CAPÍTULO 19

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Vicenzo

"Ótima oportunidade para você ficar de vez com ele e me deixar em paz"

"Vi..." - Sua voz embargada.

"Beatriz você é uma putinha mimada que não sabe o que quer" - Falei com raiva.

Levantei da mesa empurrando a cadeira para trás e fui em direção ao caixa pagar a conta.

Quando saí já Beatriz havia se levantado e estava me aguardando no estacionamento.

Destravei o alarme do carro e entramos.

Ela ia choramingando por todo caminho.

"Não pode fazer isso comigo Vicenzo, o Victor fez de propósito... Por favor, me ouça " - Em meio a soluços.

"Ah... E você, correspondeu de propósito também?"

Fez uma pausa e depois continuou.

"Eu quero você mais que tudo, como jamais quis outra pessoa antes. Ele foi só um passatempo"

Dirigia segurando forte o volante. Cego de raiva.

Eu me mantive em silêncio, descobri que meu irmão e ela tinham outro ponto em comum, dizer algo a eles entrava em um ouvido e saia pelo outro, então não iria perder meu tempo mais.

Ao chegarmos, antes de descer ela me segurou pela mão.

"Por favor, não diga que acabou o que nem começamos, me dê uma chance Vicenzo."

"Eu já te dei a oportunidade de me mostrar que podia fazer as coisas de outro modo Beatriz, você estava indo bem mas em seguida... "- Fechei os olhos após ver Victor ao lado de fora, o meu sangue em ebulição só de imaginá-los juntos. "Você fodeu com tudo"

"Me perdoe! Se quisesse algo com ele eu não estaria tendo essa conversa com você , aqui, agora"

Ponderei por um momento e depois:

"Sinto muito! Sou um homem e você quer me tratar como se fosse a porra de um moleque..."

Puxei sua mão de cima da minha e em seguida saí do carro, ela logo após batendo a porta com força.

"Culpa sua seu idiota!" - Ela se aproximou de Victor que estava na varanda e o empurrou o peito.

"O quê? Para de ser louca!"

Fui caminhando para entrada desviando dos dois.

"Se faz de desentendido agora né?" - Aos berros.

"Ah, você entra no meu quarto me dá o maior beijo e agora sou o culpado?" - Ele queria me provocar a qualquer custo.

Só escutei o barulho. Ela o esbofeteou e achei bem feito.

"Sua vadia, não me bata!" - Passou a mão no rosto.

Queria defendê-la por ele a chamar assim, mas foi o valor que se deu.

"Eu te odeio, fica longe de mim!" - Ela gritou em fúria.

"O quê é isso aqui?" - Meu avô saiu para ver a confusão.

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