Você deve estar confuso tanto quanto eu, mas foi assim que tudo começou a acontecer comigo... Um dia estava bem, aprontando como sempre no outro estava numa cama de hospital, sem nenhuma informação. Mas se as lágrimas de minha mãe já me preocupavam, imagina as de meu pai que sempre estava preocupado com as viagens de trabalho.
Para você entender melhor, vamos ter que voltar a algumas semanas atrás e quem vai me ajudar nisso tudo e talvez seja o grande culpado de começar a escrever isso que você está lendo como um grande desabafo para mim é Gigabyte, se tem alguém para ser culpado é ele, meu único, verdadeiro, companheiro, amigo nessa minha jornada.
Algumas semanas atrás...
Meu nome é Enzo Rafael, sou o típico popular do colégio, todos me conhecem, sempre frequentei as melhores festas e já cansei de ser príncipe em 15 anos. Tenho tudo que quero e todas que eu quero, modéstia parte me dou bem com as garotas. E antes que você ache que sou metido, sou humilde com todos, mas não perco a chance de aprontar com qualquer um que seja bobo.
Aquele ano, o colégio seria a mesma coisa, todo ano era a mesma chatice, mas não adiantava reclamar, afinal tinha que ter um futuro, mesmo assim só acho que o colégio deveria ensinar a ler, escrever e as quatro operações de matemática, o resto é resto, até hoje não usei uma daquelas fórmulas enormes de matemática, nem química, tampouco física, mas vai entender. Deve ser uma forma de nos penalizar por termos nascido.
O colegial estava acontecendo normalmente, eu já estou no último ano do ensino médio com 16 anos, posso aprontar mesmo, mas sempre gostei de estudar, mesmo não sabendo para que todos aqueles assuntos. Gosto de desafios, então o primeiro daquele ano surgiu, bem depois da Páscoa.
- Eu estou duvidando que você consiga alguma coisa com a Angelina - Pedro falava com aquele tom de desafio que eu já conhecia bem.
- Sinto que alguém está me desafiando - mexi no cabelo, uma mania horrível que tenho e acompanhei a direção do olhar dele e ela estava sentada num banco com a cara enfiada em algum livro.
Angelina não era nenhuma feia, pelo contrário, tinha uma beleza que impressionava a todos, mas evitava dar muita bola aos populares, apesar de ser muito conhecido e se destacar até mais que alguns populares. Os cabelos loiros e lisos vão até a altura da cintura, a pele clara e os lábios bem carnudos, daqueles que sua única vontade é de beijar, mas o destaque maior está no seu olhar, além de ter um lindo par de olhos bem desenhados, os dois são de um verde tão vivo que seria quase um pedaço da Amazônia nos olhos dela.
Olhei para ela, e pensei que não seria nada demais, conseguir um beijo daqueles lábios – Desafio aceito – olhando nos olhos de Pedro.
- E se você não conseguir? – retrucou desconfiado.
- Essa palavra não existe no meu vocabulário, presta bem atenção – sorri, indo em direção a Angelina que já estava se levantando.
Parando na frente dela, tentei esboçar um sorriso e tentar uma conversa franca, poderia ter simplesmente esbarrado e derrubado tudo da mão dela e fazer uma cena mais romântica, mas essas bobagens nunca foram do meu estilo. Então, segui o plano que tinha aparecido em minha mente, segundos atrás.
- Angelina? – perguntei olhando para ela, que me olhou surpresa.
- Sim. Em que posso ajudá-lo? – ela respondeu como sempre muito prestativa a todos.
- Sei que não nós falamos muito, mas é que estou com dificuldades naqueles romances de literatura e queria saber se você poderia me ajudar – fiz a cara de cachorro sem dono num dia chuvoso.
- Enzo, está acontecendo alguma coisa que não sei, porque você vindo me pedir ajuda, dessa maneira... Só posso estar delirando de febre – ela pousou a mão pacientemente no pescoço e depois na cabeça, sorrindo e balançando a cabeça negativamente.
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O Cair de uma Lágrima
Teen FictionUma doença pode acabar com seus sonhos e revelar com você realmente é! Enzo demostrará a todos que mesmo morrendo é capaz de amar. Ele vai morrer, mas mesmo assim quer conquistar a mulher de seus sonhos.