Capítulo 35.

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Deixamos Hay e Pett em suas casas, e depois de uma triste despedida seguimos para a minha, onde buscaríamos minhas malas.

- Você tem certeza que vai levar apenas isso? - Edward falou, puxando minha mala com dificuldade, enquanto eu carregava minha mochila e me preocupava em checar se havia trancado todas as fechaduras.

- Você foi irônico? Por que tem bastante coisa aqui. - Perguntei ao fechar a porta da frente, voltando a me direcionar ao táxi na calçada.

- É, estou. - Deu um sorriso fraco. - Entre. - Falou depois de abrir a porta do carro e colocar minha mala dentro.

- Obrigada. - Entrei e fechei a porta, já que Edward iria junto com o motorista mostrando o caminho.

(...)

- É aqui. - Ele anunciou ao chegarmos em frente a uma grande construção pintada de branco, depois de um trajeto de meia hora. - Obrigado. - Falou ao taxista e pegou minhas coisas me encaminhando á portaria.

- Porque um apartamento? - Perguntei assim que entramos no elevador.

- Nunca pensei nisso. Foi o primeiro imóvel que eu comprei com o meu trabalho, eu achei tão bonito e fiquei tão deslumbrado por poder pagar por ele que eu não pensei duas vezes simplesmente comprei. - Ele dizia ao mesmo tempo que procurava as chaves no bolso. - Acho que você vai gostar. - Abriu a porta.

- Nossa... - Murmurei, boquiaberta com o tamanho do primeiro cômodo.

- Vai ficar aí na porta? - Ele riu, olhando minha expressão.

- É... não, claro que não. - Despertei, fechando a porta.

- Senta aí. - Mostrou um sofá de couro, aparentemente mais confortável que minha cama. - Eu tenho que pegar uma coisa, mas já volto. Fique a vontade. - Disse e desapareceu casa dentro.

Me permiti apreciar cada detalhe daquela sala. As paredes eram pintadas de branco assim como a parte exterior do prédio, em frente ao sofá em que estava sentada havia uma televisão com mais polegadas do que eu poderia contar, e sobre a tinta branca das paredes alguns quadros com fotografias de Edward com a família.

Logo, vi ele surgindo de um dos corredores com dois copos com uma coloração escura, o que presumi ser vinho.

- Vem conhecer a casa. - Convidou-me me entregando um dos copos.

- Claro. - Sorri e segurei sua mão para que ele me guiasse.

- Essa sala em que estamos é a parte mais sem graça da casa, fiquei sem idéia do que fazer com ela então ela acabou ficando assim. - Abriu os abraços mostrando todo o cômodo. - Vamos ver as partes legais da casa agora.

- Tudo bem, Senhor Guia turístico. - Debochei.

- A casa é grande, mas não é para tanto. - Respondeu-me em meio a sorrisos. - Como você pode ver esta é a cozinha. Eu não a uso muito por isso está com a aparência tão nova.

- Estou vendo. - Eu disse ao olhar para todos os utensílios que ali estavam, sem nem imaginar a utilidade da maioria das coisas. - Deve pedir pizza todos os dias.

- Lógico que não! - Colocou a mão no peito, se fazendo de ofendido. - Peço comida japonesa também. - Falou, sem conter os risos.

- É de se imaginar. - Acompanhei suas risadas.

- Já ficamos muito tempo aqui. - Deu um longo gole em sua taça, acabando com o líquido que ela continha a deixando sobre a pia. Fiz o mesmo e o segui. - O resto é meio sem graça, banheiros, salas vazias...
É melhor eu te mostrar onde você vai dormir.

- Tudo bem. - Sorri e continuei a segui-lo pelo extenso corredor, observando as inúmeras portas fechadas.

- Aqui, faça as honras. - Abraçou-me pelas costas e beijou meu pescoço.

- Ok. - Concordei e girei a maçaneta, dando de cara com um quarto com alguns violões apoiados em uma parede, uma estante com alguns prêmios sobre ela, uma pequena bagunça na cama assim como no meu quarto, o que fez com que eu me sentisse familiarizada com o ambiente. - Este é o seu quarto?

- Sim, e está é a melhor cama. - Falou, deixando outro beijo em meu pescoço. - Eu disse que deixaria você ficar nela, mas não que ficaria sozinha. - Sorriu. - Não me leve a mal, mas como já disse, não suportaria qualquer distância entre nós. - Sussurrou.









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