Cap 4

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Minha blusa estava embolada junto com algumas fotos minhas dormindo.

Isso é mais do que assustador.

Eu fiquei paralisada com as fotos nas minhas mãos, eram três no total, todas elas eu estava dormindo.

Meu estômago se revirou com o meu pensamento em ter alguém aqui dentro me vigiando esses dias todos e eu nem me dei conta.

Não conseguia mais segurar a repulsa crescente dentro de mim, vomitando na pia.

Parei olhando pro azulejo à minha frente, ainda ofegante pelo desespero.

Será que a pessoa ainda está aqui? Ou só vem a noite?

Quem será esse verme doente?

Respirei fundo me olhando no espelho e decidi fazer uma varredura pra tentar encontrar mais desses esconderijos.

Joguei a blusa e as fotos pra dentro do buraco e coloquei de volta o fundo do armário.

Comecei pelo quarto... Nada.

Cozinha... Nada.

Sala... Nada.

Merda por onde que ele entra?

Como se uma lâmpada acendesse na minha cabeça, lembrei da porta do corredor próxima a porta da frente entre a sala e a cozinha.

Corri pra lá e abri tirando algumas coisas de dentro.

No canto direito tinha uma porta bem pequena. Não tinha fechadura nem nada, tentei empurrar igual ao fundo falso do armário e ela nem se mexeu.

Peguei uma chave de fenda e forcei pra abri-la. Forcei mais um pouco e ouvi um estalo seguido de um rangido.

A porta estava aberta à minha frente. Apoiei meus joelhos e a palma das mãos no chão e fui engatinhando.

Um pouco mais a frente vi uma escada de madeira. Era bem estreito mais consegui subir. Em cima da minha cabeça tinha um tampo com uma corda.

Empurrei com cuidado e pude ver um local bem escuro.

Tinha um tapete em cima...
Sai daquele buraco e pude perceber que estava mais uma vez dentro de um armário grande com roupas masculinas.

Abri a porta devagar e sai tentando não fazer nenhuma barulho.

É um apartamento bastante arrumado.

Eu deveria chamar alguém pra me ajudar, já que está vazio. Não é normal ter uma "passagem secreta" pra casa de outra pessoa.

Eu sentia medo, mas sentia ainda mais curiosidade.

Andei em direção às portas do corredor e abri todas. A última porta do fundo era um escritório. Era um pouco vazio, só uma mesa, cadeira e uma estante.

Me senti bastante interessada quando vi um porta retrato em cima da mesa. Fui até lá e o peguei virando pra olhar a foto.

E mais uma vez eu paralisei... Não é possível!

O professor estava na foto com uma mulher.

Ele foi o único que foi no meu apartamento.

E prestando atenção agora aquele sindico estava bastante estranho, nervoso com alguma coisa.

Eu moro no andar de cima.

A voz do professor Douglas soou dentro da minha cabeça...

OH merda!! Ele que estava no meu quarto na primeira noite.

Ele estava lá o tempo todo.

Uma onda de desespero me atingiu tão rápido que eu não pude controlar minha crise de choro.

Eu tenho que sair daqui e pedir ajuda.

Sai do escritório...e quando eu iria correr pra fora do apartamento, ouvi o barulho da tranca da porta da frente.

Entrei na porta mais perto de mim e a fechei.

Era um quarto... Me arrastei pra baixo da cama e tapei a minha boca quando eu escutei passos se aproximando do quarto.

Logo a porta se abriu e ele entrou.
Sentou-se na cama e tirou os sapatos tão calmamente. Era um contraste terrível.

Ele respirou fundo e se levantou saindo do quarto.

Um barulho de alguma coisa sendo arremessada e quebrando me fez pular com o susto.

Ele já sabe.

Minha mente gritos mais uma vez.
Fudeu... Como eu fui burra em entrar aqui sozinha. Eu tenho que sair daqui.

-- eu sei que você está aqui!!! Você não vai querer brincar comigo. Eu sempre ganho.

Merda. Merda. Merda.

O que eu faço?


Falando a verdade.... Fiquei com vontade de bater nela kkk

Desculpe mais uma vez.. Sei que é foda e chato pra caralho ficar dando desculpas... Mas eu não sabia como terminar esse conto.

O próximo já é o final ok...

M. Melllo

Obscuro -  Série ContosOnde histórias criam vida. Descubra agora