III

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Ela seguia em passos relutantes à casa do amigo. Nunca fôra lá, mas sabia perfeitamente onde era. Não demorou muito a chegar na casa verde na qual Arthur morava.

Arriscou bater na janela de seu quarto até Arthur abrí-la, sonolento, com o rosto amassado e realmente bonito. Esse pensamento assustou Judy, que o ignorou.

- Preciso da sua ajuda.

- Agora? - o sono não lhe permitia raciocinar que a garota a quem sempre gostou estava na sua janela.

- Eu não estaria aqui se fosse por outro motivo. Veste uma roupa decente e vem comigo.

Arthur apenas colocou um casaco e uma calça, saiu pela janela, com uma lanterna e uma caixa de sapatos requeridas pela amiga, e a seguiu.

Ligou a lanterna no caminho que iam para a escola todos os dias. Analisou o parque que rodeava o caminho e decidiu perguntar algo para a amiga, que agora olhava séria para o celular.

- O que foi? - perguntou preocupado.

Ela lhe mostrou o celular que continha a seguinte mensagem de Sérgio, seu namorado, ou deveria dizer ex?

Sérginho: Desculpa, Jujubinha. Encontrei alguém que me faz sentir especial. Acabou o namoro, obrigado por tudo.

Ela ria da mensagem e ele quis saber o porquê. Ela lhe mostrou uma foto que fora recebida cerca de meia hora antes de se encontrarem na volta da escola.

Era o Sérgio, obviamente, atracado com uma pessoa, mas não qualquer pessoa, era um garoto do 3° C. Não resistindo a felicidade que o dominava, Arthur gargalhou e Judy o acompanhou.

- Não está chateada? - quis saber entre risadas.

- Sinto mais como se um elefante tivesse sido tirado da minha consciência.

9:00 A.M.Onde histórias criam vida. Descubra agora