Cérbero - O Guardião. [Review]

Prólogo

~Sonho on~

"-Irmão... Aqui está muito escuro, eles vão nos encontrar...-dizia Selene em prantos, chamando atenção do nosso irmão. Estava angustiada e ao mesmo tempo irada. Era uma afronta. Como era possível, os filhos de Hades, sendo caçados como animais. Alexis estava mais perdido que eu e isso me assustava imensamente.
-Irmã, por favor diga a ele... aqui não é seguro, diga,va-vamos sair irmã, por favor- eu não sabia o que fazer, Alexis não se mexia, só então eu percebi o óbvio, Alexis estava morto... Depois disso eu não sei o que aconteceu, só lembro-me que minha pequena irmã conjurou o feitiço proibido...- Cerberus..."

~Sonho off~

'Don't tell me Don't tell me
Don't tell me bye bye...'

Acordo com o toque do meu celular e vejo que está na hora de ir trabalhar, mas tudo que eu quero é voltar a dormir. Até um certo alguém bater na minha porta.

-Andrea! Acorda já tá tarde! Se você chegar atrasada vai ter que ficar até mais tarde no trabalho e eu preciso que você volte cedo pra cuidar da Selly enquanto eu trabalho. Você já perdeu a aula, não pode perder esse emprego.

-Eu já acordei Alexis, se você fizesse seu trabalho bem feito eu não teria perdido a minha aula.

Rapidamente ele desceu. Hoje eu realmente não estou de bom humor, o meu irmão me trata como uma criança mas precisa de mim pra tudo, o que me rouba noites e mais noites de sono.

Não considero que sejamos uma família normal, afinal nós três somos, semideuses, sendo uma criança imortal, um killer desastrado(chato do meu irmão), e eu um mito que diverte a imaginação de milhões de pessoas e aterroriza o coração dos crentes, além de sermos assassinos que mantém o equilíbrio entre diversos povos.

Depois do que aconteceu naquela noite nossas vidas mudaram completamente, fazem exatos oito milênios que fomos atacados. Mas para melhor entendimento do que aconteceu, é preciso que saibam a história do começo.

~Flashback on~

Somos filhos de Hades com uma feiticeira que vivia onde hoje fica o Vaticano. Nunca conhecemos nossa mãe, quando Selene nasceu ela tentou aprisionar nosso pai e Perséfone a matou, e a partir desse dia ela cuidou de nós e foi ela que nos ajudou com nossos treinamentos, já que raramente nosso pai tinha tempo pra isso.

Durante a gravidez de Selene, Adelind nossa mãe, usou um feitiço, que permitia a ela absorver e armazenar o poder que não estava sendo usado pela criança que era gerada em seu ventre, poder esse que ela usaria futuramente para matar Hades e se tornar rainha do Mundo dos Mortos.
Mas antes que se completassem os nove meses de gravidez, Cora descobriu o plano de Adelind. Sabendo do que estava acontecendo aproveitou-se da visita de Hermes a seu marido e mandou um recado a sua mãe, dizendo que ela deveria descer ao reino dos mortos urgentemente.
Ceres ficou desesperada, afinal depois de tantos séculos ela não havia mudado sua opinião sobre o genro, acreditou que o tirano tivesse magoado sua filha.
Quando Ceres chegou, não ficou muito feliz, por mais que não gostasse do genro, não podia deixar que uma vida inocente fosse usada como uma arma em um golpe de estado. Sua filha não conhecia o feitiço, mas assim que soube dos detalhes viu que era um feitiço que não sugava apenas os poderes, e sim os poderes e a força vital, levando a criança à óbito horas após o nascimento.

-Então, isso é pior do que eu imaginei mamãe, como ela pode ter coragem de fazer isso com a própria filha?

-E isso não é tudo Perséfone, há uma maneira de parar o processo sem que ela perceba, mas isso vai exigir sacrifícios, eu lhe conheço e seu que não quer que nada aconteça à criança, só que tudo que se faz trás consequências, essa criança não terá uma vida normal como os outros semideuses, você terá que cuidar muito bem dela, entende?

-Me diga o que tenho que fazer...

~Flashback off~

Bem, está na hora de ir trabalhar, atualmente eu trabalho numa cafeteria no centro de Busan, nos mudamos constantemente, afinal não dá pra explicar para pessoas normais porquê Selene não cresce, no mínimo nos achariam malucos e tentariam descobrir a suposta "doença" dela.

Cheguei atrasada, e toda descabelada. Minha sorte é que a minha chefe é uma senhorinha americana muito simpática, e sabe que estou me esforçando pra juntar dinheiro pra faculdade.

-Bom dia Marg- depositei um beijo na bochecha da senhora sorridente.

-Bom dia menina, ponha o uniforme e vá atender a mesa 07.

-Me dê dois minutos.

A tarde passou rápido. Alguns alunos da minha escola costumam vir aqui depois da aula, o que me fez conhecer alguns alunos do turno da tarde. O único problema é que com o tempo nos tornamos amigos, e eles passaram a vir com mais frequência me torrar a paciência.

Não é que eu não goste da amizade deles, mas eles me tocam demais e isso me irrita.

Agora a Marg está em seus raros momentos de raiva, afinal o grupo de seis: Alícia, Malia, Gabriel, Victor, e os gêmeos Diego e Daniel, estão fazendo uma algazarra, o que está incomodando os outros clientes.

-Diga aos seus amigos pra acabarem com essa bagunça.-pelo olhar dela vi que, se ela tivesse poderes teria fritado o cérebro deles, as vezes ela me dá medo. Melhor eu ir antes que ela queria me matar.

Cheguei de mansinho pelas costas de Victor e Diego, quando as meninas me viram tentaram prender o riso.
Eles estavam falando sobre a gaveta de lingeries da Dreah... Pera.. Eu mato esses dois.

-Sério e o que encontraram lá?-perguntei fingindo interesse e mudando um pouco a voz, Alícia e Malia não tinham mais ar de tanto rir. Então Diego começou a falar.

-Foi bem estranho porque ela parece ser toda certinha, e decente, mas aquilo n tinha nada d...AAAHHH!
-AAHHHHHH!-eles perceberam que era eu quando os derrubei das cadeiras e os pus pra fora.

Logo voltei à mesa onde estava o restante do pessoal.

-Você tinha que ter visto a sua cara quando percebeu do que eles estavam falando-disse Malia vermelha de tanto rir.
-Pessoal, eu sei que a conversa tá muito boa, mas tentem ser menos barulhentos, a Marg está à um passo de vender os meus órgãos na deep web. E tchau, tenho que trabalhar.

• • •

As últimas horas de expediente passaram rápido, as crianças foram embora e a Marg foi embora e deixou tudo para que eu arrumasse. Tudo bem que eu cheguei atrasada, mas poxa, foram apenas dois minutos e a primeira vez que atraso esse ano.

Mas sinto que o trabalho extra não foi pelo atraso, e sim pela confusão de hoje cedo. Eles que me aguardem, na próxima eu seguro os dois pelo pescoço e eles que lidem com uma Marg perturbada.

• • •

Oii.. Não vou prometer que o primeiro cap sairá logo, pq eu nunca tenho tempo, e quando tenho vou fazer outras coisas ao invés de escrever.
Então assim que eu tiver o prox cap pronto eu posto.

Annyeong!