Não sei se estão entendendo a narrativa, mas vou tentar explicar: nada aqui se passa no mesmo tempo. Ao longo desse capítulo acho que vão entender melhor... Vamo pode estar contando a história agora e logo passar para um mês, um ano depois. Ela não esta narrando acontecimentos presentes, e sim, passados, de um relacionamento que outrora tinha tudo para dar errado. Espero que estejam gostando!
Eu sempre fui aquela menina que acreditava em contos de fadas, príncipes encantados e finais felizes. Aquela que queria ter uma aventura romântica como a Rapunzel, ou ser forte perante todo como Pocahontas. Eu queria ser Gina Weasley, de Harry Potter. Queria amar incondicionalmente a ponto de me faltar palavras, mas também queria ser forte para parar de lutar por um amor que não daria certo no início, mas no fim, sim. Mas eu não era uma Gina Weasley perto de Clin.
Clin era a ponta do meu precipício para a perdição e a trajetória dele até o chão para a insanidade.
Não, eu não era louca ou fora da casinha, longe disso. Tinha tudo nos conformes, exceto quando se tratava dele. Sim, ele, sempre ele. E você vai ver ao longo disso tudo, que vai ser eternamente ele.
Ele tinha aquele jeito que afastava todo mundo, e todo mundo mesmo. Sempre brincando, rindo da cara, xingando e ofedendo. Sendo insuportável. Ele era a encrenca em pessoa, aquele que você sabia que não deveria se aproximar.
Mas eu era curiosa. Ah, a curiosidade era, sem dúvidas, o meu maior mal. Eu queria e iria fazer de tudo para que fosse eu a conquistadora do prêmio A-única-capaz-de-aturar-Clin, e acredite, hoje eu acho que sou merecedora dele.
Mas, falando assim, ele parece ser um babaca incapaz de amar ou ter afeto, mas não. Não que ele não seja um completo babaca; ele realmente é. Mas, no fundo de toda aquela pedra, ele era capaz de amar. E isso me deixava louca.
Ele fazia eu me aproximar, me apegar e ansiar receber uma mensagem sua todos os dias, na mesma hora. Mas no dia seguinte, ele mudava. Eu não o reconhecia. Era grosso, dono de uma estupidez grotesca e, definitivamente, parecia ter nascido para morrer sozinho.
E ai, eu me afastava. Sim, eu temia perde-lo, mas ele nem era meu! Eu me afastava para fazer falta, para ele me procurar e perguntar como eu estava, para saber se ele estava bem. Cada toque em meu celular eu esperava ser uma mensagem dele. Mas nunca era. Eu não o chamava, ele também não, e ficamos assim. Afastados, sem nos falar, sem nos ver. E por confuso que vá parecer, foram dois longos meses assim...
Mas ai, em uma madrugada qualquer, meu celular vibra, e eu já não esperava mais ser ele. E não era. Era uma amiga que dizia ter uma amiga que estava arrasada. Arrasada porque o seu casinho havia acabado.
"Cami, você conhece Clin, acha que pode falar com ele convence-lo a dar uma segunda chance?"
E foi ai que meu mundo desabou, a insanidade voltou. Todas as noites esperando, todos os dias sonhando, tudo fora em vão. Ele estava em outra e eu insistia em estar na dele. Ele havia me esquecido e eu ainda lembrava cada detalhe dele. Eu era patética.
Nós não estávamos juntos, namorando ou coisa e tal, mas tínhamos algo. Ou eu achava ter.
Eu estava perdidamente apaixonada por ele, e ele me tinha como mais uma... Ah! Como o bom e velho clichê faz parte da minha vida.
Mas ai, eu tomei uma dose de bom senso e decidi esquecer. Virar a página, fingir não amar, não sofrer. E sabe, eu realmente esqueci. Eu já não estava mais nem ai, e até conheci alguns garotos bacanas no qual gostei. Marcos, John, Carlos, Richard...
Mas ai, em uma briga casual no meio da noite com um desses casinhos, uma mensagem chegou. E sim, agora era ele.
"Achei que você era exclusivamente minha."
Todo meu corpo estremeceu e eu já não tinha saliva para engolir. Não queria sorrir, mas o fiz. Idiota, mais uma vez. Pô, Camill! O cara some por três meses e você descobre no meio destes que ele.estava com a amiga de uma amiga, e do nada ele se acha no direito de voltar pra sua vida e... Você deixa?
Sim, eu deixei. E ele voltou. E eu me ceguei.
Eis que surge o segundo motivo: Eu estava, sem sombra de dúvidas, cega de amor.
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Cinco motivos para deixá-lo ir.
Romantik"Se as duas pessoas se amam uma à outra, não pode haver final feliz." - Ernest Hemingway
