Fim e início. pt - 2

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Eu abri a porta com a chave reserva embaixo do tapete e entramos.

- Você deve estar cansado, vem vou te mostrar onde é o banheiro pra você tomar um banho.

- Certo.

- Ok, é aqui. - Thomas fez uma cara perdida.

-  Ah, é, isso ainda não existe. É assim : você liga aqui e a água sai daqueles furos, aqui tem o sabonete e...

- E como eu vou esquentar?

- Já vem quente. - Ele abriu o chuveiro e a água caiu na minha direção. Comecei a gargalhar.

- Você liga só quando for tomar banho, quando já estiver sem roupa e...

- Certo. - Ele começou a tirar a roupa.

- Tom, você não era assim.

- Clari, nós somos de mundos completamente opostos, eu não sei quando ou se nós poderemos nos ver. Mas mesmo assim te amo. E queria te amar completamente.

- Tom... - E o beijei.

Acordamos ao som do meu celular, era o general avisando que tudo estava resolvido, que eles seriam presos, eu tinha que dar depoimentos no processo e mandar Thomas embora o quanto antes.

Eu coloquei um vestido recatado, Thomas a roupa que ele chegou e fomos no carro da polícia.

A despedida foi longa e triste mas logo Thomas estava no CTT a caminho do passado. Eu sabia que ficar sem ele seria doloroso. Mas não tanto, a falta dele era como a morte.

Três meses depois.

Thomas>

A todo dia eu sentia a falta de Clari, mesmo depois de tanto tempo eu sentia tanta falta dela que doía. Minha mãe até tentou arrumar umas pretendentes para mim mas eu não conseguia me concentrar nelas. Só pensava na Clari.

Às vezes eu me pegava indo em direção a floresta na esperança de que a Clari estivesse por lá.

Foi numa dessas perambulações que eu notei uma mudança...

- Clari! - Ela estava simplesmente linda com um vestido verde mais bufante que o habitual. Nos abraçamos, beijamos até ter matado um pouco a saudade. Foi quando eu perguntei:

- Por que você está aqui?

- Não me queria aqui? Eu posso voltar.

- Não! Só estou curioso. O que veio buscar dessa vez? Quanto tempo você vai ficar?

- Vim buscar um marido. Fico pra sempre se encontrar. - Eu e ela sorrimos.

- Casa comigo?

- Caso. - Eu a beijei de novo.

- Como conseguiu convencê-los?

- Bom, é que nós temos um álibi saudável de três meses aqui. - Ela colocou a mão na barriga e eu sorri.

Iríamos nos casar, teríamos um filho, era o nosso final feliz.

Fim.

Tempo de amarOnde histórias criam vida. Descubra agora