O trem pararia na próxima estação, mas Rachel não desceria. Dentro do vagão, ela descansava os pés no banco à sua frente.
Rachel observava, uma mulher com três filhos, mínimos, prontos pra desafiar qualquer autoridade com birra ou assuntos desconexos, se é que sabiam falar, só choravam! Um outro homem fazia uma expressão duvidosa, devia estar pensando em como acabar com sua sina, todos ali viajavam pra algum lugar, toda vez que alguém descia, Rachel sentia como se fizesse parte, por um segundo, de um momento da história daquela pessoa, mesmo sem a tal saber.Rachel seguia as árvores e a neblina com olhos e mente. Lá fora, o sol ia pondo-se imponente aquela hora da manhã.
O trem parou, e logo atrás da catedral - do lado da estação - ela podia enxergar, uma cidadezinha, tímida, mas atraente. Quieta, Rachel desejou por uns minutos, conhecer aquela cidade, sentia seu peito arder, e pensou em descer, mas o trem já ia, ela teria que voltar, ela iria voltar.
Nem percebeu quando o garoto sentou ao seu lado, seus tênis se encostavam, às vezes sem querer. Ele usava uma jaqueta militar, e fones de ouvido, por cima do cabelo escuro.
Agora ela sabia o real motivo de seu desejo.
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Descrições
RandomModo de uso: Leia usando a imaginação! Fica mais fácil. Efeitos colaterais: Vício por leitura, paixonite aguda, depressāo momentânea, ódio profundo pelo autor desse livro. Histórias descritas. Se persistirem os sintomas, leia a bula, ou melhor, o li...