Confinados

Capítulo 1

Era mais ou menos 10 horas da noite quando o jornal do Estado começou e minha família estava vidrada naquela pequena tela (e todas as famílias ) quando a programação normal parou, a tela ficou preta e AVISO estava escrito em branco então a presidente Yohanna apareceu-Boa noite -disse ela com um certo entusiasmo-Devido aos constantes ataques da Rússia os nossos cientistas desenvolveram uma vacina que aumenta a capacidade cerebral permitindo que possamos controlar objetos, pessoas e até mesmo o tempo e além de termos uma vantagem bem maior nesta guerra interminável, por isso precisamos de 20 jovens de 15 à 18 para testar essa vacina.

-Por que não testam em vocês mesmos!-Disse meu pai indignado.

Seus filhos são o futuro da nossa nação- Continuou a presidente- Então os 20 jovens devem estar em frente ao palácio do Estado amanhã 3 horas da tarde, uma boa noite.

Quando isso acabou todos da minha família estavam com os olhos arregalados.

-Isabelle, você não vai!-disse minha mãe- como a gente vai saber se ela não esta mentindo?-disse ela quase chorando.

Minha mãe ficou assim: assustada com tudo, com medo de tudo depois do último ataque dos Russos-Que já conquistaram todos os países fracos, seu alvo era os Estado Unidos da América, após um bombardeio que destruiu o país algumas pessoas sobreviventes de poder se juntaram e criaram o Estado, que tem um governo capitalista onde quem tem mais dinheiro tem mais poder e manda nas pessoas de castas inferiores. E agora dois anos depois, já conseguimos suprimentos e estamos preparados para a guerra e a Rússia junta forças para nos atacar. Ou somos mortos pelos Russos ou mortos pelo Estado, vivo pensando nisso enquanto trabalho.

- Mãe você sabe que o Estado tem uma ficha sobre tudo de cada uma das pessoas, se eu não aparecer lá os guardas viram e eu creio que não seria bom. Olha amanhã a gente conversa, boa noite mãe, boa noite pai.

-Boa noite filha- eles responderam em coro.

Subi para o pequeno quarto onde dormia pensando como o Estado nos sujeitava ao trabalho pesado, não ligavam para as pessoas morrendo fracas porque não tinham tempo para comer, só trabalhavam, não se importava com as pessoas não saberem ler, não ter comida na mesa. Já tentamos fazer um rebelião mas aí vieram os guardas com suas armaduras negras de aço, com armas enormes nos forçando a trabalhar, me arrepie só de lembrar daqueles dias horríveis, respirei fundo e fui dormir.