Prólogo

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Tudo começou quanto eu tinha apenas 13 anos... Eu me lembro de tudo... como se fosse ontem. Eu estava assistindo Televisão com meu irmão, até que eu escutei um enorme estrondo. -Huh... Lucca, você ouviu isso...? Perguntei, mas o maior estava adormecido ao meu lado no sofá. Me levantei sem fazer muitos barulhos para não acordar o tal e olho pela janela. Ao olhar pela janela, eu vi várias pessoas desesperadas correndo pelas ruas, ouvi os gritos agonizantes das pessoas e corri até Lucca. -Lucca! LUCCA! Balancei o maior com desespero e ouvi o celular tocar na cozinha, e sem pensar duas vezes, corri até lá e atendi o celular. Ao atender o celular eu ouvi a voz do meu pai, dizendo lentamente: -Filha, estou indo pra casa... cuide do Lucc--- Foi só isso antes da luz cair em toda a cidade. Foi nessa hora que eu lembrei que havia uma lanterna na terceira gaveta do armário da cozinha, eu caminhei até o armário e abri a gaveta, logo pegando a lanterna e uma faca de açougueiro, a qual o meu pai havia comprado para desmembrar esquilos. Liguei a lanterna e caminhei até Lucca, sentei ao seu lado e o acordei. Alguém abriu a porta rapidamente e entrou na nossa casa, e por sorte era nosso pai. -Huh? Pai?! Corri até o maior e lhe dei um forte e apertado abraço. -Você está bem...? O que está havendo? Recuei e o entreguei a faca. -Onde está a mamãe?! -Huh.. sobre isso... Me desculpe, Lana... Ao ouvir essa frase, eu caí no chão e me encostei na parede próxima a porta e me afoguei em lágrimas que percorriam meu rosto, e a cada grito que eu escutava na rua, as lágrimas se intensificavam, mas meu pai me pegou no colo e chamou Lucca para ir para o andar de cima, ele dizia que era mais seguro. Mas infelizmente... ele estava errado... Ao subir as escadas, nós nos deparamos com uma pessoa caindo aos pedaços, não parecia estar viva... Aquela coisa correu até meu pai e o mordeu no antebraço, fazendo-o me deixar cair no chão e rolar escada a baixo. Eu fiquei desesperada e corri para fora de casa, não olhei para trás e continuei seguindo em frente... E depois de alguns minutos eu cheguei em um estacionamento, onde havia alguns poucos carros parados em algumas vagas, eu puxei a maçaneta de um, e por sorte, estava aberto. Eu entrei e tranquei a porta, fiquei ali até amanhecer, eu estava chocada, o que aconteceu com meu pai...? Ou com o Lucca...? Pensei em voltar, mas com certeza eles já teriam saído daquele lugar...
Eu estava sem nada... Apenas com a roupa do corpo e uma faca de açougueiro... O que estava acontecendo? era a pergunta que estava se repetindo em minha cabeça... E foi nessa hora... Que eu me dei conta... Que nunca mais iria ver minha família novamente...

No one is safe...Where stories live. Discover now