- Podes lançar o urso, Isabella. – disse Anne e eu com algum custo, deixei o ursinho de peluche por cima do seu caixão sendo de seguida começado a ser tapado por terra.
- Eu sempre o amarei, Anne. - disse e comecei a chorar abraçando-a.
- Todos nós sempre o amaremos, querida. – disse e depois de tudo regressei a casa com o meu pai e Sarah, Matt não aguenta funerais e decidimos que ele não viesse para bem dele.
Chegamos a casa e pouco tempo depois tocam á campainha e assim que abro a porta vejo um agente da policia que estava no local da morte do Harry.
- Boa tarde, Isabella Horan? – pergunta um deles e retira do casaco o medalhão da judiciária. - Agente Williams da policia judiciária.
- Boa tarde, sou eu mesma, alguma coisa em que possa ajudar? – pergunto educada e ele sorri
- Bom se puder responder a algumas perguntas agradecíamos, estamos apenas a investigar a causa da morte de Harry Styles. A causa do seu suicídio concretamente. – diz e eu abro mais a porta para que ele possa a entrar
- Claro, acompanhe-me até á sala.
Chegamos á sala e desliguei a televisão sentando-me no sofá tal como ele.
- Bom, quando foi a ultima vez que o viu? – pergunta ele e eu olho em redor começando a preparar-me para falar.
- Eu quase todos os dias ia ao Starbucks vê-lo porque ele trabalhava lá e até tinha permissão de ir ter com ele para lá do balcão e havia uma sala em que á aquela hora ele comia qualquer coisa mas como ele não estava lá, fui á dispensa onde o encontrei a trair-me com...- disse começando a chorar.- Peço desculpa. – disse e ele deu sinal de que não fazia mal.- Ele estava a trair-me com uma das empregadas, Liah Holly que já tinha tentado nos separar á uns bons tempos e eu como estava super irritada com ele, acabei com ele e pedi-lhe para me esquecer porque já tinha perdoado-lhe vezes demais. Depois cheguei a casa preparar as minhas coisas para ir para a Irlanda, mas antes de ir, fui para a casa dele para falarmos melhor e finalmente colocar um ponto nisto e vimos a noticia na televisão. Eu e a mãe dele fomos de imediato para o local. Eu tenho voo para daqui a 2 dias, o voo era suposto ter sido ontem, mas depois adiei devido á morte dele.
- Ok, e tinha havido alguma discussão antes de ele a ter traído? – perguntou o agente e eu tento recordar-me
- Não, nessa noite simplesmente ficamos a falar por mensagem, mas coisas banais de casal. E eu até queria falar com ele depois de o ter apanhado as já tinha sido tarde demais. Mas acho que essa Liah Holly deveria de lhe ter feito alguma coisa porque o Harry odeia-a e de um momento para o outro é impossível ele ter acabado assim com ela.
- Ela esteve presente no funeral? – perguntou mais uma vez o agente
- Que a visse, não, não esteve.
- Dentro do carro do falecido Harry estava esta carta que presumo que tenha sido escrita mesmo antes do suicídio e gostávamos de cumprir com o que aqui está escrito, entrega-la a si.- disse e deu-me um envelope.
- Obrigado.- disse e emocionei-me mais uma vez.- Desculpe mas eu apesar de tudo amo-o muito e só de saber agora que a minha filha nunca o vai conhecer faz-me ficar completamente desolada.
- Pois, lamento imenso, Isabella. Obrigado por responder a estas perguntas e vai para a Irlanda por causa disto tudo?
- Sim porque isto vai me afetar, vou estar sempre em contacto com coisas dele, coisas que me fazem lembrar o Harry e vai ser melhor para mim nesta fase. Os meus pais estão divorciados por isso vou ter com a minha mãe estes tempos.
- Faz bem, e cuide desse bebé, ele iria ficar feliz.
- Sim, eu sei! - disse e ele levantou-se
- Muito obrigado mais uma vez, Isabella! - disse e eu sorri e acompanhei-o á porta
- Ora essa!
Assim que o agente saiu de minha casa e sem nada de especial para fazer decidi ir ao local onde Harry me pediu em namoro, para ao menos me despedir já que vou para a Irlanda daqui a 2 dias. Não tenho coragem para ir ler a carta.
Subi as escadas, vesti uma sweatshirt mais quente e depois ao descer as escadas cruzo-me com Sarah.
- Volto já, Sarah. - Aviso e ela sorriu
- Jantas?
- Claro, agora não tenho ninguém para me levar a jantar não é verdade? – digo triste e no fim dou um ligeiro sorriso.
- Oh minha querida, agora tens de ser forte e encarar isto da melhor maneira. Eu sei que é horrível, mas tens de conseguir.
- Sim, eu sei, bem, até logo! - disse e saí.
A brisa refrescante ia levando as minhas lágrimas, os meus cabelos voavam e um aperto no coração fez-se sentir.
Passei a mão pela barriga e sorri ligeiramente encarando a cidade.
- Foi aqui que tudo começou, asserio, filhota, foi aqui que foi aquele momento mágico do aceito depois do papá ter me pedido para namorar com ele e apesar de tudo foi a melhor coisa que fiz na vida, ter aceitado. - digo a chorar e sentei-me debaixo da árvore.
Senti-a mexer e isso ainda me fez chorar mais, foi um sinal, um sinal que ele gostava imenso de sentir e ficava quase emocionado. Fazia-o sentir vivo como ele costumava me dizer.
Já quase a escurecer e com algum custo decidi voltar a casa, sei que o meu pai iria ficar preocupado comigo por isso decidi voltar.
- Adeus. – Sussurrei e enxuguei as lágrimas virando costas ao lugar.
Todos conversavam á mesa sobre assuntos do dia-a-dia e eu simplesmente remexia na comida com o garfo até o silêncio reinar.
- Bella, faz um esforço e alimenta-te, a comida está tão boa! – disse o meu pai e eu encolhi os ombros.
- Era a comida favorita dele pai. – digo quase a chorar. – Eu perdi completamente o apetite.
- Isabella, tu estás grávida, por favor, faz um esforço. - insiste o meu pai e eu suspiro alto, mais alto do que eu queria.
- Porra pai, o meu namorado suicidou-se será que consegues perceber o meu estado sentimental? Eu sei que estou grávida e graças a deus tenho a noção de que me tenho de alimentar, mas uma noite não me vai afetar! – digo quase a gritar e levanto-me da mesa e corro até ao meu quarto.
Fechei a porta e deixei-me escorregar por ela abaixo enquanto as lágrimas, as minhas melhores amigas desde uns dias, caíam pelo meu rosto.
Sei que não posso estar assim para sempre mas está a ser mais difícil do que o que eu pensava.
Levantei-me, fechei a janela e acendi a luz do quarto. Vesti um pijama e encaixei-me nos lençóis a tentar adormecer, mas assim que olhava em redor lembrava-me dele. Lembrava-me do seu cheiro, dos seus beijos, do seu cabelo macio, dos seus olhos verdes perfurantes e lindos, dos seus lábios carnudos e bastante desejáveis. Lembrava-me da sua maneira fantástica de ser, das suas palavras amigas, dos seus abraços, do seu toque.
Lembrei-me da carta e levantei-me para ir pegar nela, mas assim que vi a letra dele desatei de novo a chorar até chegar aos pontos de quase ficar sem ar por isso, arrumei-a numa das malas que já tinha preparado e mais tarde de facto será a melhor altura para a ler.
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Without You - Harry Styles (last book)
FanfictionSecond book of Teddy Bear * "Para amar não precisamos de obstáculos contra, apenas precisamos de acreditar que aquilo que sentimos é real para nós, mesmo que não seja para os outros."