Um Crime Perfeito

Capitulo 08

>Beatriz narrando.
Acordei meio atordoada por não saber onde eu me encontrava. Até que comecei a lembrar do que aconteceu na noite anterior e das coisas que eu quase fiz com Rafael. Deus, onde eu estava com a cabeça? Eu quase me entreguei de bandeja pra ele!

Me sento na cama devagar e olho ao redor. O quarto é grande e possui tons de azul e cinza. A cama é de casal, no canto se encontra uma poltrona e uma mesinha. No canto direito tem uma porta que deduzo ser o banheiro e perto dele o Guarda roupa. Me levanto, mas me dou conta de que ainda estou usando as algemas. Preciso me livrar delas!

Vou até as cortinas que estão fechadas mas com uma brecha aberta.

Abro ela com um pouco de dificuldade me deparo com um vidro resistente e a prova de bala pela estrutura.

Tento ver alguma casa perto do lugar onde Rafael me trouxe mais é em vão, já que tudo está rodeado por Mato. Mesmo assim, preciso fugir e avisar aos polícias que fui sequestrada por esse louco. Esse louco gostoso que sabe usar muito bem a língua! Esse louco que me fez gozar duas vezes! Deus, aquela língua dele não é normal! Começo a pensar em como seria ele dentro de mim, mas me repreendo por tal pensamento, afinal de contas, ele é um bandido e deveria estar atrás das grades!

Me viro e vou ao banheiro. Preciso tomar um banho e arrumar um jeito para escapar daqui sem que ele perceba.

Já que estou sem roupa, entro com tudo debaixo do chuveiro. Me lavo, apesar de as algemas não ajudarem muito e penso numa forma, até que consigo uma solução.

Saio enrolada numa toalha, vou até o Guarda roupa e encontro algumas roupas minhas dentro de uma mala. Mais o idiota só colocou vestidos curtos para dormi, várias lingeries e blusões. Se ele tiver alguma mulher um dia, coisa que eu duvido muito, sentirei pena da coitada quando ele for comprar algo para ela!

Visto uma calcinha e um sutiã Preto, depois coloco um vestido que vai até o meio das coxas Branco, assim será mais fácil correr no meio da Mata.

Meu plano é basicamente, sair daqui pela porta dos fundos e correr até onde eu conseguir pra procurar ajudar. Já que não vi nenhum sinal de Rafael, saio do quarto. Caminho devagar sem pisar duro no chão de madeira. A casa é bem grande e confortável, seria um lugar lindo para se passar as férias e se afasta um pouco da cidade.

Vou até a porta dos fundos e não encontro ninguém em nenhum cômodo. Parece que alguém deu bobeira!

Saio e fecho a porta, respiro aliviada o ar puro que preenche meus pulmões e tira a tensão dos meus ombros. Me afasto mais da casa e começo a adentrar a mata. Olho uma última vez para o local que vai ficando ao fundo e avisto um carro chegando. Me escondo no meio do Mato e espero quem quer que seja sair de lá.

Alguns minutos se passam e Rafael sai de la com sacolas numa mão e uma arma na outra. Me afasto mais para trás afim de me esconder melhor, mas acabo quebrando um galho seco e fazendo um pequeno barulho. Prendo a respiração e vejo Rafael parar no lugar e olhar ao redor.

Me abaixo mais. Seus olhos percorrem toda a extensão e param no arbusto onde eu estou. Me encolho e peço a Deus pra ele não me ver aqui. Fecho os olhos e espero alguns segundos, abro depois e não o vejo mais. Talvez ele tenha entrado. Essa é a minha deixa!

Me levanto devagar agora com mais calma e começo a caminhar. Até que ouço algo dentro da casa quebrar e a voz de Rafael em seguida :

-Maldita! - Ele grita e eu rio. É nessa hora que ele saí furioso. Meu sangue gela e quando eu já estou vendo, começo a correr.

Corro até onde meus pulmões aguentam e as minhas pernas também. Paro até sentir que estou longe o suficiente. Abaixo e coloco as mãos no joelho. Respiro com dificuldade e espero até tudo se normalizar. Levanto e olho para atrás. Nenhum sinal de Rafael. Me abaixo de novo e respiro mais um pouco.