9:00 A.M.

IV

Ambos sorriram, contentes. Judy sabia que, em parte, o culpado de sua alegria ao terminar com Sérgio era Arthur. E suspeitava de que começava a descobrir sentimentos por ele.

- Então... O que estamos procurando? - o silêncio fazia Arthur pensar, e ele não gostava quando pensava.

- Meu pingente de gato. Aquele que você me deu. - a revelação surpreendeu Arthur, já que ele achava que ela não gostava do presente.

- E para que a caixa de sapatos? - era a única dúvida que ele ainda tinha.

- Vou enterrar minha história com o Sérgio na caixa. - aquilo era mentira, ela queria apenas uma memória fora do caminho da escola com ele.

Ele não suspeitou de nada. Depois de enterrarem o colar com o casal, o batom vermelho e uma foto, procuraram o pingente por horas. Infelizmente, não acharam nada.

Depois, procuraram mais um pouco. Estava quase amanhecendo quando foram para suas casas.

No dia seguinte, Judy faltou aula. Enquanto Arthur voltava para casa, viu algo brilhando preso ao pneu da sua bicicleta. Era o pingente.

Teve uma ideia. E se dependesse dele, não iria falhar.

Dia seguinte...

Judy encontrou Arthur no caminho de sempre, no horário de sempre, as mesmas 9:00 que criaram uma amizade.

Ele estava sorridente como nunca.

- Advinha o que eu achei? - mostrou o pingente para ela, que sorriu, radiante.

- Aonde estava? - ela não recebeu uma resposta e olhou para Arthur.

Ele se aproximou dela, cuidadosamente, ficaram cara a cara. Ele uniu seus lábios em um beijo demorado, que foi retribuído.

- Eu gosto de você. - então, antes que ela pudesse reagir, ele subiu em sua bicicleta e gritou de longe. - Nos vemos amanhã. Às 9:00 a.m.!

Ela ficou para trás, confusa com um sorriso bobo no rosto. Olhou para o pingente em sua mão, subiu na bicicleta e foi atrás de Arthur, a única pessoa que ocupava seu coração.

Fim.
Ou não.

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Agradeço por lerem até aqui, foi a primeira vez que eu escrevi um conto e achei interessante.
E, talvez, futuramente Judy e Arthur irão ganhar sua própria história.