capitulo 3

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Pov Lauren.

Eu odiava manhãs.

Deus como eu odiava aquele negocio que inventaram pra tocar musicas dos infernos, fazendo você tomar um susto do demônio e não conseguir mais dormir , vulgo, despertador.

Não que eu não seja uma pessoa adorável de manhã , o que eu realmente não sou, maaas enfim, o ponto é que eu não gosto de acordar cedo.

Bati no aparelho demoníaco que ficava ao lado da minha cama, porque se não eu não escutava, e resmunguei algumas coisas inaudíveis.

Levantei lentamente e coçando o olho, levando um susto logo em seguida com o barulho em minha janela.

Era um passarinho?

-oh meu Deus.- falei indo rapidamente até a janela e abrindo, era realmente um passarinho. Ele era azul e verde e estava com uma das asas quebradas.- oh meu amigo, o que aconteceu com você? - perguntei fazendo um pouco de carinho no animal, que estava incrivelmente dócil.

Isso sempre acontecia na verdade, quero dizer, não a parte de pássaros com asas quebradas aparecerem na minha janela, o fato dele ser dócil é que era constante na minha vida. Desde que me conheço por gente sempre tive uma boa relação com os animais, aliás essa era a única coisa que eu tinha certeza na realidade.

Quando era pequena eu vivia num lar adotivo, ele não era ruim como as pessoas falam, ele recebia várias doações por isso as condições de vida lá eram boas, e também por que ele não era tão grande então não tinha grandes custos. Ela também possuía parceria com uma escola que ficava perto de lá. Agradeço todos os dias por essa parceria, não sei o que seria da minha vida se não tivesse encontrado as garotas.

Suspirei baixinho pegando o pequeno animal em minhas mãos e levando para dentro do quarto.

A vida não era ruim lá no lar em que eu vivia, mas eu era a mais velha de lá, eu tinha ficado em um quando era bebê até os três anos de idade, depois dos três fui transferida pra lá, havia apenas mais uma garota com 2 anos, o resto eram todos recém nascidos, já que onde eu vivia, só dava abrigos para bebês até os 8 anos de idade, depois íamos para outro lar.

Acabei fazendo amizade com a garota. Agradeço a Deus por essa amizade também, não sei o que faria sem Dinah jane em minha vida.

Dinah era um ano mais nova que eu, mas eu não me importava com isso, viramos amigas rapidamente por sermos as únicas que eram um pouco mais velhas ali, e que realmente sabiam falar, apesar de sermos extremamente diferentes. Dinah era extrovertida e cheia de sorrisos, conquistava as pessoas facilmente, e talvez tenha sido por isso que ela tinha sido adotada.

Eu não tive a mesma sorte.

Dinah não parou de falar comigo no entanto, ela e as meninas que agora eu conhecia, me convidavam constantemente para suas casas, mas eu nunca contava a elas sobre meu passado, ou o fato de eu não ter uma casa propriamente dita,e isso não mudou quando eu tive que ir para outro lar por já ter completado 8 anos.

Não aditou no outro também, parecia que eu não era tão especial quanto as outras crianças... Eu sofri muito com isso devo dizer, mas eu consegui superar, é claro que ainda era uma bosta ter que passar os feriados de família com alguma das meninas , já que eventualmente eu tive que contar sobre onde eu realmente vivia, quero dizer, eu as amo mais que tudo e suas famílias também, mas isso só me lembrava do fato que eu era a única ali que não era boa o suficiente pra ninguém, a única que não tinha realmente uma família para passar os feriados junto, para dar presente no dia das mães, fazer as gincanas no dia dos pais.

É, era definitivamente uma droga as vezes.

Mas com o tempo eu me acostumei, parei de ficar lamentando pelos cantos, e comecei a focar em mim mesma, o passar dos anos foi bom pra mim. Meu corpo ganhava curvas,meu cabelo crescia mais, e meu coração ficava cada vez mais forte.

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