Uma pequena menina

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A garota estava caída pouco antes da recepção, em um parque. Não podia ver seu rosto, seus longos e lisos cabelos brancos cobriam quase tudo. Nunca tinha me encantado tanto por alguém como naqueles breves segundos, parei o carro e fui me aproximando, seu pequeno corpo caído delicadamente na grama do parque, pelo que vi a mesma era muito menor que eu, cerca de 1,56 era baixa comparada ao meu 1,85.

Estava um pouco ferida e isso fez com que me enchesse de raiva! Que ser humano seria tão cruel ao ponto de ferir alguém tão frágil como ela? Tentei fazer com que acordasse, mas era obvio que estará desmaiada. Coloquei-a então dentro do carro e a levei para minha casa.

Sua pele pálida estava fria e a mesmas e encolhia no banco frontal, tirei minha jaqueta e coloquei sobre ela. Não sabia o porquê de estar levando uma desconhecida para minha casa, mas havia algo nela que me atraia, já conheci muitíssimas garotas, uma mais bela que a outra, mas essa... Era diferente. Não sabia o que nem o porquê, apenas sentia que precisava cuidar da pequena desconhecida. Seu longo cabelo branco cobria grande parte do seu rosto e pelo que pude perceber era tão longo que por pouco não passava de seus joelhos, apesar de um pouco sujo de terra e grama, tive a sensação de ser macio, mas contive a vontade de conferir.

Não sabia como reagir àquela situação, nunca uma garota dormiu aqui, era apenas sexo e adeus logo em seguida. Todas com quem já dormi sabiam onde estavam se metendo, era apenas uma noite e mais nada. Podia escolher a dedo. Quero essa, depois essa e mais tarde essa e sempre consegui o que queria, amava desafios. Mas sempre odiei caras que faziam alguma garota chorar. Nunca fiz isso, todas tinham a plena consciência de que eu não fazia o tipo que namora. Eu dava o que elas queriam e elas faziam o mesmo.

Enfim, coloquei-a na minha cama, fazia um pouco de frio devido ao inverno que terminara há pouco tempo, então lhe dei cobertores, encontrei minha caixa de primeiros socorros e fiz curativos mal feitos, não sou bom nisso. Em seguida fui me deitar no sofá.

****

Acordei com um par de olhos grandes e negros me encarando. Tomei um susto em que pulei e cai no chão. A garota de ontem me encarava do lado oposto do sofá sem dizer nada.

Carter: É... Bem... Ahn... Então você já acordou...

Ela não disse uma só palavra, apenas me encarava.

Carter: M-meu nome é Carter... Carter Lewis.

Ainda nada...

Carter: E-eu te encontrei ontem... Caída e desacordada no parque...
E adivinha? Nada de novo...

Droga! Porque eu estava nervoso? É apenas mais uma garota, não tem nada de mais! Pelo amor de Deus Lewis se acalma. E outra porque você disse seu primeiro nome? Só familiares te chamam de Carter, mais ninguém! O que esta acontecendo com você??

Limpei a garganta então ela sorriu e fez um breve aceno com a mão, como se dissesse olá.

Foi então que percebi porque ela me encarava

Carter: oh meu Deus estava lendo meus lábios esse tempo todo?

Ela negou

Carter: E você fala?

Ela acenou com a cabeça, negando.

Carter: Então você ouve, mas não fala. E isso?

Confirmou

Carter: Okay, bem gostaria de um banho? Vou ligar pra um amigo meu, ele é médico e dirá se tem você está bem.

Ela sorriu e em seguida fez uma cara confusa

Carter: O banheiro é logo ali, mas pode usar o do meu quarto, é maior. Venha. - fui ao quarto e peguei uma toalha no closet e um moletom - Aqui pode usar isso...

Muito Mais Que Um Adeus (Pareado)Onde histórias criam vida. Descubra agora