Sob o Luar, O Início

6 - Sob Tensão

Durante a primeira aula, Pietro com um lápis na mão, começa a rabiscar seu caderno enquanto pensa na teoria de Drake. Lucca percebe vagamente o comportamento do colega. Carol envia uma mensagem a Rebecca e Lizzie, convidando-as para uma noite de meninas, as duas aceitam. Carol ainda não acreditara na história de seu primo, mas tentava ignorar o fato. No momento em que o professor questiona a classe sobre um determinado assunto, Pietro se levanta com uma folha na mão e sai da sala, Lucca logo vai atrás.

– Ei, Pietro! – Chama Lucca pelo corredor. Pietro se vira um pouco assustado, nesse momento a folha já estava toda amassada em sua mão.

– Oi.

– Tá tudo bem cara? – Lucca caminha lentamente até ele, fitando as mãos de Pietro.

– Sim. Na verdade estou preocupado com algumas matérias. – Pietro tenta ser convincente, encarando Lucca.

– Hum. Sei o que é isso. – Lucca apoia a mão no ombro de Pietro tentando se aproximar. – Vai lá em casa hoje para estudarmos então. – Pietro acaba aceitando.

Após as aulas, Carol é surpreendida por Joshua ao entrar em seu carro no estacionamento da faculdade.

Seu olhar sereno e penetrante a acalmava. – Bom dia Carol. – Ele fazia questão de pegar as mãos dela.

Suas bochechas rosadas estampavam sua total timidez. – Oi Josh, desculpa por não ter ido ao encontro, eu... – Logo ela é interrompida com um beijo em seu rosto.

– Fique tranquila, eu entendo minha querida. – Sua voz suave entonava aos ouvidos de Carol. – Bom, eu trabalho aqui por perto, então vim resolver um assunto na faculdade e te vi. – Ele sorri. – É o destino!

Carol solta suas mãos das dele. – Pode ser. – E sorri também. Ela sente algo diferente em Joshua, mas não comenta e logo entra em seu carro. – Bom, preciso ir, mas podemos marcar para outro dia. Joshua concorda com um sorriso largo em seu rosto.

Nada parecia comum para Carol com a aproximação repentina de Joshua. Sua mente vagava desde o dia que o conhecera no Mitchel's, a placa ao lado de velocidade máxima na via nem fazia sentido mais, a velocidade que estava correndo ultrapassava fácil esse limite e por poucos o guarda não percebe ao frear bruscamente no semáforo. Ao chegar em casa, Suzan recebe a filha sorridente, seu hálito exalava um forte cheiro de álcool.

– Cadê seu primo? Ele não devia estar com você? – Seus reflexos eram baixíssimos.

Carol precisava de um descanso, suas costas relaxadas a levavam lentamente para seu quarto, sua voz ecoava pela casa ao responder sua mãe. – Vai estudar com Lucca.

Nessa hora Suzan pensa e logo corre tropeçando pela escada. – Filha! Aquele seu amigo rico? – Carol rapidamente para.

– Sim mãe, é.

– Minha querida, você precisa fisgar esse rapaz. Case com ele logo Carol Malone. – Carol logo a repreende e sai murmurando pela casa, deixando Suzan gritando ao pé da escada.

Na casa de Taylor, Lizzie se encontra em seu quarto de frente com o grimório, sua vontade de entender todas aquelas frases em pouco tempo a consumia a ponto de deixar de almoçar. Em pouco tempo, seu avô aparece com um lanche, aquela atitude faz Lizzie abraçar o avô.

– Vô, não sei o que eu seria sem você. – Ela amarra seus cabelos e coloca o prato entre suas pernas.

– Minha querida, você sabe que é tudo que me restou. Eu preciso de você. – Taylor senta na cadeira da escrivaninha, agora sem sua xícara de chá.