O primeiro beijo e o primeiro vôo.

0 0 0
                                    

Fomos se aproximando devagar.
Quando nossos labios estavam a um centimetro de distancia, desviei o meu rosto.
- O que foi? Você não quer?
- Não é isso.
- O que então?
- O problema é que... -travei na hora de falar a verdade.
- Que... Pode me falar.
- Eu nunca beijei. - Falei e desviei o olhar.
Ele riu.
- Não tem problema.

Pegou em meu queixo e aproximou meu rosto do seu. Senti meus labios tocarem os seus berços macios. Nos olhamos e sorrimos.
- Você tem que treinar os seus poderes, ou vai continuar uma mundana.
- Tá.
- Te pego amanhã ás 7:00AM.
- Okay.
Ele passou seus braços sobre meus ombros e me aconchegou em seus peitos. Pela primeira vez eu realmente senti como se nada podesse me atingir. Ficamos assim durante 1:30h, quando ouvimos a Jasmine nos procurando.
Henrique levantou e logo depois me ajudou a levantar.
- Oi! - Gritei para sinalizar a Jasmine onde estavamos.
- Até que em fim. Precisamos ir. Todos já foram.
- Eu posso levar vocês de carro.
- Acho bom, vamos logo. - Falou Jasmine.

{•••}

Chegamos no predio, a Jasmine saiu primeiro. Henrique me beijou, e abriu a porta para mim.
- Jasmine. - Bati na porta três vezes.
Ela abriu a porta.
Fui para o quarto e ela me seguiu. Olhei pra ela com uma cara de quem não estava entendendo.
- Fala.
- O quê?
- Como foi o seu primeiro beijo ué.
- Foi legal...
- "Legal"? Detalhes meu bem.
- Eu não sei te contar os detalhes, sou pessima nisso. Mas foi muito bom.
- Você sente algo por ele?
- É estranho, mas sinto sim.
- Por que é estranho?
- Sei lá, conheço ele a um dia...
- Nunca ouviu falar em amor a primeira vista não?
Ri.
- Não acredito nisso.
- Você acreditava em seres sobrenaturais?
- Não. Okay. Pode ser. Bem talvez. Ela abriu a porta.
Fui para o quarto e ela me seguiu. Olhei pra ela com uma cara de quem não estava entendendo.
- Fala.
- O quê?
- Como foi o seu primeiro beijo ué.
- Foi legal...
- "Legal"? Detalhes meu bem.
- Eu não sei te contar os detalhes, sou pessima nisso. Mas foi muito bom.
- Você sente algo por ele?
- É estranho, mas sinto sim.
- Por que é estranho?
- Sei lá, conheço ele a um dia...
- Nunca ouviu falar em amor a primeira vista não?
Ri.
- Não acredito nisso.
- Você acreditava em seres sobrenaturais?
- Não. Okay. Pode ser. Bem talvez. - Vou tomar um banho.
- Tá certo.
Entrei no banheiro, tomei banho, me enrolei e fui para o quarto procurar uma roupa. Peguei um moletom gigante do meu pai que tinha ficado nas minhas coisas e vesti com uma calcinha e me deitei. Peguei meu celular que estava no criado ao lado. Abri o whatsapp e vi uma mensagem de um numero desconhecido. Abri a foto, era o Henrique.
"Ei, mundana do meu heart ❤"
Sorri quando li e respondi.
"Olá, senhor, todo poderoso. Desculpe-me por ser mundana. Oops! Não sou.❤"

Conversamos sobre música, livros, sobre comida, esportes etc. Era tão fácil e divertido conversar com ele, diferente das outras pessoas. Enquanto conversava com ele, meus olhos foram fechando lentamente. Acordei as 6:30AM com a segunda ligação do Henrique.
Atendi
- Olá, desce logo.
- Olá. Bom dia em primeiro lugar porque sou educada. - Ouvi ele bufar, e provavelmente revirou os olhos. - Em segundo, não to pronta, tô morrendo de sono.

- Não diga? Nem percebi essa sua voz de sono.
- Viu. Sobe aí porque irei demorar. - Desliguei assim que acabei de falar.
O celular tocou, novamente era o Henrique.
- Que é?
- Só eu posso desligar.- ele falou e desligou.
Revirei os olhos e fui para o banheiro. Escovei os dentes, lavei o rosto, tirei minha roupa e entrei no choveiro. Me enrolei e entrei no quarto somente focada no guarda-roupas. Peguei uma calça de couro preta, uma camiseta branca e uma jaqueta preta e quando virei-me para colocar as roupas na cama, assustei-me com o Henrique que estava na primeira cama, que era da Jasmine.
- Seu idiota! Você é doente, vai se tratar!
Ele apenas começou a rir.
- Ha, ha. Não teve graça nenhuma. Agora licença que vou me trocar.
- Rápido, lindinha.
- Viu, lindinho.
Ele saiu e fechou a porta, no mesmo segundo abriu a porta.
- Tic-tac.
- Tá. - Ri e falei.
Vesti a roupa e coloquei um coturno preto, meu cabelo solto invadindo meus ombros, sem nenhuma andulação.
- Pronto.
- Agora ta com cara de mulher, poderosa.
- Idiota - ri, mexi no cabelo e abri a porta. - Jas, até mais -soltei-lhe um beijo vendo ela retribuir.

{•••}

- Pula.
Dou um leve pulo.
- Não, sua burra. Se atira.
- O quê?! - Exclamei. - Você tá louco? Nunca vou me atirar desse penhasco.
Ele riu, olhei pra ele e levantei uma sobrancelha.
- Se joga, pensa em coisas boas, que deixam sua cabeça e seu coração leve e seu corpo também irão ficar leves. Se você não conseguir, estarei lá em baixo. Você não vai morrer.
- Meu Deus. Não.
- Você confia em mim?
- Confio.
- Então me dá sua mão - ele ergueu sua mão esquerda e segurei a mesma. Ele me colocou em sua frente e segurou minha cintura.
- Relaxe. E quando estiver pronta... Vá enfrente- Falou em meu ouvido.
- Tá.
Ficamos 10 minutos assim, até que eu me senti confiante para aquilo.
- Eu tô pronta - dei uma pausa. - Mas queria saber uma coisa.
- Fale.
- Você dorme?
- Claro que durmo. Por que essa pergunta?
- Ah. É porque aqueles vampiros da saga crepusculo não dormem, seria um caos não poder dormir.
- Entendi - Deu um breve riso antes de falar.
Coloquei um pé fora do penhasco, fechei os olhos e ainda sentindo suas mãos em minha cintura, me joguei. Esvaziei totalmente minha mente, procurei não pensar no fato que estava caindo de um penhasco, em vez disso pensei no Henrique. Quando me dei conta, estava flutuando, o Henrique apareceu em meu lado.
- Isso aí. Você mandou muito bem.
- Obrigada.
Ele sorriu.

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Mar 12, 2016 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

O Submundo.Onde histórias criam vida. Descubra agora