Capítulo 32

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Sofia voltando a narrar...

Entrei o mais rápido possível no hospital; deixando o Thomas e a dona Bruna para trás, alguma coisa dentro de mim dizia que minha mãe estava bem, mas mesmo assim eu estava nervosa...afinal ninguém desmaia sem motivo e ela é minha mãe! Então é lógico que estou preocupada mesmo sentindo que ela está bem.

Quanto mais me aproximava da porta, mais diminua a velocidade dos meus passos...Tá legal, eu confesso! Estou com medo de entrar nesse quarto/sala (realmente não sei o que tem atrás dessa porta) e escutar que a minha mãe está doente, que terá de fazer alguma cirurgia, que terá que fazer algum tratamento fora do Brasil para poder continuar viva...tá, posso estar exagerando, mas essas possibilidades passaram realmente por minha cabeça e eu não pude evitar que algumas lágrimas...Várias na verdade caíssem dos meus olhos. Só de pensar que minha mãe podia estar correndo risco de vida...

Prefiro afastar esses pensamentos, abrir essa porta branca que se encontra na minha frente (até então fechada) e descobrir seja lá o que for que mamãe tenha. Respiro fundo, coloco a mão sobre a maçaneta e giro ela, a porta se abre revelando uma sala branca que possui uma maca (provavelmente a que usaram para trazer a minha mãe), uma balança, um vaso com flores que fica ao lado da pequena janela, uma mesinha, em frente a mesinha duas cadeiras, onde se encontravam papai e mamãe sentados de mãos dadas e a frente deles (atrás da mesa) a médica, que até agora ainda não sei o nome, ela estava falando alguma coisa para os dois, mas se calou assim que percebeu a minha presença na porta do seu consultório.

- Posso ajudar em alguma coisa?- a médica fala me olhando fixamente, papai e mamãe olham para a porta e vejo seus lábios formarem um lindo sorriso ao perceberem que era eu que estava alí. "Se eles estão sorrindo é porque tudo está bem...ou eles podem estar querendo disfarçar a dor que os corrói...ou vai ver está tudo bem mesmo...".

- Então o que a mamãe tem?- eu pergunto sem nenhuma pausa entre uma palavra e outra, não aguentava mais ficar com essas dúvidas dentro da minha cabeça.

- Calma filha.- minha mãe fala se levantando enquanto segura uma gargalhada.

- Calma? Como eu vou ficar calma? Primeiro a senhora desmaia, depois a o papai manda eu vir aqui assim que eu chegar da lanchonete e quando eu abro a porta a médica para de falar...- dei uma pausa para pegar fôlego- O-o que vocês estavam falando que eu não podia ouvir? A senhora tá doente?- falei já sentindo as lágrimas molharem meu rosto, sim eu estava chorando! Talvez isso seja exagero da minha parte, afinal nem sei se oque minha mãe tem é grave...na verdade eu nem sei se a minha mãe tem alguma coisa e se ela estava rindo provavelmente não era nada, mas fazer oque se meus olhos não obedeciam a minha razão?!

- Aí meu Deus!- meu pai se levantou ficando ao lado da minha mãe e me envolveram em um aconchegante abraço.

- Filha eu não tenho nada!- ao ouvir essas palavras uma imensa alegria tomou conta do meu peito, mas eu continuei chorando...só que agora era de alegria, minha mãe está bem.

- Ô querida. Não chora. Tá tudo bem...

- Tudo ótimo na verdade.- papai interrompe mamãe e ele falou isso muito animado para ser apenas um simples comentário.

- Ok! O que vocês não me contaram ainda?- perguntei enxugando algumas lágrimas que insistiam em cair.

- Possivelmente você vai se tornar irmã mais velha.- minha mãe falou me encarando com seus enormes olhos esverdeados.

- O-o que?- perguntei incrédula. Sempre quis ter um irmão...só que eu queria que ele fosse mais velho que eu, porque eu acho tão bonito o cuidado que os irmãos mais velhos tem com os caçulas, ter alguém pra contar segredos...Enfim eu queria ter um irmão ou irmã mais velho, mas já que isso não foi possível eu adoraria ter um irmão caçula para poder passar toda essa segurança para ele...ou ela.

Apenas Amigos! (será?)- 2* temporada de A NerdOnde histórias criam vida. Descubra agora