As eliminações terminaram depois de mais uma semana. Eu passei dez lugares acima da linha e o Leo em baixo de mim.
Encontramos a Maya no almoço, nós fomos trabalhar no carregando e descarregando de caminhões da Amizade, fiquei cansada mas não para o que aconteceu depois.
Nós tínhamos terminado e ainda faltava algumas horas para o trem chegar, então, eu decidi fazer uma coisa que sempre quis fazer... escalar um prédio. A Maya disse que não é difícil, ela faz isso desde os 8 anos e nos levou até um prédio que disse ter uma vista linda, o prédio tinha mais ou menos 25 andares, eu e Leo começamos a escalar, a Maya esqueceu a jaqueta e voltou no local dos caminhões da Amizade, disse que nos alcançava depois. O difícil de escalar esses prédios são que, em Chicago, todos os prédios não reformados e usados como sedes da Erudição ou Franqueza são destroçados, estão assim desde a guerra.
- Vai mais devagar, Blaise! Estamos no vigésimo segundo andar, cair daqui seria morte na certa.
- Eu consiguo.Eu pisei em falso e por pouco não caí. Só estava sendo segurada por uma das minhas mãos em um parapeito.
- Quer ajuda? - Ele perguntou olhando pra baixo.
- Não precisa! - Eu coloquei a segunda mão no parapeito e continuei subindo.Chegamos ao topo do prédio e a visão do pôr do Sol era linda. Mas só aproveitamos por meio segundo, até que percebermos que tinha mais alguém na outra ponta do prédio.
Não dava pra ver direito, aquele lado estava menos iluminado mas eu tinha certeza em ter visto uma jaqueta de couro branca. Branca. Franqueza. Uma pessoa da Franqueza escalando prédios? Acho que ela poderia até mesmo ser punida por isso. Seria como alguém da Audácia pegar o microscópio e estudar alguma doença ou tecnologia, essa pessoa seria punida por realizar funções da Erudição.
- Ei! Quem está aí?! - eu gritei
Eu vi a pessoa se virar mas ainda não conseguia ver seu rosto.
- Mostre seu rosto! - Leo falou - Vejo que é da Franqueza, pessoas da Franqueza não deviam assumir funções da Audácia. Vamos te levar pra sede da Franqueza e lá decidirão se terá algum tipo de punição, agora, venha sem resistência e não te machucaremos!
- Me machucar? - a pessoa falou - Duvido muito.Era uma voz feminina. Ela tinha mais ou menos a minha altura. Ia andar em direção e ela e foi quando ela atirou uma faca que me prendeu com as pontas das roupas na parede atrás de mim.
Ela saiu das sombras, era realmente uma garota, mais ou menos minha idade e tirava dois fações longos e afiados dos bolsos de dentro da jaqueta. Segurou pelos cabos e virou as pontas para trás. Como uma arma de luta.
Ela é começou a lutar com Leo, mesmo com o treinamento ele apanhou muito e ganhou um ferimento profundo no braço por causa de uma das facas e caiu no chão de dor.
Como ela conseguia? Parecia ter treinamento na Audácia. O jeito que ela lutava era da Audácia e a habilidade com facas ela poderia ter aprendido lá.
Leo estava caído no chão. Ela virou o facão da mão direita pra frente e começou a se aproximar dele. Ela ia matá-lo.
Eu consegui me soltar da parede, dei um soco nela e o rosto ficou coberto pelo cabelo enquanto ela estava parada, ouvi um tipo de grunhido e então ela veio pra cima de mim. Tentei dar outro soco mas ela segurou e torceu meu pulso, ela estava torcendo o meu braço e com o pé eu a derrubei mas ela continuou me segurando então me derrubei também. Levantamos e nos afastamos um pouco.
- Você é boa garota, mas não o suficiente. Pelo menos melhor que o seu amiguinho.
Eu machuquei o braço e quando me afastei, nem percebi que me aproximei de uma parede atrás de mim.
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Divergentes
FanfictionNo mesmo mundo e cidade de Tris e Quatro, essa é a história paralela de um grupo de divergentes que luta lutar para fugir de seus perseguidores enquanto a história de Tris vai ocorrendo.