1 - Prólogo

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Durham – Inglaterra Medieval, 1481

A lua iluminava entre as copas das árvores revelando uma longa estrada de terra. Pela estrada uma carruagem velha guiada por um senhor, corria em direção ao centro da floresta densa e assustadora. Somente era possível ouvir os gritos daquele homem que ecoavam até a costa da floresta, enquanto chicoteava os cavalos. Um nevoeiro o seguia rapidamente, deixando um rastro de frio e solidão. A sombra de um ser nada normal e totalmente real era revelada pela luz do luar em meio às árvores. Aquela carruagem seguia mais rapidamente como um passo de mágica, seus cavalos pareciam galopar nos ares e em pouco tempo ela chegara ao destino, sendo estacionada vagarosamente na relva cercada pelas grandes árvores. Cinco jovens camponeses rapidamente desciam da carruagem seguindo em direção a um círculo feito na terra. No centro do círculo, suas feições aos poucos são reveladas pela claridade que brilhava sob eles. Uma moça de cabelos longos e loiros, olhos castanhos e pele pálida mostrava seus dentes afiados enquanto abraçava um jovem rapaz também de olhos castanhos, com um olhar penetrante, cabelos curtos e pele clara. Ele possuía dentes ligeiramente mais afiados e maiores que a moça. Próximo a eles, um rapaz de pele clara e cabelos negros observava atentamente ao redor, seus dentes pontudos o deixavam assustador, mas havia uma ternura em seus olhos. Em outra ponta do círculo havia outro jovem, tinha a estatura média, suas roupas estavam rasgadas e seus pelos ouriçados. De todos, possuía a aparência mais assustadora. No centro do grupo uma moça de pele morena, com cabelos longos e cacheados segurava pequenas placas de madeira com uma corda pendurada, cada placa com nomes gravados. Ela entregava a cada um começando pela jovem vampira Jill Sanders, o companheiro de Jill, Jason Peters, o outro vampiro Matt Malone, o lobisomen Isac Dellano e ficando somente com a sua escrito Marie Preston. Após colocarem suas placas como um cordão, os cinco dão as mãos e fecham os olhos enquanto Marie profere sua magia. Durham estava prestes a se libertar da escuridão que assolava suas fronteiras. A aliança daqueles jovens traria a extinção de vampiros, lobisomens, bruxas e toda criatura sobrenatural que dominava Durham e a Velha Inglaterra. Porém o maior pesadelo daqueles jovens se aproximava ferozmente do círculo, aquele ser forte e inteligente, conhecido nas lendas contadas pelos camponeses, estava prestes a pôr um fim naquele ritual. Seu exército mortal o seguia fielmente, seus gritos roucos saiam e penetravam floresta a dentro, as aves noturnas voavam em bando para longe, trazendo terror e medo. Mas Dan Miller chegara tarde demais para impedir que aqueles cinco jovens liderados por Marie terminassem o ritual. Aos poucos, cada criatura se dilacerava fora do círculo, deixando um rastro de sangue derramado.

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