capitulo 02

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O tom sombrio de meu cunhado me  assombrou durante
todo o dia. Naquela noite, enquanto eu colocava minhas
roupas novas na mala usada que pedira emprestada a sra.
Gouvêa. João e William estavam  estirados na minha cama queen-size na nossa mansão no Morumbi, estavam os dois  emburrados.

— Por que você tem que partir? — choramingou William, a pequena face triste e mal-humorada.
— Você sempre vai embora. Nunca fica aqui. --- falou João com o rostinho triste.
Acabei sentindo uma pontada de culpa. Eles tinham
razão. Mas não poderia desistir de tudo por causa da
teimosia de duas criança. Eles mesmo tao pequenos mais já são determinados quanto eu.
— Negócios, meus amores— responde sorrindo. Fisicamente, os meninos não se pareciam
em nada comigo. São todo o pai, desde os cabelos
Loiros aos profundos olhos azuis e feições angelicais.
Com certeza seriam altos como o pai. Gabriel!
Exalando um profundo suspiro, me virei. Amei
aquele homem Com todas as minhas forças do meu jovem coração.
Ele me roubara a castidade e o coração e em retorno me deu humilhação e vergonha. A mãe dele havia contribuído para nos separar,e poderíamos ter tido um sincero caso de amor. Ele sempre se sentira culpado em relação a mim, provavelmente teria se sentindo bem mais se soubesse que eu só tinha 18 anos contra os seus 28. Eu mentir a idade, dizendo ter 20 anos. Na ocasião, Gabriel dissera que se sentia um papa-anjo. Naquela época com frequência pensava que ele me odiava por fazê-lo sentir-se tão vulnerável. A mãe dele conzerteza me odiava. E o fato de eu viver com a mãe da Lurdinha dona Célia que era gari, e a Lurdinha que assim como eu era garçonete no restaurante do hotel que eles eram os sócios.

Sorai, a mãe de Gabriel sempre foi esnobe, sempre se achando !melhor que os outros, sempre com o nariz empinado, e claro jamais iria aceita como ela mesma disse uma negrinha insolente para o seu querido filhinho. Deus sabe que eu nem quero passar perto de ser uma mãe como ela.

Um dia os meninos teriam que saber a verdade sobre o pai deles, e eu não sinto a menor sastifação, mas enquanto esse dia não chega deixarei que eles pensem que o pai biológico deles é Carlos, porque pai verdadeiro concerteza é ele, quem ficou do meu lado durante toda a minha gravidez, foi que segurou o meu cabelo enquanto vomitava, ele que que foi a todas as aulas para pais de primeira viagem comigo, e quando chegou a hora era ele que estava lá comigo segurando a minha mao, e quando os meninos vieram ao mundo, e a enfermeira os entregou a ele ainda sujos e chorou e eu ouvi quando ele fez a promessa a eles que ele iria os amar ate o seu ultimo suspiro e assim ele fez.

---- Mamãe nós podemos ter uma ovelha? ---- fui tirada dos meus pensamentos.

---- Uma ovelha?

---- Sim mamãe! Uma ovelha!---- disse João e William só concordava com a cabeca.

---- E porque de tantos bichos vocês querem uma ovelha?

---- Porque nós queremos dar o nome pra ela de,Choné

---- Ah! ---- exclamou William ---- E tem que ser uma ovelha homem.

---- Não existe ovelha homem William ---- disse João ---- É ovelha macho!

---- Eu quero uma ovelha homem igual o papai, mamãe eu sinto falta do papai.

Derrepente eles ficaram triste, é sempre assim quando eles se lembravam do pai.

---- Eu também mamãe, sinto muita falta do papai.

---- Eu também meus amores, mais vocês tem que lembra que o papai virou uma estrelinha e esta lá no céu cuidando de nos três.

William, João ---- uma voz grave chamou

---- Aqui Sra.Cardoso ---- responderam os dois.

---- Hora de dormir meninos!

---- Sim senhora. ---- responderam os dois

---- Eu coloco eles na cama pra você Ângela.

---- Obrigada senhora Cardoso, depois eu passo no quarto deles para cobri-los e dar um beijo de boa noite. ---- os meninos saíram correndo na frente em uma disputa. A sra. ficou mas atrás e quando ia passando pela porta estancou. Ela se virou.

---- Você já esta mas uma vez arrumando as malas! Acho que você não deveria ir, poderia ficar mais uma semana em casa.

---- Bem que eu gostaria mais não posso, tenho muitas casa para visitar.

---- Carlos não ia gostar de te ver nesses lugares,

---- Claudio me disse a mesma coisa hoje mais cedo.---- exalei um suspiro cansado ---- mais você sabe eu tenho que ir, porque se ele quisesse que eu não fosse admistrar não teria deixado essa parte obscura dos negócios pra mim.

---- você tem razão, Carlos ficaria muito orgulhoso de você, boa sorte.

A senhora Cardoso deixou o quarto e voltei aos meus a fazeres de antes.

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Dois dias mais tarde eu chegei a Chapecó de ônibus. Podia ter ido de avião, mas isso seria uma admissão de que possuo dinheiro. Uma passagem de ônibus era consideravelmente mais barata e, além do mais, a rodoviária ficava próxima ao escritório de Gabriel. Esperei pela minha mala, com os cabelos soltos ao redor dos ombros, vesti um jeans e uma jaqueta jeans desbotada sobre uma blusa de moletom. Nos pés um par de botas desgastadas que usava para montar. Abrir mão de toda e qualquer maquiagem. No todo, aparentava a mesma mulher que deixou Chapecó sete anos antes. A não ser pelo fato de que agora tenho um segredo diferente, um que vou gostar de esconder até chegar a hora certa de revelá-lo.

Dei um sorriso travesso, e peguei a próxima lotação até acasa da dona Célia.

E que os jogos comecem.









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⏰ Última atualização: Dec 28, 2017 ⏰

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