A discusão ao telemovel

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-Olá John?!- disse-lhe

-Que queres?? -disse-me com uma voz de mauzinho

-Desculpa estar a ligar-te a esta hora, sei que não é meia-noite nem 2 da manhã, mas preciso mesmo de ti!? Pode ser?- respondi-lhe arrependida por lhe ligar

-Já me acordas-te óh burra agora fala!- respondeu sempre resmungão

-Não me chames isso...- disse tristonha.

-Ohh coitadinha da menininha!- disse-me feito estupido.

-Desculpa amor! É assim a minha avó está no hospital e eu também!- disse chateada e triste.

-O que é que a velha teve agora também?- respondeu feito estupido novamente.

-Alguma vez te dei a autoridade de falares assim da minha avó! Ah? Deves te andar a passar dessa cabeça, não achas seu... seu...pateta! – disse com coragem

-Agora és de ferro! Muito bem sabes responder e tudo! Mas isso não é o suficiente para me calares, e vê lá a quem chamas de pateta porque eu não sou como tu! – disse-me ele

-És um estupido e mau. Já não sei se gosto de ti ou se te odeio! Sabes!- responderam-lhe os meu sentimentos para com ele

-Tu não tem importância para o mundo, e não quero saber se m odeias ou não, vais ficar sempre comigo, ou és minha ou não és de ninguém- ameaço-me ele.

-Maldito!- disse-lhe desligando a chamada na cara.

Apetecia-me acabar com ele neste momento, mas eu ainda gosto dele, ou pelo menos tento gostar, para além disso ele é vingativo.- pensei com a lágrima no olho.

-Encele, sei que não estás bem!- disse o meu avó, preocupado

Abraçando-o e a chorar disse-lhe- Sou uma pobre coitada, sou insignificante para o mundo, sou tudo menos uma pessoa, sou uma pedra sem significado, xotada por todos os que passam por ela!

-Aquele moço, não conheço nenhum familiar dele, ponha as minhas mão no fogo porque sabia que ele não vinha de bons lados! Raças!- disse-me chateado.

-Ele tem razão! Sou o que sou!- respondi soluçando por o choro

-Eu dou cabo desse moço! Gente sem escrúpulo! Como este mundo anda! –disse-me - Minha filha não quero que penses, e muito menos digas isso! Tu és a minha menina e nada nem ninguém te rebaixa dessa maneira! Pensa lá se ele não te está a confundir com um espelho! Ele sim é como te disse!

-Obrigada, pelo apoio se não fossem vocês!-disse com a cabeça pousada no seu ombro

-Separa-te dele, querida! Ele não te merece! É um canalha!

-Não posso! Ele é mau! Muito mau!- respondi-lhe

-Coitadoo! Mas á minha beira é um ratinho!- disse-me entre rizos

E eu devolvi-lhe umas rizadas!

O meu avó sai-se com cada piadinha seca, mas é ai que ele me consegue tirar um sorriso da minha cara!

-Queres que te conte uma história real? Queres?-disse-me tentando-me animar

-Claro as suas histórias são sempre bem vindas!-respondi-lhe também mais animada

-Então foi assim eu na minha altura tinha Matemática como deves saber, e eu era muito rebelde, bem brincalhão, eu como as outras crianças tinha o meu amigo próximo que se chamava de amigo especial ou melhor amigo, pronto, então eu e ele andávamos sempre os dois tipo o "Rock e o amigo" e nós chegava-mos muitas vezes atrasados ás aulas, então eu na brincadeira para a minha professora, "Oh professora desculpe o atraso mas um mosquito espetou-se contra uma abelha e tive de chamar uma ambulância porque havia feridos!!" e a professora achou tanta piada que me chamava de "ponto de socorros"!-disse com gargalhadas.

-O meu avô é o melhor!-disse também com gargalhadas.

Passado algumas horas eu olhei para o meu avô e ele dormia consoladamente, parecia um bebé, eu cheia de sono e só se ouvia a televisão que o seu som estava bem baixo. Lembrei-me de que a minha amiga a Charlie trabalhava como pediatra naquele hospital, então dirigi-me ao balcão para ver se conseguia falar com ela para tentar ter acesso á minha avó, ou saber noticias dela, era tudo o que eu queria!

- Olhe desculpe, podia me fazer um grande favor!? Se fizer favor claro!-preguntei a tentar ter um ar doce.

A senhora parou o que estava a fazer e olhou para mim, com os óculos na ponta do nariz, passou a mão no cabelo e disse-me:

-A senhora desculpe mas vai ter de falar um pouquinho mais baixo, porque está ali um senhor nos bancos de espera a dormir...Mas depende do favor também como sabe- disse-me a sorrir.

Devolvi-lhe um sorriso forçado porque naquele momento só me apetecia deitar em pleno chão e dormir...Mas enfim...

-Aquele senhor é o meu avó! Eu tenho aqui uma amiga minha que se fosse possível eu gostaria de falar com ela!-disse com ar educado.

-Mas ela está consigo a acompanhar a paciente?- perguntou-me

-Não...-disse olhando para os nomes dos médicos que estavam numa folha em cima do balcão.

-Então como deve saber eu não posso interromper uma consulta, ainda por cima as consultas da noite são sempre de urgência! Peço imensa desculpa!-disse lamentando-se.

-Mas também é uma urgência!- respondi batendo com o pé no chão.

A senhora nem me respondeu, tinha um ar de má, por isso certamente não ia ajudar!

-Não há nada que você possa fazer? Por favor!- insisti

-Está bem, já que insiste tanto vou tentar ajuda-la!- respondeu olhando para mim fixamente

-Muitíssimo obrigada!- disse sorrindo

-Como é que a sua amiga se chama?- perguntou-me

-Charlie Stafes, não, Charliee- disse pensando

-Charlie e o seu apelido por favor!- pediu-me eQkI

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⏰ Última atualização: Mar 01, 2016 ⏰

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