Cap 7

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-Não, não precisa, você ta cansado.. não quero te dar trabalho e além disso não é tão longe daqui

Alexandre:- eu faço questão de ir, não vou deixar você sair sozinha enquanto eu posso te levar, você não vai querer que eu vá dentro do taxi junto com você e depois volte pra pegar meu carro não é mesmo?

Eu ri e Nero também, quebrando um pouco o clima que rodeava entre nós desde quando cheguei

-não mesmo (risos) você me convenceu

Alexandre:-vamos então?

-uhum

Fui com Alexandre até o carro do mesmo e adentrei no banco da frente ao lado dele

Todo o caminho permanecemos em silêncio, eu não tinha muito o que falar, na verdade eu não sabia como falar, víamos pelos vidros do carro as gotas de água caindo, nossa começou a chover, foi aí que Nero quebrou o silêncio devastador

Alexandre:-quer que eu desligue o ar ? Ta fazendo frio pra você ?

-uhum, desliga um pouco

Alexandre desligou e olhou pra mim sorrindo

Alexandre:- Sabe, eu lembrei de quando íamos pra praia a noite, observar o mar as estrelas, saudades disso

-isso tem tempo ne...eu não me lembrava mais

Alexandre:-você sempre ta na defensiva

-desculpa (respirei fundo) eu não queria parecer grossa

Alexandre ficou calado e já avistava-se meu condomínio

-É aquele dali

Alexandre foi até lá e a chuva estava muito forte, de uma hora pra outra as ruas estavam tomadas de água

Alexandre:-está entregue

-obrigada, você vai nessa chuva?

Alexandre:-É..daqui pra casa é um pouco longe mas eu chego lá

-você não quer esperar a chuva passar um pouco? Pode tomar um chocolate quente ou um café e depois ir, não vou mentir que ficaria muito preocupada se você fosse no meio desse temporal

Alexandre:-você não vai se incomodar?

-não não, vem, vamos

Nós saímos do carro e era inevitável não tomar um banho de chuva, ficamos completamente molhados e caminhamos até a portaria

Porteiro:-boa noite dona Giovanna, suas correspondências

-boa noite, ah, obrigada

Caminhei até o elevador com Alexandre e cliquei no 3 andar, não demorou muito e estávamos de frente à porta do meu apartamento, peguei a chave dentro da bolsa e abri a mesma

-entra, fica a vontade

Alexandre:-obrigado

Coloquei as correspondências sobre a mesinha ao lado do telefone e fitei Alexandre

-bom, eu vou trocar essa roupa molhada, você quer alguma coisa?

Alexandre:-quero uma toalha

-ta eu trago já já

Fui no meu quarto e coloquei um vestidinho básico e um sobretudo de renda por cima, peguei a toalha que Alexandre havia me pedido e voltei para sala

-aqui está (disse estendendo a toalha para Alexandre)

O mesmo me olhou por completo e respirou fundo apertando as mãos sobre sua perna

-Ta tudo bem?

Alexandre:-uhum (falou ainda com os olhos sobre meu corpo) obrigado pela toalha

-nada (sorri) vou trazer um chocolate quente pra gente, você gosta?

Alexandre:-gosto sim

Me retirei da sala deixando Alexandre mais uma vez sozinho e fui até a cozinha, não demorou muito e eu preparei rapidamente as duas xícaras, coloquei em uma bandeja e levei até a sala

-pronto, demorei muito?

Alexandre:-quase nada (riu)

Sentei ao lado de Alexandre pegando minha xícara e tomando um pouco

-hum ta bom (sorri)

Alexandre:-Ta mesmo, nossa eu vou andar com uma roupa reserva

-você deve está bastante incomodado ne, tira a blusa se você quiser

Alexandre:-posso mesmo?

-aham, quer ajuda?

Alexandre:-sim, vem cá

Levantei a blusa de Alexandre que permanecia olhando nos meus olhos, fui me deparando com seu peitoral largo e definido o que me deixava totalmente desconcertada diante dele

Alexandre:-obrigado

-nada (sorri)

Alexandre:-você fica tão linda
quando sorri

-obrigada, você me dizia isso quase todos os dias quando a gente namorava

Alexandre:-eu me lembro, na verdade eu lembro de tudo que aconteceu

-pensei que já havia esquecido, na verdade eu pensei que nem lembrava mais de mim

Alexandre:-eu nunca esqueci você (sussurrou) Eu tentei te ligar várias vezes, tentei ir atrás de você só que,bom, eu não tive como

-eu também, mas não deu certo ne..(disse baixo)

Alexandre encarou-me e levou suas mãos até meu rosto e acariciava o mesmo, fechei os olhos e sentia sua mão ainda sobre minha pele fazendo carinho, fui abrindo lentamente os olhos e o mesmo se aproximava de mim, sua boca pedia pela minha e a minha gritava para a dele, ele foi descendo as mãos até meu pescoço e adentrou suas mãos pelo meu cabelo pegando-me e me fazendo inclinar para trás deixando meu pescoço livre , o mesmo beijou toda a extensão do meu pescoço e minhas mãos passeavam pelas costas de Alexandre dando leves arranhões

Infirmary In FlamesOnde histórias criam vida. Descubra agora