capítulo 1

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Na maioria das vezes estamos cientes de nossas atitudes e suas consequências, mas em algum momento você se sente sobrecarregado com tudo a sua volta, então se vê na vontade de querer cometer loucuras sem pensar.
Esta bem, eu não estava descrevendo outras pessoas, eu estava me descrevendo.

-Ei Dulce, acorde! Dulce Dulce, acorde! -A voz masculina soa pelo cômodo, com certa urgência.

Ameaço abrir os olhos, sinto meus sentidos um pouco confusos ou apenas seja no primeiro momento por causa da forte dor de cabeça,mas abro os olhos.
Quando consigo focalizar a pessoa á minha frente, vejo quem eu menos queria ver no momento. Então me viro pro outro lado e me cubro com a coberta até a cabeça.
Só que ele estava disposto a não me deixar dormi e logo estava puxando a coberta, dizendo que estou atrasada pro trabalho.
Ele segura em meu braço fazendo virar para encara-lo, ainda me segurando com uma mão, com a outra ele coloca meu despertador na minha frente.

-Está atrasada, sabia?!-ele diz novamente e com a expressão séria.

Olho pra ele, olho pro despertador, olho pra ele de novo e simplesmente o ignoro, virando o rosto.
Percebo que ele fica irritado e que por enquanto desisti de me fazer levantar. Assim ele sai do meu lado, deixa o despertador no lugar e volta a andar de um lado pro outro procurando suas coisas.
O analiso por um momento, vendo que ele estar apenas de calça jeans, descalço, sem camisa, seu cabelo bagunçado esta em uma aparência de molhado.
Ele percebe que estou o analisando e se vira pra mim.

-Não aconteceu nada do que você está pensando!-ele se adianta em dizer.

-Então o que está fazendo aqui?-o olho com um ponto de interrogação bem evidente.

Ele começa a andar novamente.

-Alguém tinha que garanti, que não cometeria loucuras mais graves, do que as de ultimamente!

Reviro os olhos dizendo:
-Já sou bem grandinha para ter uma babá!

-Sério? Parece mais uma mulher se comportando com uma adolescente rebelde!

-Não me importa o que parece ou não!-digo com raiva. -Só me importa fazer o que quero, a hora que quero e mais, eu sei me cuida muito bem sozinha!

-Esta bem, Dulce! Já entendi, não vou receber nem um agradecimento por ter passado a noite cuidando de você?! É talvez seja melhor mesmo parar de me preocupar com você,ok? Mas a srta ainda tem que se arrumar para ir trabalhar, então anda logo!-ele termina de falar em um tom mais amigável.

-Olha que como seu chefe e amigo, eu vou fingir que não sei o motivo de seu atraso e vou deixar passar mais esse!

Olho sem esbouçar reação alguma de preocupação com atraso.

-Tenho uma coisa para dizer, Jason! -o mesmo me olha receoso. -Me demito.

Agora vejo seu olhar incrédulo.

-Esta brincando, neh?! Você sabe que sem esse emprego está perdida e tem contas para pagar!

-Eu me viro. Agora saia da minha casa!!

-Não está pensando direito, mas te darei esse tempo para pensar e amanhã quando estiver raciocinando direito esteja na empresa cedo ou terei que tomar uma decisão que não quero!

Ele sai depois de pegar as coisas dele.
Enquanto eu volto a dormir.

...

Acordo com meu celular tocando e algum lugar do apartamento. E antes mesmo de me propor a procura-lo o mesmo para de tocar. Olho pro despertador e levanto dá cama em um salto, faltavam poucos minutos pro meio dia.
Fui correndo fazer minha higiene e me arrumar, lembro de ter combinado de almoçar com meu melhor amigo, Carter.

Depois de arrumada e quase um Quilo de maquiagem no rosto para esconder as olheiras e minha cara de sono, saiu do apartamento.

No elevador aproveito para ligar no consultório de Carter para saber se o mesmo já saiu pro almoço e descubro que ele estava fazendo um trabalho no presídio.

Não é preciso muito para saber o que Carter estaria fazendo lá, pois ele é psicólogo e no mínimo esta em uma consulta com presidiário.

Sigo para o tal presídio e como já sei que não permitiram minha entrada, então digo uma mentirinha sobre ser a secretaria do Doutor Carter Vega, por incrível que pareça após me fazerem perguntas e irem informar a Carter sobre minha chegada, fui revistada e finalmente me deixaram entrar, aonde estava meu amigo.

Assim que entro na sala, Carter que estava de costas para mim, segue o olhar do presidiário sentado na frente dele, e me lança um olhar assustado por me ver.

Sorriu disfarçando já que sei da possibilidade de estarmos sendo monitorados.
-Sr Carter, me chamou?! Aqui estou para fazer as anotações devidas!

Olho pro presidiário que ainda me olha curioso e percebo que realmente psicopata não tem cara de psicopata, pois aquele cara parece um galã de novela...

Sou tirada de meus pensamentos por Carter que me puxa para fora da sala.
No corredor que está vazio e me olha sério e preocupado.

-o que está fazendo aqui?- Ele pergunta baixo e entre dentes.

Imagino que ali no corredor tenha câmeras então o respondo do mesmo jeito.

-Te procurando.

-E não dava para me esperar em um lugar menos perigoso?

-É urgente e depois combinamos de almoçar!

Seu olhar de reprovação, me incomoda.

-O que foi?-pergunto sem entender.

-Você tem noção que ficou cara a cara com um homem acusado de assassinatos e suposto serial killer?

-E daí, ele está preso!

-Com certeza você esta precisando de consultas médicas comigo!-ele diz em um tom irritado pela minha resposta. -Me espera aqui!

-Espera! Por quê?

-Vou resolver essa situação e quero que você me espere aqui! Não saia daqui, esta entendendo?

-Ta bom.

Ele suspira um pouco aliviado e segue pelo corredor.

Eu fico encostada na parede, quando começo a mexer em meu celular e vejo meu reflexo na tela. Mexo no cabelo o arrumando e percebo estar faltando um brinco em minha orelha. Olho em volta no chão e não encontro nada, então só me resta procurar em um lugar.

Assim que entro na sala,
meu coração para, entro em total desespero...

Olá pessoal!
Passando para dizer apenas que é meu primeiro livro, não tenho experiência nisso, escrevo por hobby e decidi publicar para passar o tempo. Espero que gostem e não esqueçam de votar e comentar!

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