvir a rapariga a chamar por ele. Olho para a minha mão onde se encontra o anel e tiro-o lentamente, atirando-o de seguida contra o seu peito.

- Tens ai o teu anel. Acho que é desnecessário dizer que está tudo acabado.

Saio a correr da sua casa e entro no meu carro com as mãos a tremer. Bato no volante várias vezes seguidas para descarregar a minha raiva, mas de seguida a minha cabeça pousa no volante enquanto que as lágrimas continuam a cair sem parar. Levanto a cabeça e ligo rapidamente o carro quando vejo o Rodrigo a sair de casa e a gritar o meu nome. Acelero com o carro deixando-o para trás. A raiva que eu antes tinha por ele desaparece deixando simplesmente a tristeza e a mágoa.

Niall Pov#

Já estava completamente farto de olhar para o teto do quarto sem conseguir dormir. Desde que a Diana saiu de casa que torna-se complicado para mim adormecer. Já tentei de tudo mas nada resultou. Não consigo também parar de pensar de como estará a correr a conversa dela com o Rodrigo. Não é que eu fique contente se eles fizerem as pazes, mas eu só quero que ela seja feliz. E se ela é feliz com ele tenho de atirar o meu orgulho e os ciúmes para trás e tentar ficar feliz por ela. Já farto de estar ali a ouvir o silêncio que sinceramente me começa a enervar, levanto-me e vou até á cozinha. Pego num copo e encho-o com a água da torneira levando-o de seguida aos lábios e bebendo o seu conteúdo. Á alguns minutos atrás comecei a sentir-me também irrequieto e com uma dor no peito. Tenho a sensação de que aconteceu alguma coisa a ver com a Diana, mas não sei bem o que é. Apanho um susto quando ouço uma voz atrás de mim, mas logo respiro de alivio quando reconheco a Natalie.

- Está tudo bem Niall?- questiona ela fazendo a mesma coisa que fiz á bocado.

- Mais ou menos.

Ela senta-se numa cadeira e aponta para a cadeira á sua frente, fazendo sinal para eu me sentar. Faço o que ela pede e ela faz um gesto com a mão para eu desabafar.

- Tenho um mau pressentimento, sinto que aconteceu alguma coisa de mau com a Diana.

- Porque é que não lhe telefonas? Assim ficas mais descansado.- diz mas eu nego com a cabeça.

- Eu não a quero incomodar, ela neste momento está com o Rodrigo.- digo e o meu coração aperta.

Ela dá-me um sorriso.

- Eu sei que tu gostas dela.- ela admite e eu fico surpreendido- Não faças essa cara de surpreendido, já quase toda a gente reparou é como se tivesse escrito na tua cara. Toda a gente menos a Diana. Acho que é por isso que o Rodrigo tem uma crise de ciúmes quando ela está contigo.

Ela levanta-se e dá-me uma palmada no ombro amigável.

- Vai atrás dela e luta por ela. Tu és muito melhor que o Rodrigo.- ela diz antes de se ir embora.

Fico durante algum tempo a pensar sobre o que ela disse, e quando finalmente tomo uma decisão saio porta fora e começo a correr pelo meio da estrada.