Mesmo assim

Capítulo 2

QUANDO...outros dois guardas entraram na sala, eu segurei o soldado que bateu nela e apontei a arma para a sua cabeça:

- Me deixem ir ou então ele morre!

- Você não tem escolha rapaz -falou um dos guardas- pode fugir desse colégio mas o país todo irá lhe caçar!

- Pois se for assim(Engatilhei a arma) ele não vai sair nem dessa sala agora saiam da frente e coloquem a armas no chão.

Os dois olharam um pro outro e meio que virão que eu ia matar aquele soldado.

Eu sempre fui pacifista, contra armas, a favor da paz, da igualdade, mas algo naquele instante me fez tomar aquelas atitudes.

Eles puseram as armas no chão e saíram da porta, eu olhei para Ela e com apenas o movimento dos lábios disse: "Eu te amo e vou voltar me espera". Dei um coronhada no soldado que eu estava mantendo refém e corri até a saída do colégio. Quando menos espero atrás de mim há no minimo dez soldados todos armados atirando, um dos tiros atinge meu braço direito. Eu sai da escola e fui para a rua e roubei um carro, mas os soldados me perseguiam nas viaturas bem mais rápidas.

Depois de quase uma hora de perseguição eu consigo despista-los, mas me sentia fraco e com muita dor, sem saber para onde ir e o que fazer, se voltasse eu seria preso e torturado e se ficasse onde estava poderia morrer por hemorragia.

Passei um dia até conseguir estancar o sangue, e duas semanas vagando nos locais mais obscuros da cidade me escondendo dos soldados. A fome e a sede eram companheiras diárias, revirava o lixo a noite e dormia no esgoto de dia, mas todo dia eu pensava nela, seus cabelos negros como a noite, seus olhos cor de café, no seu corpo escultural e naquela maneira que ela via o mundo, será que ela estava bem? Eu precisava descobrir então fui durante a noite no apartamento dela. Foi relativamente fácil pular o muro e subir até o apartamento mas não eu não tinha ideia de como entrar, então pensei em ir até a cobertura e fazer uma parede de escala ao contrario, o prédio tinha uns 12 andares e ela morava no 4º eu estava até indo bem, quando cheguei na janela dela e a vi dormindo com o nosso álbum de fotos entre os braços soube que ela estava bem. Eu só precisava saber isso, mas nada então continuei a descer só que deslizei e fiquei pendurado por apenas 3 dedos de uma mão a quase 10 metros do chão, eu olhava para baixo e para cima e vi que era melhor me soltar...desistir da vida ali mesmo, sussurrei baixinho:

- Desculpa mãe, desculpa pai, me desculpa amor mas eu não posso aguentar mais.

Soltei-me do parapeito e vi minha vida em um segundo, fechei os olhos e esperei aquele momento acabar....

Olá, vocês ainda estão lendo??? obridagaço por isso viu, mas calma que não acabou é só esperar o novo capitulo!