XIV

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Mais fácil desistir
Mais fácil matar tudo dentro por aqui
Essa confusão toda
Não vale a pena mostrar
Tudo ficou amostra
Uma vez já basta
Tem certeza que quer entrar nisso?
Acho que não
Eu vou te deixar ir
não vou te arrastar
por esse mar de contradições
que eu sou

Te encaixo em meus versos antigos
Nos novos
E em qualquer canto que queira
Mas não é fácil assim é?
As coisas finalmente complicaram
Que azar
Logo agora que eu criei esperanças
XXXXXXXXXX
Eu sempre fui muito melancólica
E cansada de tudo isso
Você eu não sei
Nunca pude ver

Quantas vezes eu já escrevi um último poema?
Quantas vezes eu já me perdi em tudo que estava acontecendo
Quantas vezes me forcei a tais coisas
Eu não quero nem lembrar
Já perdi as contas
Quando eu partir
Espero que você siga bem
Minha falta não será tanta?
Só foi passageiro isso não é?
Logo passou
Agora eu entendi

Minhas angústias não caberiam em um só poema
Muito menos nesse que é sobre nós dois
Não cabem nem em mim
Meras palavras não expressam
Tudo isso
Talvez eu regresse tudo
Não tem como terminar isso
Minhas mãos já estão trêmulas e fracas
Preciso me recompor
Logo chega gente
É como antigamente
Nunca demostrar né?
Não reconheço mais certas partes
Nem dormir eu consigo mais

Você irá partir antes da primavera
Eu não sei mais do meu futuro
Queria que tu fosse uma constante
mas pelo jeito não
O inverno chega logo depois
Nunca suportei o frio
Agora só será pior ainda
Não veremos as flores florescerem
Muito menos as folhas caindo
Tem certeza disso?
Um adeus não definido
Pior coisa que eu poderia fazer
(Realmente não sei finalizar)

Prosas ErradasWhere stories live. Discover now