+ Pov. Clara Clifford
Pessoas dizem que você não pode fugir das memórias, mas no meu caso, as memórias estavam fugindo de mim.
• Eu estava incompleta! Estavam me faltando pedaços, eu me sentia morta por fora e viva por dentro.
× Estava em uma espécie de sono que parecia nunca acabar, estava perdida em meus próprios pensamentos, podia ouvir as pessoas me sussurrarem coisas e tocarem em meu corpo quase sem vida, elas depositavam beijos em minha testa, seguravam com força em minha mão e muitas vezes rezavam, mas eu não conseguia responder aos seus estímulos.
• Entre todas as vozes que me sussurravam coisas, havia uma em especial que me causava uma boa sensação.
× Era uma voz masculina e doce. Todos os dias eu ouvia aquela voz e sentia alguém segurar com força em minha mão.
• A voz era tão familiar, mas ao mesmo tempo completamente irreconhecível.
× Ouvir aquela voz me causava uma ótima sensação, e me fazia lembrar da última coisa que vi antes de apagar... Um belo par de olhos azuis!
• Certo dia, as pessoas estavam agitadas, os médicos falavam algo sobre desligar os aparelhos, pois achavam que eu não tinha mais esperanças.
× Foi então que senti algo estranho, alguém começou a xingar e a gritar muito alto, meus ouvidos estava sensíveis e aquele som agudo me incomodou. Era a voz do garoto que todos os dias me sussurrava coisas doces!
• Ele estava com raiva e gritava desesperadamente para que os médicos não desligassem os aparelhos, sentir o seu desespero foi uma sensação horrível e por alguma razão desconhecida, eu comecei a chorar.
× As lágrimas molharam o meu rosto e escorregaram por minhas bochechas, até que chegaram a meu pescoço.
• Mãos gélidas envolveram minha nuca e meu pescoço foi erguido, fazendo com que mais lágrimas caíssem por minhas bochechas
— Estão vendo, ela está chorando... Ela está viva!
A voz masculina falou e os barulhos na sala cessaram. Pude sentir o garoto aproximar seu rosto do meu.
— Acorde Clara, por favor, eu sei que você está aí, abra os seus olhos...
A mesma voz sussurrou e eu pude sentir pingos caírem em meu rosto e molharem o mesmo, provavelmente eram as lágrimas do garoto que estava à minha frente.
• Eu queria acordar, só Deus sabe o quanto eu queria, mas meu corpo não reagia aos estímulos.
—... Por favor, diga alguma coisa!
• Foi então que um impacto forte bateu contra meu corpo. Meus olhos se abriram e eu respirei alto e forte, soltando todo o ar que estava preso dentro de mim há tanto tempo. Sentei-me na maca do hospital e todos os que estavam presentes ali me encararam com os olhos arregalados.
× Fitei o garoto parado à minha frente, seus lábios estavam vermelhos, seu rosto molhado devido às lágrimas que escorriam por seus lindos olhos azuis.
Aqueles olhos azuis!
XXX
Heeey, essa é minha primeira fanfic, então me perdoem se estiver ruim :)
Bem, se gostaram da história, podem adicionar à biblioteca, comentar e clicar na maravilhosa estrelinha!
Ao longo da fanfic, vocês irão entender como a Clara foi parar no hospital e o porque dela ter perdido a memória.
P.s: Haverá muitos flashbacks no decorrer da história.
All the love <3
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Memories → Rafael Lange || Cellbit
FanfictionA última coisa que eu lembro ter visto antes de apagar foi um belo par de olhos azuis. Por muito tempo eu me senti perdida, estava presa em uma espécie de sono que parecia nunca chegar ao fim. Estava perdida em meus próprios pensamentos, morta por f...