15 anos depois, em Londres
Alice Rose POV
Bem, mais um verão e vou a Londres ter com o meu avô, estou no avião e sinceramente sempre que eu e a minha mãe vamos a Londres de férias ela fica estranha, mas, nunca lhe perguntei nada sobre isso. Talvez agora seja a melhor altura.
- Alice, muito pensativa... - disse a minha mãe a meu lado e eu desviei o olhar da janela.
- Mãe, porquê que sempre que vamos a Londres ficas estranha? – quando lhe faço a pergunta ela quase começa a chorar e aí fiquei preocupada.
- Bem, quando lá chegarmos, eu explico-te.
- Pronto ok, ok! – disse e ela lá se recompôs.
Chegamos, instalei-me na casa do avô Bobby e da avó Sarah e finalmente saí de casa com a minha mãe para a nossa tarde de mãe e filha nas férias. Já é habitual cada vez que cá estamos
- Mãe, então porquê que ficas assim... estranha cada vez que cá vens?- digo e ela coloca o seu braço á volta dos meus ombros
- Por causa do teu pai, Alice, tu sabes que ele anda em trabalho certo?
- Sim, mas onde queres chegar? -digo
- Na verdade ele morreu uns 3 meses antes de nasceres e eu estava á espera que me fizesses essa pergunta. – diz e automaticamente começo a chorar... como é que é possível?!
- Mãe... nem sei o que dizer...
- Não digas nada, e eu não te disse porque queria que fosses tu a descobrir.
- Mãe eu pensava nele como um herói e ele está morto á 15 anos e tal!
- Queres visitá-lo?
- Claro que sim mas prefiro "falar com ele" a sós, sim? – a minha mãe concorda
Estou sentada perto da campa dele e simplesmente interrogo-me o porquê da sua morte. Seria doença? Suicídio? Toxicodependência?
- Amo-te, pai, apenas descobri agora que faleceste, mas eu continuo a achar que és o meu herói. – Sussurro e oiço paços atrás de mim e encontro Patrick, o filho da tia Sophia e do tio Liam, eles são um dos melhores amigos da minha mãe e chamo-os de tio e tia desde que nasci.
Sempre tive uma paixoneta por ele e na verdade ele também tem por mim só que no verão passado não desenvolvemos esta coisa entre nós.
- Descobriste então que o teu pai tinha morrido. – disse ele e eu levantei-me segurando-me na mão dele.
- Sim, já estava na altura. Mais que na altura.
- Claro, e como tens estado? – diz ele. – Estás aqui sozinha?
- A minha mãe está por aí também a visitar outras campas. Eu tenho estado bem e tu?
- Bem também, Alice continuas linda, sabias? – diz e para á minha frente e começo a sentir o meu coração a bater cada vez mais forte assim que vejo os seus olhos cor de mel fitados nos meus.
- Obrigada, tu também.- assim que dou conta os nossos lábios juntam-se originando um beijo do qual que sentia saudades desde o verão passado.
- Alice!- oiço a minha mãe e depressa nos afastamos
- Mãe! – digo surpresa
- Patrick! – disse e abraçou-o.- Os teus pais?
- Visitam a minha bisavó aí no cemitério e eu vi aqui a Alice e vim ter com ela.
- Pois eu percebi...Alice, como te sentes?
- Bem, e sinceramente aliviada por saber que ele está em paz, no céu, mas ele morreu como, mãe?
- Bom, ele suicidou-se a seguir a eu o ter apanhado a fazer coisas que não devia com uma rapariga. Eu disse que não ia perdoar.
- Maroto, o meu pai, amh?!
- Tens a quem sair minha menina!- disse a minha mãe e eu dei uma risada – Eu bem vi-te aos beijos aqui com o Patrick!
- Oh, eu vou andando!- disse Patrick a fingir e depois caímos na gargalhada.
Acabamos por ir dar todos uma volta pelo shopping e não sei como acabei por estar sozinha com Patrick aqui no andar de baixo. Simplesmente estávamos a ver umas lojas enquanto falávamos de algumas coisas insignificantes
- Então, o que significou aquele beijo para ti? Estava a pensar nisto agora. - disse Patrick
- Sabes, Patrick, significou bastante para mim...- disse e ele colocou-se á minha frente a sorrir e pude ver o seu aparelho com os elásticos azuis, o que acho extremamente sexy nos rapazes.
- Para mim também.- disse ele e beijámo-nos de novo.
Parece que naqueles momentos o mundo parou de girar. Era simplesmente eu e Patrick no meio do shopping a ter um momento romântico como este.
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Without You - Harry Styles (last book)
FanfictionSecond book of Teddy Bear * "Para amar não precisamos de obstáculos contra, apenas precisamos de acreditar que aquilo que sentimos é real para nós, mesmo que não seja para os outros."