Vê, os rios que serpenteiam, são meu sangue
Que dá vida a todas as coisas, que fértil torna teu solo
E o que fazes? Cospe sobre eles...
Vê, a terra negra sob seus pés, meu corpo sagrado
As rochas, meus ossos
Que tudo sustenta
E o que fazes?
Caminha sobre ela, como se pisasse sobre o inimigo...
Meu hálito divino, o puro oxigênio que lhe sopra vida
O ar que polui, por quê?
E o fogo que lhe dotei?
O fogo com o que se destroem
As flores que revelam as cores cintilantes da existência
Geradas por mim, esmagadas por ti
A Guerra de Tróia, para me aliviar de seu peso, causei
Outros males, pois farta estou novamente, gerei
Sozinha, nasci
Sozinha, permanecerei
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"Versos das Profundezas"
Poetry"Quando meu lado poeta decide falar/ Lágrimas começam a borbulhar/ Minha alma sempre melancólica, trágica/ E justamente das profundezas/ Do caos interior/ Clamam cheios de vigor/ Revelações dos Deuses"