Um Crime Perfeito

Capitulo 04

Beatriz Vasconcellos

Vou pisando na ponta do pé até a porta da cozinha. A abro devagar sem tentar fazer barulho pelo fato dela ser de madeira.

Coloco a arma junto ao peito e conto até três. Logo depois entro de supetão e não me deparo com ninguém. Revisto todos os lugares para ter certeza. Mas isso é estranho, eu tinha ouvido um barulho vindo daqui.

Termino de revistar cada canto da cozinha e quando estou prestes a sair a luz acaba.

-Tá de brincadeira comigo? -Pergunto em voz alta. Agora não é hora de faltar luz.

Quando me viro para ir até o gerador sinto mãos me puxarem e tamparem minha boca.

-Calada! - A voz diz. Espera, conheço essa voz, a não, de novo não!

Em um movimento rápido dou uma cotovelada e um empurrão em Rafael, depois disso tento correr o mais rápido que meu pé machucado consegue. Até que acabo caindo no chão no meio da sala e um corpo forte fica sobre o meu.

-Me solta seu desgraçado! -Grito e tento arranhar ou até mesmo empurrar ele de cima de mim,mas suas mãos são mais rápidas e ele consegue pegar meus dois pulsos e prender acima da cabeça.

-Se você não ficar calada agora eu vou ser obrigado a te bater e a te levar daqui para que me escute, entendeu?! - Ele diz autoritário e próximo ao meu rosto. Seu perfume invade minhas narinas e é inebriante. Fico me perguntando se é por isso que ele é rodeado de mulheres.

-Você acha que pode vim aqui na minha casa e pedir pra eu calar a boca? Faça me o favor! -Digo e sinto o aperto em meus pulsos se intensificarem cada vez mais.

-Olha, eu vim aqui pra ver se estava tudo bem com você, mas vejo que perdi meu tempo! - Ele diz e toca meu rosto. Me desvencilho de seu toque.

-Você é um bandido, se eu estivesse morta ou não isso não iria interessar a você! -Digo e ele respira fundo. Parece pensar no que dizer ou até mesmo fazer.

-Eu não sou um bandido, porra! - Ele esbraveja e sinto uma de suas mãos apertarem minha cintura. Solto um gemido involuntário pelo contato dos seus dedos frios na minha pele.

-Tenho provas Rafael e você não me engana! Acha que não vi os rachas que você faz e as mulheres que você tem? -Pergunto e ele abre um sorriso travesso.

-Está com ciúmes meu bem? - Ele pergunta e abre mais minhas pernas com a suas.

-Ciúmes? De você? Me poupe! -Digo e sinto sua mão passar pela minha barriga e abaixo dos meus seios sem tocar no mamilo. Arfo e dou um gemido rouco.

- Você diz uma coisa e seu corpo diz outro. Que feio! - Ele diz e vira meu rosto até achar o chupão. - Meu presente ainda está aqui pelo que vejo! - Ele diz e eu tento me soltar.

-Quando eu por você atrás das grades vai implorar pra eu pegar leve com você, garotão! -Digo e ele se aproxima mais de mim.

-Ai que você se engana, sabe porque? - Ele pergunta e eu nego com a cabeça.-Porque eu vou ter você pra brincar de papai e mamãe todo dia! - Ele diz e ataca meus lábios.

No primeiro momento tento me afasta e tirar o aperto de suas mãos nos meus pulsos. Mas quando vejo, já estou implorando por mais de sua boca e arranhando suas costas.

O beijo se intensifica e nossas línguas começam a brincar frenéticas. Começo a sentir algo grande e duro entre as minhas minhas pernas. Dou um gemido alto contra seus lábios, fazendo ele grunhir e aperta minhas duas coxas com as mãos.
Quando sinto que ele vai até minha calcinha desperto. Rolo no chão e lhe dou um murro certeiro na boca.

- Seu filho da mãe! -Digo e me levanto o mais rápido que consigo e pego minha arma no chão que nem percebi que tinha deixado cair.

- Você também gostou, não venha negar! -Ele diz mas não consigo saber onde ele está, já que tudo está escuro.

-Onde você está? Apareça seu covarde! -Digo e as luzes acendem. Mas Rafael não está mais aqui.

Me permito respirar normal novamente. Agora mais do que nunca, preciso prender esse homem ou ele irá me fazer de gato e sapato.

XX

Olá,eu andei meio sumida né! Mas bom eu voltei e pretendo ficar,peço perdão por ter ficado todo esse tempo longe. Esse capitulo foi escrito pela lena_floor e já estou escrevendo o próximo,então,até logo.