Vicenzo
Beatriz e eu havíamos aproveitado o carnaval para passarmos um final de semana na praia. Logo após eu a deixaria em sua casa e voltaria à minha rotina de sempre.
Ela andou chorosa, pensando como lidaríamos com a distância. Eu tentava não ver isso como obstáculo, mas só de imaginar que se quisesse vê-la teria que percorrer centenas de quilômetros, ao invés de só andar alguns metros no corredor de casa, eu repensava minha opinião. Mas sou um homem, agora apaixonado, mas ainda assim, tenho que oferecer -lhe o que for necessário para que sinta bem e segura em relação à nós dois e principalmente ao sentimentos que tenho por ela.
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Retornamos da viagem e então tive algum tempo para conversar com seu Carlos e explicar as minhas intenções com a Bia. Ele me pareceu muito tranquilo, embora ficou preocupado com nossa situação, mas me mantive firme do mesmo modo. Às vezes, estava apenas me testando.
Com passe livre, pedi licença e subi para o andar superior.
Abri a porta do quarto e ela estava deitada em sua cama assistindo TV. Entrei e sentei ao seu lado.
"E aí?" - Me perguntou.
"Estou sendo ameaçado de morte!"
"Para Vicenzo, fala sério!" - Me empurrou o ombro.
"Tudo certo, vou até ficar para o jantar!" - Recostei nos travesseiros com as mãos na nuca.
Ela gargalhou, em seguida me beijou os lábios castamente.
"Nem me esperou para tomar banho?" - Notei seus cabelos úmidos.
"Ah Vi, estava com pressa!"
"Estava com pressa" - A imitei. "Ok, vou tomar o meu agora e não quero companhia também!" - Levantei e ia em direção ao banheiro quando ela me puxou.
"E ajuda, você quer?" - Diabólica.
"Vou pensar no seu caso!" - Era praticamente um sim.
Ela uniu os lábios formando uma linha. Virei e dei alguns passos.
"Seu pau é muito grande, de repente precise de uma mãozinha!" - Ouvi falar e me voltei para olha - lá.
"Sua safada!" - Bati em seu rosto. "Anda logo, antes que mude de ideia"
Ela levantou e passou pela minha frente, rindo como uma criança.
Com a mão espalmada dei lhe um tapa bem dado na bunda.
"Aiii Vicenzo!" - Alisou a nádega.
"Para de rir, não tem nada de engraçado!" - Falei sério.
Ela mordeu os lábios segurando o riso e continuou o percurso até a ducha.
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Após o jantar voltamos para o quarto e fomos dormir, no dia seguinte eu partiria cedo para o interior.
Caímos no sono.Após algumas horas eu acordei, escutando alguns suspiros. Beatriz estava ao meu lado, aos prantos. Aquilo me deixava com o coração partido.

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Laçados Pelo Desejo
RomanceBeatriz é uma estudante de agronomia que não leva nada a sério, principalmente após a morte recente de sua mãe. Decidido a mudar o futuro da única filha, Carlos toma uma atitude radical. Sob ameaça de perder suas mordomias, a moça é enviada para faz...