Epílogo - Love, Sex, Marriage

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Era o nosso aniversário de dois anos de namoro.

Justin me avisou que iríamos a um restaurante chique e que eu devia me vestir muito bem. Eu disse para ele que adoraria comemorar, mas que não precisava ser nada chique demais. Nós já morávamos juntos em um apartamento no Upper East Side e não havia nada que eu gostaria mais do que ficar dentro de casa com ele depois de ter passado meses fora organizando um casamento no Oriente Médio.

Mas lá estava eu, dentro de uma limusine que Justin mandou ir me buscar, indo para o tal restaurante em um vestido branco curto, com transparência e rendas. Por alguma razão estranha, minhas mãos tremiam e eu me sentia ansiosa. O motorista da limo nem mesmo me olhou duas vezes enquanto me ajudava a entrar no carro, mas eu vi o sorriso torto que ele deu quando fechou a porta. Comecei a estalar meus dedos quando meu celular tocou.

- Olá, querida - disse a voz da minha mãe do outro lado.

- Oi, mãe - respondi, olhando pelos vidros para onde nós estávamos indo.

- O que está fazendo?

- Hoje é o meu aniversário de namoro, lembra? Dois anos. Justin mandou uma limusine me buscar em casa e agora estamos indo a um restaurante chique.

- Ele está com você? - ela perguntou, soando entusiasmada.

- Não, vamos nos encontrar lá.

- Ah, que maravilha! - ela pausou por alguns segundos - Escute, Emma, eu honestamente acho que já está na hora de você se casar. Você já tem 27 anos! Quando eu tinha a sua idade, já estava me divorciando do seu pai.

Bufei e tirei o celular do ouvido, esperando alguns segundos antes de respondê-la para que não soasse muito grossa. Aquele era um assunto que eu definitivamente não queria conversar com a minha mãe. Eu e Justin também não conversávamos sobre isso. Nosso relacionamento estava tão bom daquele jeito que eu não via a necessidade de casar tão cedo. Claro que se ele pedisse, eu aceitaria antes de ele conseguir terminar a pergunta...

- Mãe, por favor, não fale mais nisso. Da minha vida cuido eu. Eu e Justin estamos muito felizes desse jeito e, se melhorar, estraga. Por favor, não diga nada a Justin. Ele vai se sentir na obrigação de me pedir em casamento e não quero que as coisas sejam assim. Quero que seja espontâneo. Está me entendendo?

Minha mãe deu uma longa risada do outro lado da linha.

- Tudo bem, querida. Mas quando isso acontecer, você vai me deixar organizar seu casamento, não vai?

Aquela era uma pergunta que ela já havia feito milhões de vezes. Eu sabia que minha mãe era a melhor organizadora que eu conhecia, mas eu também sabia que se eu passasse muito tempo com ela, ia querer me enforcar. Mas talvez fosse melhor mesmo deixar alguém da família organizar meu casamento. Além do mais, ela saberia como fazer a Casa de Barcos do Central Park brilhar tanto que apareceria no Google Maps.

- Claro que vou, mãe - eu a tranquilizei - Não consigo pensar em ninguém melhor do que você.

- Ótimo, querida! Já tenho várias ideias. Por mais que não concorde que você tenha escolhido aquele lugar insosso para fazer sua festa de casamento, vou dar o meu melhor. Vai ser o melhor casamento que você já viu!

Dei risada e assenti com a cabeça. Com certeza seria.

- Mas isso ainda vai demorar, mãe. Ainda vamos ter muito tempo para conversar sobre isso. Tenho que desligar agora, acho que já estou chegando ao restaurante.

- Tudo bem, querida. Até mais.

A limusine diminuiu a velocidade até parar completamente e deu para ver pelos vidros que estava estacionada em algum lugar. O motorista saiu do carro e abriu a porta para mim. Eu encarei o grande restaurante a minha frente, na Quinta Avenida. Ele me ajudou a levantar e depois abriu a porta para que eu pudesse entrar no local.

Grandes arranjos de flores brancas decoravam as mesas do restaurante e em cada uma delas, alguém que eu conhecia se sentava. Meus companheiros de trabalho, outros funcionários da empresa e minha família tomaram toda a parte esquerda. A família e os amigos de Justin tomaram a direita. O restaurante estava cheio, mas ninguém me era estranho.

Justin estava parado na frente da mesa no centro com dois lugares, a única sem os arranjos de flores brancas, mas com um arranjo de tulipas vermelhas no lugar. Ele me encarou e sorriu e meu choque inicial foi substituído por uma emoção enorme e a visão turva, devido as lágrimas que começaram a cair. Ninguém disse nada, mas todos sorriam e esperavam. Minha mãe e meu pai me encaravam com um sorriso imenso, mas não consegui dizer nada. Voltei a olhar para Justin e tentei secar as lágrimas o máximo que pude. Ele começou a falar.

- Me disseram que as garotas normalmente começam a planejar seus casamentos aos 7 anos de idade. Ela escolhe as cores e o bolo primeiro. Aos 10 anos ela sabe quando vai ser e onde. Aos 17 ela já escolheu um vestido, duas madrinhas e uma dama de honra. Aos 23 ela está esperando por um homem que não vá se esconder quando ouvir a palavra "compromisso", que não seja uma solução temporária para o lado vazio da cama; alguém que segure sua mão como se fosse a única que ele já tenha visto. Para ser honesto, eu não sei que tipo de smoking estarei usando. Não tenho ideia de como quero meu casamento, mas imagino a mulher com quem vou me casar. Imagino que o sorriso dela vai ser tão grande que vai dar para enxergá-lo pelo Google Maps e saber exatamente o local do nosso casamento. A mulher com quem eu planejo me casar vai ter champanhe no andar e eu vou me embebedar em seus passos. Quando o padre perguntar se eu tomo esta mulher por minha esposa, eu vou dizer sim antes que ele termine a pergunta. Depois vou me desculpar por ser mal-educado, mas também vou explicar para ele que nosso primeiro beijo aconteceu há quase 5 anos e eu estive praticando meu "sim" pelos últimos 1680 dias. Quando as pessoas me perguntam sobre meu casamento, nunca sei direito o que dizer. Mas quando eles me perguntam sobre a minha futura esposa, eu sempre digo: os olhos dela são as únicas luzes de Natal que valem a pena ser vistas durante o ano todo; ela pensa demais, sente falta do pai, ama dar risada e é uma péssima mentirosa, porque seu rosto nunca soube como fazê-lo direito. Eu digo a eles que se meu despertador soasse como a voz dela, meu botão de soneca ia ficar empoeirado. Eu digo a eles que se ela viesse em uma garrafa, eu beberia dela até que minha visão ficasse turva e meus amigos tirassem a chave do carro das minhas mãos. Se ela fosse um livro, eu decoraria o sumário e a leria de capa a contracapa, esperando encontrar erros só para que nós dois pudéssemos ter algo para melhorar. Por que afinal não somos todos inacabados? Precisamos ser editados, precisamos que alguém nos leia, precisamos que alguém nos diga que fazemos sentido. Mas as imperfeições dela são as coisas que mais amo. Eu não sei aonde vou me casar, mas sei que quando me perguntam sobre a minha futura mulher, eu sempre digo: ela se parece muito comvocê. Emma Juliette Hastings, você aceita se casar comigo?

Corri até Justin e me joguei em seus braços.

- Sim, sim, mil vezes sim! - respondi, ao som de vivas e palmas dos convidados.

Ele me puxou para si, abriu o maior sorriso do mundo e colou os lábios nos meus. Eu me senti a mulher mais feliz do mundo naquele momento e soube, com absoluta certeza, que me sentiria daquele jeito pelo resto dos meus dias.





Fim!

Obrigado à todos vocês que me acompanharam em todas as postagens, obrigado de coração ❤. Mais fanfics maravilhosas estão por vir, aguardem babes!

Love, Sex, Marriage (Justin Bieber)Onde histórias criam vida. Descubra agora