Capítulo 17 - parte II

3K 196 10
                                    

*Flashback on*

Filho único de um caso fora do casamento, Alejandro não fora criado em uma casa de amor, melhor dizendo um palácio de amor. Sua mãe o entregara para o pai, o duque de Cantábria criar, mesmo a contragosto da mulher dele. O pai do menino o criou para um dia poder sucede-lo como duque, já que a esposa por ser muito jovem e ter se casado por interesse e pra tirar o nome da própria família da lama. Se recusava em deitar com o marido, assim o impedindo de ter um herdeiro.

O homem não se importava desde que ela comparecesse nas aparições sociais ao seu lado. Um filho seu, mesmo fora do casamento, veio em boa hora. Pois ele já estava velho e não queria deixar toda uma herança a mulher interesseira que venderia e destruiria tudo que ele conquistou com o suor de seu rosto e méritos. 

O garoto conforme crescia, e até ter idade pra entrar na escola militar foi disciplinado pelo seu pai, mas os métodos que ele usava eram rígidos, degradantes e muitas vezes desumanos. Ele não via um filho, mas uma transgressão de seu próprio sobrenome pelo tempo. Alejandro odiava aquele lugar, as coisas que era obrigado a fazer e mais ainda o homem que lhe dizia ser um pai. Um homem que deveria incentivar, cuidar e amar o seu filho, mas tudo que Alejandro recebia eram críticas e tarefas.

[...]

Quando ele se formou na escola militar seu pai já havia morrido à alguns meses, se quer fez questão de comparecer ao enterro, mas fez questão de ir sim quando voltou pro palácio. Apenas pra cuspir na cova do pai , abrir a braguilha e mijar em sua lápide. Quanto a sua madrasta, ele teria que aguentar "aquela vaca", como ele a chamava pelas costas, enquanto ainda não estivesse na maioridade.

[...]

Assim que o testamento foi liberado e foi decretado que Alejandro Cabello herdaria todos os bens de seu pai, desde dinheiro à propriedade, incluindo o palácio. Ele mandou três empregados retirarem todos os pertences da viúva de seu pai, assim como a mesma da propriedade. Ela foi fazendo um escândalo, mas finalmente Alejandro conseguiu oque ele queria. O poder que seu pai tinha.

Com já algum tempo administrando os mesmos encargos que seu falecido pai, logo vieram as comparações e os comentários que não agradavam em nada o jovem duque. Ele não seria comparado, a como ele mesmo disse " um monte de adubo", por isso ele chamou o conselheiro de seu pai, que ocorria de ser também o advogado dele, para algumas dicas de gestão e de como conseguir ser o melhor duque que Cantábria já vira.

<><><><><><><>

Em pouco tempo ele foi fazendo parcerias, alianças entre estados e políticos, mas ainda não era suficiente pra ele. Alejandro era um homem ardiloso, de lábia e eloquência, pra ele era considerado fácil convencer as pessoas do que quer que ele quisesse e elas até se esqueciam da pouca idade que ele tinha.

Como sua jogada mais alta ele queria se aliar a família real e consequentemente com a marinha do país. Ficou sabendo que a próxima aparição do casal real seria numa convenção sobre o meio ambiente. Seus olhos brilharam em expectativa. Não que ele se importasse com o meio ambiente, mas ele não perderia essa oportunidade por nada. E foi ali que ele conheceu Sinueh Estrabão.

Quando estava sendo levado pelo assistente pessoal da família para as apresentações ele pôde distinguir além do rei e da rainha, uma jovem mulher de costas, que na hora não lhe chamou muita atenção, mas assim que Sinu se virou para ele, algo dentro do vazio de Alejandro se mostrou. Trazendo um pinguinho de esperança para o coração gelado e degenerado do jovem Duque.

Com um sorriso sincero em sua direção, ela conseguiu fazer com que ele se esquecesse das duas figuras importantes logo ali em sua frente.

[...]

Grace - A filha do sol e da Lua.Onde histórias criam vida. Descubra agora