(PART 2)
-Boa noite Diário, estava ansiosa pra subir pro meu quarto, Preciso desabafar, ontem a Carol me bateu novamente, confesso eu me cortei, não resisti, as vezes é tão difícil controlar, mais eu preciso ser forte, Evan me perguntou a manhã inteira hoje no caminho pra escola, porque eu estava de blusa de frio, disse que eu estava com frio, talvez esteja ficando resfriada, ele não acreditou muito mais não me forçou a falar nada..
Evan me disse que tem uma surpresa pra mim amanhã, estou ansiosa, acredito que tenha dedo de Sará nisso, hoje ela não ficou muito comigo estava o tempo todo de segredos com Evan, me pergunto o que eles estão tramando..
Por volta das 4 horas, terminei de passar a roupa que a Carol mandou, a Aninha me procurou me mostrou um desenho que ela fez, no desenho estava eu e ela num balanço, o desenho estava meio estranho, mais eu fiquei tão feliz, ela é tão meiga e se importa comigo, eu comecei a chorar, e abracei ela, a Carol apareceu bem na hora..
-Carol :: SOLTA A MINHA FILHA oque você pensa que está fazendo? Ana, vá brinca lá fora!
Eu não disse nada, ela veio na minha direção, e deu um soco na minha barriga, eu perdi o fôlego, de repente tudo ficou escuro, eu pude sentir outro golpe e outro e outro, ela dizia -Não chore, cale a boca sua inútil, quem você pensa que é pra chorar perto da minha filha? você quer que ela seja uma fraca como você?, E me golpeou novamente caí com as costas na beirada da cama, senti minhas costa estralarem, fiquei com os olhos fechados, pedindo desculpa, eu disse pra ela que não era por mal, ela não me ouvia.. Ana chamou por ela e ela respondeu que já ia, eu agradeci a Deus por aquilo, eu não suportaria mais nenhum chute nas minhas costelas, fiquei ali deitada no chão por alguns estantes, Carol disse pra mim ir para o meu quarto e não me esquecer de ficar de boca calada, eu não disse nada, levantei de vagar, peguei o desenho que estava no chão e deitei na minha cama, só conseguia chorar, alguns minutos depois, meu celular toca é a Sará, pensei em não atender, mais conheço ela, se ela não conseguisse falar comigo ela viria aqui, e tudo que eu não queria é problemas com a Carol.. atendi.. Sará estava toda empolgada ::: Emma? Amiga, Adivinha quem me procurou? adivinha, adivinha.. (Por um instante Emma tenta se recompor para disfarçar, a voz no telefone e foi o suficiente para que Sará percebesse que havia algo errado)
Emma? Oque aconteceu? responde Emma! ..
Eu disse pra ela se acalmar que estava tudo bem, só estava com um pouco de sono, ela disse que amanhã me contava tudo na escola, que era melhor eu descansar.. Desligamos o telefone..
(Algumas horas depois, Emma foi tomar banho, se olhos no espelho, estava toda roxa, ela já não sabia mais como esconder aquelas marcas de Evan e Sara, sentou-se no chão e deixou a aguá do chuveiro escorrer pelos hematomas do seu corpo, ficou horas pensando, chorando)
-Diário, Eu não sei oque aconteceu comigo bateu uma onda de Ódio e Revolta em mim, eu não aguentava me olhar e me ver assim toda marcada aquela, louca, porque me machucar tanto? porque me fazer ser tão infeliz?, Saí do banho e fui até a sala meu pai já tinha ido se deitar, Olhei com tanta raiva pra ela e sem pensar eu disse:: Carol, já chega eu não vou mais permitir que você me bata, que você me humilhe! Ela riu de mim, cuspiu na minha cara, e disse que eu era pra mim deixar de ser petulante e ir pro meu quarto antes que as coisas piorassem pra mim, Eu ainda sim continuei,
-Emma:: Porque? me diz porque você me odeia, eu faço tudo que você quer!
-Carol:: FALA BAIXO, você quer acordar seu pai? Sua desgraçada você não vai acabar com meu casamento, antes eu acabo com você!
(Carol, pega Emma pelo pescoço, olhando dentro dos olhos dela, com tanto ódio, Emma estremeceu, uma lágrima escorreu pelo seus olhos, suas mãos ficaram geladas, ela procurava uma forma para respirar e não encontrava..)
-Carol:: Até a sua mãe te deixou, você acha que o seu pai vai acreditar em você? Sua vagabunda vá pro seu quarto, Espero que você tenha aprendido a lição, NUNCA MAIS, DIRIJA-SE A MIM COM ESSA EMPÁFIA!
-Querido diário, eu nunca senti tanto medo, pensei que nunca mais iria respirar, senti meu coração bater forte e lento, meus olhos ficaram vidrados, meus pulmões nunca imploraram tanto por ar, Eu precisava Respirar..
Mais alguns minutos, eu não estaria aqui lhe contando, estou desesperada, não sei mais até quando vou sobreviver a isso.. Mais ela tinha razão! até minha mãe me deixou, porque meu pai não faria o mesmo, eu não posso contar nada pra ele, amanhã vou tentar contar pra Sará, ela vai saber como me ajudar, ela sempre tem saída pra tudo eu não aguento mais, ser assim tão triste, e cheia de marcas sofrer calada, Eu estou me afundando nesse abismo que só eu posso ver e sentir, SOCORRO! diz a voz dentro de mim, eu preciso me salvar ou dar um fim logo em mim... até amanhã Diár.........
(Emma adormece antes mesmo de terminar de escrever)(ter/16/05/16)
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