Lágrimas sem sentido - Carol

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As lágrimas caiam sem eu perceber, e eu queria deixá-las escorrer, era culpa minha, eu fiquei tão feliz que havia dado certo que não tinha visto o outro chegando. Por minha culpa, Isa estava morta. Fiquei parada, enquanto via o namorado dela abraçado a corpo morto dela. O cara de metal ficou parado, só olhando.De repente se virou para mim, com as mãos sujas de sangue.Sangue dela. Ver aquilo transformou minha tristeza em raiva, não do cara de metal, mas daquelas duas vadias que haviam feito isso.

Eu levantei, e ele começou a andar até mim. E eu comecei a andar até ele. Eu ia parar ele,e derrotar aquelas duas putas. Mesmo que eu perdesse meus braços e as pernas, mesmo que eu fosse cortada em pedaços, mesmo que eu morresse afogada ou em chamas, mesmo assim, eu iria ver aquelas duas queimando no inferno.

Então eu peguei meu pirulito, seria a batalha mais difícil que eu teria ali, não era hora para se apegar à uma aposta com si mesmo. Eu usaria todo o meu poder, com a energia que ela me deu. Quando ele chegou perto o bastante,transformou a mão num machado, e me atacou, mas eu desviei com um movimento rápido, então eu ataquei a cara dele como o o pirulito, e ele voou longe, se fosse o pirulito de sempre , apenas a cabeça teria voado, mas eu ajeitei para que não matasse instantaneamente.

Ele bateu bruscamente numas árvore, e seu nariz começou a sangrar.

-Pare de brincar!- Me assustei ao perceber que era a mulher que o havia hipnotizado.-Destrua ela e o outro! Mate todos!

Ele levantou bruscamente, e foi na minha direção, um pouco lerdo. Então parou, eu me aproximei um pouco, e ele continuou parado. Então vários espinhos saíram do corpo dele, tentei recuar, mas os espinhos me perfuraram. Não foi fundo, mas doeu muito.

Ele puxou os espinhos de volta, e avançou. Larguei meu pirulito, eu tinha outros truques na manga. Criei um um chiclete, mastiguei rapidamente, e criei um bolha, que saiu da minha boca e flutuou lentamente até ele. 

Ele encarou um pouco a bolha e espetou a espada nela, do jeito que eu queria. Uma explosão aconteceu e ele foi jogado pra trás. Eu levantei uma parede de chocolate pra me defender da explosão. Novamente ele levantou, estava sangrando por muitas partes, e estava muito mais lento. Era a chance perfeita para prende-lo. Eu coloquei minhas mão no chão, estava confiante, até que vários espinhos me acertaram em cheio, chegando a me atravessar

Ele puxou os espinhos de volta e eu cai no chão sangrando muito.  Ele se aproximou lentamente, até ficar na minha frente, e transformou a mão numa espada. Ele levantou a mão para me dar o golpe final, mas eu consegui levantar uma parede de chocolate na minha frente, depois outra do lado dele , outra atrás e outra no outro lado e um teto. E ele ficou preso num cubo de chocolate. Ele tentou sair, mas mesmo a arma mais afiada não fazia nada. Uma hora ele desmaiaria sem oxigênio.

Eu levantei, e fui em direção das duas. Mesmo com a máscara cobrindo os olhos, eu sabia que elas estavam surpresas.

-Seu cachorrinho foi domado. Vocês perderam vadias.

Elas  me encararam. Vadia número 1, a que havia hipnotizado os dois,  estava assustada, de longe dava pra ver que tremia, a vadia número 2 me encarava com ... um sorriso? Então ela começou a rir.

-Então porque não vem aqui nos matar?- Ela falou, e depois riu mais.

Então a vadia número 2, parou de tremer, e levantou a cabeça, com a expressão de alguém que lembrou algo importante, e começou a rir de novo.

Eu apontei dois dedos pra elas, e atirei minhas jujubalas. Foram na direção correta, mas quando estavam quase acertando elas, algo as desviou.

-Esse é o meu poder- Ela falou, e começou a rir de novo- Meu escudo nunca falhou. 

-Bem, agora temos que ir- Falou a vadia número 1, com um tom desapontado - Meus brinquedinhos quebraram.

E as duas correram. Eu achei que não ia fazer diferença segui-las. Então me virei, pra ir ver o que poderia fazer com o cara de metal, até que ouvi o som de alguém batendo numa parede.

-O que foi isso?- Ouvi a voz da vadia número 1

-Tem algo no caminho - A vadia número 2 falou

-Mas eu não vejo nada- Falou  a vadia número 1.

-Exato.

A voz que falou era diferente da voz das duas vadias. Duas garotas desceram de uma árvore. Uma era de altura média, tinha cabelos negros lisos e era magra, vestia uma saia e uma camisa com um coelho rosa. A outra era baixinha, tinha cabelos loiros amarrados em duas maria-chiquinhas,  e vestia um vestido azul e não parecia ter mais de 8 anos.

-Esse é meu poder, posso fazer coisas sólidas poderem ser atravessadas, e coisas "atravessavéis" sólidas.- As duas vadias olhavam pra ela com medo, apavoradas, como se vissem um monstro, mas a garota sorria gentilmente, explicando tudo com uma voz fofa- Por exemplo, essa árvore- ela encostou na árvore, e sua mão atravessou sem deixar nenhum buraco- se chama "intangibilidade", essa árvore está intangível porque posso atravessá-lo .

Ela parou um pouco e as encarou. As duas vadias estavam paralisadas, mas não havia nada na garota que a fizesse parecer alguém assustador, ela parecia mais um alvo fácil.

-Agora, vou fazer coisas ficarem tangíveis.- Então ela pulou,e e em vez de cair, ficou em pé em pleno ar, como se tivesse um piso de vidro- Viu eu fiz o ar ficar tangível, mas agora algo perto de vocês. Primeiro você- e apontou pra vadia número 2 - Essas quatro paredes ao seu redor.- Ela ficou aterrorizada, tentou fugir, mas bateu em algo invisível- Agora é tangível. - A vadia número 2 batia desesperadamente nas paredes invisíveis- Agora a última.-  A vadia numero 2 olhou diretamente pra ela, arfando violentamente,com um olhar pedindo misericórdia- A faca no seu coração -  O tom da voz dela mudou, não era mais gentil, era um tom recheado de dor, tristeza, raiva e ódio, mas ela continuava com o sorriso- Agora é tangível.

E um corte apareceu no peito da vadia número 2, e ela cuspiu sangue e caiu no chão,as paredes tinham desaparecido e o escudo também, e uma poça de sangue começou a crescer. 


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