Já estava me sentindo mal há algum tempo. Não consigo fazer as atividades físicas que conseguia antes, mas ultimamente manchas avermelhadas estão aparecendo por todo o meu corpo.
Porém tudo piorou na aula de educação física, durante o treino de futebol, estávamos correndo em volta do campo como punição de uma briga entre os goleiros dos times.
Minha visão estava ficando turva, não conseguia me concentrar nas passadas, minha respiração estava desregulada, meus pulmões não inflavam como deveria. Foi quando senti algo mais quente que suor escorrer pelo meu nariz.
O liquido viscoso e vermelho me fez parar de correr, a fila que me seguia por eu ser o capitão parou. Carlos o co-capitão que estava atrás de mim perguntou se estava tudo bem.
Foi a ultima coisa que me lembro com clareza daquele dia, tudo mais que aconteceu é um borrão claro de luz fosforescente misturado com alfinetadas de agulhas em meu braço.
*****
A luz do teto do hospital foi o que me acordou, minha mãe estava com os olhos avermelhados e inchados, o que me deixou nervoso por não reconhecer o local e o que eu estaria fazendo naquele ambiente.
- Mãe?- perguntei assim que meus olhos se encontraram com o dela.
- Meu filho! Como esta se sentindo? – lágrimas já escoriam de seus olhos.
- O que aconteceu? – seu olhar estava me deixando assustado.
A ultima coisa que lembro e não com toda certeza, são de luzes correndo pelo meu corpo como em uma máquina de raios-X.
Olhei para minha mãe, ela estava com o olhar para baixo, um rio de lágrimas descia pelo seu rosto claro. Seus cabelos negros estavam presos de uma forma estranha, como se ele não tivesse tanta importância. Seus lábios que antes tinham a cor rosada agora mostram um tom mais natural, quase branco.
Ela abre a boca para falar, mas nada sai. O desespero foi tomando o seu rosto, o rio de lagrimas ganhou intensidade ela se levantou da sua cadeira e saiu do quarto com a mão no rosto exclamando uma única frase:
- Não! Meu filho não!
Repetidamente ela dizia isso aos berros no corredor, eu era capas de ouvir os múrmuros de pessoas tentando acalma-la.
Tentei me levantar, mas meu corpo não respondia a meus comandos, meus braços e pernas estavam pesados como uma rocha.
Um aparelho ao meu lado começou a apitar. Os batimentos do meu coração estavam com o mesmo ritmo com o da maquina.
Eu estava desesperado.
Uma pessoa abriu a porta, mas como eu estava de olhos fechados não pude ver quem era. Quando abri os olhos e olhei em direção a porta não tinha ninguém lá. A menos que essa pessoa ande como uma bailarina ela não entrou no quarto.
O barulho do aparelho começou a diminuir e meus olhos começaram a se fechar, olhei para o lado e vi uma enfermeira de costas, seus cabelos dourados e lisos estavam caídos sobre suas costas.
- o que vocês esta fazendo? - perguntei agora sonolento com os olhos a ponto de se fechar.
A enfermeira virou. Seus olhos verdes de uma cor inconfundível, seu rosto claro, seus lábios avermelhados me espantaram.
Era ela, a garota que eu sempre sonhei que sempre desejei. A única que sempre quis de verdade. Um sorriso estampava sua boca.
- É apenas um sedativo para você descansar - A delicadeza de sua voz me faz me descansar como ela disse que o sedativo faria. Sua voz era doce e ao encontro de meus ouvidos me deixava calmo.
Apaguei.
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O Cair de uma Lágrima
Teen FictionUma doença pode acabar com seus sonhos e revelar com você realmente é! Enzo demostrará a todos que mesmo morrendo é capaz de amar. Ele vai morrer, mas mesmo assim quer conquistar a mulher de seus sonhos.