A Primeira Tarefa

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  *Lumus*
"Eu juro solenemente que não vou fazer nada de bom..."
Olá, pessoal!
Não vou enrolar muito me explicando, apenas saibam que eu demorei porque estava muito insegura com esse capítulo e não estava tendo muito tempo para desenvolve-lo. Mas aí está... espero que gostem mesmo assim ;)
Enjoy ^-^

~Lari~

N/Ray: viadagem.   

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"A felicidade pode ser encontrada mesmo nas horas mais difíceis, se você lembrar de acender a luz." – Alvo Dumbledore.

CAMILA POV

A mais de setecentos anos o Torneio Tribruxo vinha acontecendo, mesmo com uma taxa enorme de mortalidade. A mais de setecentos anos, bruxos experientes e bem preparados vinham morrendo em suas tarefas ao terem de lidar diretamente com o perigo real. Mas a questão é: Eu estou preparada para isso?

O dia em questão finalmente havia chegado. O dia da primeira tarefa. E juntamente com ele, o medo estava batendo na minha porta em uma força ensurdecedora. Foi quando eu me toquei que aquilo realmente estava acontecendo... era real. Eu estava prestes a cair de cara em um buraco escuro sem uma certeza de retorno, e tudo o que eu tinha para me defender era o conhecimento de alguns feitiços e criaturas mágicas que podiam ou não estarem à minha espera. A minha mente estava em branco. Em poucos minutos eu estaria completamente sozinha e exposta à um perigo que eu nem sequer sabia como prever. Esse era o propósito da tarefa afinal, como os alunos lidariam com o desconhecido e serem botados a prova, mas não significa que eu esteja confortável e conformada com isso. Dentre os outros campeões, era eu quem estava em desvantagem ali. Era eu que teria que me superar nos desafios para sobreviver e para calar a boca de todos que me diziam que eu não era capaz. A pressão estava me esmagando pelas costas, sem um resquício de piedade.

- Você vai ficar bem.

Foram exatas quatro palavras seguidas de um carinho suave em minha mão naquela manhã, que me transmitiram a segurança que eu precisava. Com aquelas simples palavras desferidas no momento em que eu estava prestes a surtar, Lauren Jauregui me fez enxergar que sim... eu podia fazer aquilo. Anos de estudo e uma determinação genuína seriam a minha arma. Eu só precisava me acalmar e focalizar no que tinha que ser feito. Mas no momento eu me encontrava perdida naquele oceano verde hipnotizante dos olhos da sonserina. Tão intenso e profundo, cheio de mistérios e belezas ocultas. Me transmitia calma e arrepios constantes, um verdadeiro poço de bipolaridade para ser sincera.

- Obrigada.

Voltei a minha atenção para os ovos com bacon no prato a minha frente, pareciam realmente deliciosos, mas eu me sentia meio enjoada. O nervosismo estava fazendo isso comigo, fechando a minha garganta como se um enorme nó estivesse ali me impedindo de engolir algo.

- Você precisa comer, Mila – A voz preocupada de Ally me chamou a atenção. – Vai precisar de toda a energia possível hoje.

- Mas não estou com fome – Empurrei o prato, respirando fundo. – Como alguma coisa no almoço.

Eu pensei que até a hora do almoço eu já teria superado essa coisa de nervosismo, mas ele só aumentava cada vez mais conforme o tempo passava e o momento se aproximava. As aulas da manhã passaram feito um borrão, exceto uma em especial... História da Magia. Meus ouvidos pareceram se abrir para a voz seca do Prof. Binns e minha consciência que estava bem longe da sala de aula voltou à tona. Essa costumava ser a aula mais chata de todas na opinião dos outros alunos, mas eu gostava. O Prof. Binns era o único fantasma que dava aulas em Hogwarts e dizem por aí que ele era tão velho, que acabou morrendo dormindo na sala dos professores. Quando acordou já era um fantasma e mesmo assim foi dar aula normalmente, sem perceber que estava morto. Nessa aula em especial ele falava mais uma vez sobre a segunda guerra bruxa e algo em meu subconsciente me dizia que a escolha do assunto foi proposital, pois me fez repassar mentalmente tudo o que eu sabia a respeito dos grandes heróis que salvaram o mundo bruxo naquela época. Harry Potter com apenas 14 anos fora inscrito no Torneio por um comensal da morte para que no final O Lord das Trevas renascesse. Foi impossível não comparar as situações, se eu não tivesse 16 anos e as trevas já estivessem quase extintas, poderia dizer que as coincidências são enormes. Fiquei me perguntando se eu teria de enfrentar um dragão também e repassando tudo o que o bruxo fez na época para se livrar do dele. Um feitiço convocatório e uma vassoura, foi apenas isto que ele precisou para sobreviver a tarefa. Mas eu não sou Harry Potter.

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⏰ Última atualização: Mar 09, 2016 ⏰

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