Solidão

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Acendi um cigarro e levei-o a boca. As minhas mãos tremi eu estava sozinha no meio daquela rua cheias de pessoas. A minha alma gritava por socorro. E em um bafo e outro,as lágrimas escorriam pela minha cara. As pessoas passava por mim, fingindo não me ver. Eu abraçava os meus joelhos, com medo. Isso faz com que eu me  sinta mais protegida. Mas no meio daquela escuridão toda eu sabia que nada daquilo adiantaria.

A noite ia ficando mais fria e orvalho caia sobre a minha pele. Eu esfregava as mãos uma na outra para poder se aquecer, e o pior, é que a única coisa que me aquecia era aquele cigarro entre meus dedos. Eu sentia a menta na minha boca, mas aquilo, aliava o que eu estava a sentir por dentro. Eu fechava os olhos e desejava poder acordar daquele pesadelo. Os meus dias eram sempre os mesmos, tão tristes e solitários. Quantas vezes eu queria apenas poder abraçar alguém. Só que eu contava apenas com a minha solidão que sempre estava ao meu lado, até mesmo quando não era convidada.

Eu perdi me de mim mesma, nao conseguia entender o que tinha acontecido na minha vida. Senti me como se o mundo me odiasse...

Ate que pus a caixa de cigarros no bolso. Soltei o meu cabelo e deixei que o vento soprasse em todos os loiros dele. Eu levantei-me daquele chão molhado e frio. Enxugei com as costas das mãos as lágrimas que faziam questão de continuar a escorrer, mas agora com um sorriso gentil em meu rosto. Levantei a cabeça e sai daquele lugar.  Eu sabia que não tem como passar pelas felicidades da vida sem antes conhecer a tristeza. Então é isso, eu acabei de perceber que depois da tempestade sempre vem o arco íris.

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